Aplicação dos computadores no campo científico com participação ativa da UFRJ através do DCC (Departamento de Cálculo Científico)
Vinda do major Tércio Pacitti para implantar o Departamento de Cálculo Científico na área de Pós-graduação da UFRJ (COPPE), na época Universidade do Brasil.
Criação do Departamento de Cálculo Científico (DCC) da Coordenação dos Programas de Pós-graduação de Engenharia (COPPE)
O DCC/COPPE foi criado para servir como ferramenta de trabalho para professores, alunos e dos grupos de pesquisa a ele ligados. Inicialmente prestou apoio acadêmico e, posteriormente, já como NCE estendeu suas atividades às áreas de pesquisa, desenvolvimento e informatização da própria UFRJ
Tércio Pacitti, coordenador do DCC, participou ativamente da fase de implantação e, posteriormente, consolidação do uso de recursos computacionais na UFRJ. Sua experiência foi de fundamental importância para a história do NCE.
Em fevereiro, entra em operação o 1º computador adquirido com recursos do BNDE, hoje BNDES, um IBM-1130, com configuração mínima
A COPPE conclui que o Departamento de Cálculo Científico transcendia a atividade puramente de apoio acadêmico. Com o apoio do Sub-reitor de Desenvolvimento, prof. Alfredo do Amaral Osório, em março, o NCE foi criado pelo Decreto N° 60.455-A, que aprovou o Plano de Reestruturação da UFRJ. O NCE desvincula-se administrativamente da COPPE, passando a órgão do CCMN
O Núcleo de Computação Eletrônica foi criado como órgão suplementar do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Seus objetivos principais eram difundir o uso de computadores na Universidade, incentivar e ampliar o ensino da Ciência da Computação, bem como apoiar maciçamente a pesquisa e desenvolvimento de sistemas integrados à administração da UFRJ.
A COPPE cede ao NCE, via Sub-reitoria de Desenvolvimento, equipamentos do DCC + 22 pessoas que até então pertenciam ao Departamento de Cálculo Científico (DCC) da COPPE
Até meados de 1968 foram oferecidos cursos de programação aos alunos e professores da COPPE
Equipe
Integravam o DCC (Departamento de Cálculo Científico) nessa época: o Major Tércio Pacitti, engenheiro pelo ITA e M. Sc. por Berkeley que era o chefe do departamento; Ysmar Vianna, recém-formado em Engenharia também pelo ITA; Favilla, engenheiro pela PUC; Augusto Barbosa, que era o secretário e Antonio Araújo, servente, que mais tarde foi rebatizado de Antonio 1, Paulo Mário Bianchi França e Miguel Aranha Borges
No fim de 1967, o DCC passou a contar com mais um estagiário: Luiz Antonio Couceiro e, em seguida, com mais um recém-formado: Ivan da Costa Marques
Parque Computacional
O IBM 1130 tinha 8K de memória, um disco do tipo cartucho “cartridge” com capacidade para 512K, uma impressora de 110 linhas por minuto (mas que alcançava somente 80) e uma leitora/perfuradora de 400 cartões por minuto (usando FORTRAN, podia conseguir ler 200 cartões por minuto). Apesar da configuração modesta em termos atuais, para a época era bastante razoável para processamento cientifico e tecnologicamente muito avançada porque era uma das primeiras instalações no Brasil a usar sistema operacional em disco. Nele se efetuou grande parte dos cálculos da estrutura da Ponte Rio-Niterói, programado pelo professor Benjamin Ernani Diaz, um dos mais notáveis usuários
Denis França Leite foi indicado para ser o primeiro coordenador do NCE (69 – 72). Ex-aluno do Major Pacitti no ITA, tinha mestrado em Computação pela Purdue University e trabalhava no laboratório da IBM em Poughkeepsie, N.Y.
Necessidade de trilhar novos caminhos
NCE alcança o limite máximo de funcionamento 24 x 7
Necessidade de sistema maior porte. Iniciam-se estudos para a troca de computador
Grande esforço inicialmente em software (desenvolvimento), buscando atender o mercado interno em sua realidade
Equipe
Time da Divisão de Operação reforçado devido ao aumento de usuários oriundos dos constantes cursos de programação FORTRAN para dar cobertura a todos os turnos, uma vez que o IBM-1130 já não dava vazão. Chegaram: Arato Ubara, Paulo I seguidos, pouco depois, pelo Mauro Freitas e Alberto Myiashiro
Projetos Administrativos
Envolvimento do Núcleo de Computação Eletrônica na correção de concursos vestibulares (Vestibular das Faculdades de Medicina e Química da UFRJ)
Primeiro concurso da Faculdade de Medicina com 4.556 candidatos, com provas de 100 questões. Cada cartão perfurado só comportava 25 questões e cada candidato precisava de 4 cartões, o que acarretava problemas e maior mão de obra. Isso levou à criação por Paulo Bianchi do cartão de 100 respostas, que foi objeto da primeira patente requerida em nome do NCE-UFRJ
Projetos de Pesquisa
O projeto do COPPEFOR começou a se desenhar. Grande parte dos cerca de 200 programas executados diariamente eram muito simples. Entretanto, gastava-se muito mais tempo para que eles fossem compilados do que para serem executados. A ideia então era deixar o compilador residente na memória que lia os cartões. Pedro Salenbauch criou o COPPEFOR e a experiência foi tão bem sucedida que o NCE passou a executar mais de 1.000 programas por dia. Em pouco tempo, todos os usuários do Brasil estavam pedindo cópias do COPPEFOR, que foi utilizado por praticamente todas as universidades brasileiras e algumas no exterior
Ensino
Início de colaboração com o curso de pós-graduação em Computação dentro do programa de Engenharia Elétrica. Primeiramente com a colaboração de Ysmar Vianna e Silva Filho e, em seguida, com Denis França Leite e Luciano Pereira.