1970

Início da pesquisa e desenvolvimento na Informática. Surgiram os primeiros protótipos para a indústria brasileira. O já então NCE teve papel de destaque com o Processador de Ponto Flutuante (PPF), o Terminal Inteligente (TI) e o COPPEFOR, primeiro compilador FORTRAN nacional.

O nível técnico das pessoas do NCE era comparável ao dos profissionais do exterior. O nível dos projetos, fossem da área de software ou da área de hardware, era de primeira linha, considerando-se as tecnologias da época.

Com exceção de alguns projetos, como o COPPEFOR e o PPF, o uso se restringia à aplicação local.

NCE e COPPE ajudaram a difundir o uso do computador pelo país; formaram os profissionais que foram responsáveis pela criação de cerca de 20 centros de computação pelo país.

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Denis França Leite (1° coordenador NCE 69 – 72)

A implantação do NCE iniciou-se em setembro de 1970 com a nomeação de seu 1° coordenador e a instalação, em novembro, de um computador IBM/360 modelo 40 (o NCE entra na área de processamento de dados da administração da UFRJ). Possuía ainda o IBM-1130, herdado do DCC (Departamento de Cálculo Científico).

Equipe

Crescimento da equipe com o Guilherme Chagas Rodrigues que trabalhava no Instituto de Engenharia Nuclear que veio utilizar o IBM 1130 e resolveu permanecer; o Luciano Pereira, recém voltado da França; Pedro Brando e Leogevildo e, posteriormente, o Pedro Salenbauch que acabava de se formar; Fábio Marinho de Araújo que veio trabalhar temporariamente, voltando em definitivo posteriormente. Chegada da Vera Lúcia da Costa para trabalhar com uma máquina Friden que utilizava fita perfurada permitindo funcionar limitadamente como um editor de texto.

Apoio / Produção

Processamento de dados da administração da UFRJ e apoio computacional às demais unidades

Correção pelo Núcleo do vestibular de Medicina (compreendendo inscrição, correção de provas, classificação, alocação dos classificados nas carreiras e estatísticas)

Projetos Administrativos

Controle de Registros de Estudantes (DRE) – controle automático do registro acadêmico de alunos da UFRJ, compreendendo controle de matrícula, inscrição em disciplinas, controle de créditos, pré-requisitos, emissão de pautas de aula, ficha registro, histórico escolar, boletim escolar, etc.

Folha de Pagamento – COPPE/UFRJ: elaboração de um sistema de emissão de folha e demais relações de pagamento relativo a professores, pessoal técnico, administrativo e bolsista

Sistema de Contabilidade do Computador IBM-1130 – NCE/UFRJ: elaboração de um sistema automático de contabilização do uso do computador 1130, visando a obtenção de informações relativas aos usuários do computador, bem como à própria utilização da máquina

Projetos de Pesquisa

COPPEFOR – Início do Projeto do Compilador COPPEFOR;

Macro Facilidades para um Assembler: elaboração de um sistema que possibilitava a utilização de Macro Instruções na Linguagem Assembler do Sistema IBM-1130;

SNOBOL – Elaboração de um Tradutor SNOBOL, que marca o início de atuação do NCE/UFRJ em pesquisa e desenvolvimento: elaboração de um tradutor de linguagem de processamento de cadeias, “SNOBOL”, para o computador IBM-1130;

Simulador de Microprogramação: elaboração de um programa que simule no computador IBM-1130, uma linguagem de microprogramação de um computador hipotético.

TRACE – Rotina de Trace: confecção de uma rotina de TRACE, que permite e facilita a tarefa de depuração e testes de programas, em linguagem Assembler, no computador IBM-1130.

Rotina do Microtime: elaboração de uma rotina no computador IBM-1130, que calcula e fornece tempos de processamento, relativos a instruções individuais, ou conjuntos de instruções.

Produção Acadêmica

A produção acadêmica realizada no NCE, seja de pessoal pertencente aos quadros do NCE, ou de alunos, pesquisadores e professores da UFRJ e até de outras instituições, sempre foi de grande importância para o cenário nacional.

Nesse período inicial (1970 – 1972), destacaram-se os seguintes trabalhos realizados pelo Programa de Engenharia Civil da COPPE/UFRJ, utilizando-se os recursos computacionais disponibilizados pelo NCE:

Mecânica dos Solos
Código Trabalho Autor
COC 201 Processamento de dados do ensaio triaxial de solos Remi D. Gaudu e Albert Mahé
COC 202 Cálculo de pressões verticais em maciço semi infinito Mauro L. G. Werneck
COC 203 Cálculo de coesão e atrito (cisalhamento direto) Mauro L. G. Werneck
COC 204 Estabilidade de taludes pelo método de BISHOP simplificado Mauro L. G. Werneck e Marcio M. Soares
COC 205 Processamento de dados do ensaio de adensamento tridimensional Mauro L. G. Werneck
Estruturas
Código Trabalho Autor
COC 101 Pórticos planos com apoios elásticos e articulações Alcebíades de Vasconcelos Filho
COC 102 Matriz de rigidez e esforços de engastamento em elevamentos de seção variável, para entrada no STRESS Fernando L. Carneiro
COC 103 Método dos elementos finitos: estados planos de tensão e de deformação, e placas Alcebíades de Vasconcelos Filho
COC 104 Esforços em anéis Paulo A. Gomes e Sérgio F. Villaça
COC 105 Dimensionamento de peças de concreto armado de seção circular cheia ou vazada submetidas à flexão composta (CEB) Nobuo Yamagata
COC 106 Dimensionamento de peças de concreto armado de seção qualquer submetida a flexão composta (CEB) Nobuo Yamagata
COC 107 Estruturas prismáticas – laminares Theo F. C. Silva
COC 108 Linhas de influência e envoltórias de pontes em viga contínua ou pórtico plano Carlos H. Holck
COC 109 Linhas de influência de pórticos planos Paulo Jorge Sarkis
COC 110 Vento em estruturas de edifícios Humberto L. Soriano
COC 111 Pórticos planos pelo método de divisão em subestruturas Luis Francisco Rojas Montero
COC 112 Pórticos planos com elementos de eixo curvo e seção variável, e articulações Nestor G. Souza
COC 113 Estruturas reticuladas – espaciais com elementos de seção variável e articulações Nagib Charone Filho
COC 114 Método dos elementos finitos: corpos axi-simétricos e geração semiautomática da rede de elementos José Inácio Dantas
Mecânica dos Solos
Código Trabalho Autor
COC 201 Processamento de dados do ensaio triaxial de solos Remi D. Gaudu e Albert Mahé
COC 202 Cálculo de pressões verticais em maciço semi infinito Mauro L. G. Werneck
COC 203 Cálculo de coesão e atrito (cisalhamento direto) Mauro L. G. Werneck
COC 204 Estabilidade de taludes pelo método de BISHOP simplificado Mauro L. G. Werneck e Marcio M. Soares
COC 205 Processamento de dados do ensaio de adensamento tridimensional Mauro L. G. Werneck
Hidráulica
Código Trabalho Autor
COC 301 Cálculo de descarga sólida de rios pelo método modificado de Einstein Rui C. Vieria da Silva e Remi D. Gaudu
COC 302 Modelo matemático para simulação de Bacias Hidrológicas J. Lizardo H. Araújo e Jerson Kelman
COC 303 Análise e simulação de sequências hidrológicas Dirceu Machado Olive
COC 304 Equação intensidade-frequência-duração de chuvas Jerson Kelman
COC 305 Hidrograma de cheia (Método Soil Conservation Service) Jerson Kelman

Em seguida, a relação das aplicações destes programas que foram utilizados em trabalhos de pesquisa de professores da COPPE e alunos candidatos ao Mestrado e ao Doutorado, como também em estudos de consultoria.

APLICAÇÃO PROGRAMAS UTILIZADOS
Bracing para ensacadeira da Ponte Rio Niteroi STRESS
Retirada de escoramentos do Interceptor Oceânico de Copacabana STRESS
Revestimento de concreto do túnel adutor em Passo Fundo COC 104
Viga Vierendel do Clube Atlético Santista COC 101
Acesso a 14 passarelas da Av. Brasil STRESS
Verificação da cúpula do Ginásio do Maracanã COC 101
Verificação da Estrutura do Monumento a Caxias em Brasília STRESS, COC 106
Placa ortótropa apoiada em 8 pontos (método dos elementos finitos) COC 103
Ponte Nova Ligação Continente – Ilha Santa Catarina COC 108
Pórticos de ponte sobre o rio do Peixe COC 101
Lajes de residência, projeto de Oscar Niemeyer (método dos elementos finitos) COC 103
Barragem do Rio Descoberto (método dos elementos finitos) COC 103
Viaduto de Aparecida STRESS
Viaduto em curva I COC 113
Viaduto em curva II COC 113
Casca abatida (método dos elementos finitos) STRUDL II
Placa esconsa de ponte (método dos elementos finitos) STRUDL II
Ensaio de compressão triaxial de amostras de solo do acesso ao Viaduto do Eixo Rodoviário de Nova Friburgo, RJ (firma Romani-Gouvea Ltda) COC 201
Ensaios de compressão triaxial de amostras de solo da Estrada Campinas Mogi-Guaçu, SP (firma COPAVEL Ltda) COC 201
Determinação da descarga sólida total da Bacia do Rio São Francisco COC 301
Estimação de afluência de vazões no reservatório de Furnas COC 303
Estudo de amortecimento de cheias em bacias urbanas na Guanabara COC 305

Parque Computacional

Instalação do computador IBM/360-40

Expansão do IBM-1130 passando a ter 32 K de memória, mais duas unidades de disco, uma impressora 1403 de 600 linhas por minuto e uma leitora de 1000 cartões por minuto

Direção Geral do NCE era formada por:

  • Coordenador: Ysmar Vianna e Silva Filho
  • Diretor Executivo: Luiz Antonio C. da C. Couceiro

Diretores de Divisão:

  • Divisão de Desenvolvimento: Paulo Mario Bianchi França
  • Divisão de Operação: Arato Ubara
  • Divisão de Processamento Administrativo: Helio da Gama e Silva
  • Divisão Administrativa: Hélio Salles
  • Divisão de Assistência ao Usuário: Miguel Aranha Borges

Criação do Departamento de Ciência da Computação do Instituto de Matemática com chefia ocupada por membro do NCE. NCE teve participação decisiva na criação do Departamento de Computação do Instituto de Matemática, bem como na implantação do Curso de Graduação em Informática (disciplinas específicas – maioria dos profissionais pertencentes ao NCE e mais a chefia do departamento)

Proposta do primeiro regimento interno com a seguinte divisão do NCE:

DD – Divisão de Desenvolvimento, responsável pelo desenvolvimento de sistemas para a administração da UFRJ e cujo primeiro diretor foi Jayme Luiz Szwarcfiter

DSO – Divisão de Sistemas de Operação, responsável pela operação dos computadores, suporte de sistemas, e processamento administrativo. Primeiro diretor: Paulo M. Bianchi França

DID – Divisão de Informação e Documentação, responsável pela biblioteca e por divulgação de material técnico. Primeiro diretor: Luciano Pereira

DE – Divisão de Ensino, responsável pelos cursos de programação. Primeiro diretor Guilherme Chagas Rodrigues

DA – Divisão Administrativa, responsável pelo apoio administrativo. Primeiro diretor: Hélio Salles

Os diretores das divisões juntamente com o coordenador, que era indicado pelo Reitor conforme o regimento interno da UFRJ, formavam o Conselho Diretor, órgão máximo do NCE.

Equipe

O quadro de pessoal do NCE era composto por 13 analistas, 31 programadores, 23 operadores e 19 funcionários administrativos:

Analistas:

  1. Amauri Marques da Cunha;
  2. Arato Ubara;
  3. Guilherme Chagas Rodrigues;
  4. Hélio da Gama e Silva;
  5. Hélio Salles;
  6. José Fábio Marinho de Araujo;
  7. José Manuel Glicberg Blum;
  8. Luiz Antonio C. C. Couceiro;
  9. Miguel Aranha Borges;
  10. Paulo Fernando Molo Paiva;
  11. Paulo Mario Bianchi França;
  12. Pedro Octávio Pessoa Prado;
  13. Ysmar Vianna e Silva Filho.

Programadores:

  1. Alexanddre de Almeida Macedo;
  2. Angela Dabdab Calache;
  3. Antonio Paulo Marques Menezes;
  4. Ari Sotero Furuguem;
  5. Beatriz Taylor Sobral Soares;
  6. Eliana Praça;
  7. Eugênio Rodrigues Alves;
  8. Fabio de Matos Cartilho;
  9. François B. Gallais Hamonno;
  10. Helena Maria G. Dantas;
  11. Jacira da Silva Duailibe;
  12. Jorge Dabdad Calache;
  13. José Carlos Vida Cura;
  14. Laerte Garcia Martins;
  15. Luciano Mauricio Vollmer;
  16. Luciano Puppin;
  17. Lucius Sobel;
  18. Manoel Pedro da Frota Moreira;
  19. Marcos Roberto Borges;
  20. Maria Cascão Ferreira;
  21. Maria Irene Pinto Moreira Pereira;
  22. Mario Pannezi Zimmermann;
  23. Mary Alicia Bruckner Ojopi;
  24. Milton Albuquerque Bezerra;
  25. Paulo Cesar de Moraes Melo;
  26. Paulo Gonçalves Gomes;
  27. Paulo Roberto Pereira;
  28. Pedro Manoel da Silveira;
  29. Ruy Guimarães Goes;
  30. Sonia Maria Ferreira da Silva;
  31. Vania Cerqueira de Carvalho.

Operadores:

  1. Adalberto Torres da Silva;
  2. Adilson Jose dos Santos;
  3. Alvaro Maia da Costa;
  4. Alberto Miyashiro;
  5. Augusto Antonio Barbosa;
  6. Fátima Luiza Mercier;
  7. Flávio da Costa David;
  8. Florinda Harue Shinotsuka;
  9. Gerson Rangel Taveira;
  10. Isabel Cristina Dias;
  11. Isabel Cristina Imenes Nascimento;
  12. José Wilson Barbosa de Lacerda;
  13. Ligia Moreira Pinheiro;
  14. Luiz Roberto Braz Tinoco;
  15. Marco José Antonio;
  16. Maria Augusta da Silva;
  17. Maria José Vieira Castanha;
  18. Maria Lourdes Paes Andrade;
  19. Mario Miguez de Mello Netto;
  20. Marta Maldonado Roland;
  21. Mauro Soares de Freitas;
  22. Paulo Roberto Pereira;
  23. Sílvio Azevedo Carneiro.

Funcionários Administrativos:

  1. Antonio Araujo;
  2. Cícera Silva dos Santos;
  3. Daniel Gomes Lopes;
  4. Elias Pires de Souza Filho;
  5. Gentil da Cunha Filho;
  6. Jacira dos Santos Pereira;
  7. Jocelina de Araujo;
  8. Lie Déa Lobo Pereira Nunes;
  9. Lygia Miguez de Mello e Silva;
  10. Maria José Barata Lima;
  11. Maria do Socorro da Silva;
  12. Marilda Gabriel;
  13. Mario Franco Cavalcanti;
  14. Miyoco Sudo;
  15. Jorge Augusto;
  16. Paulo Roberto de O. Portugal;
  17. Vera Lúcia da Costa;
  18. Walter Jesus da Silva;
  19. Zuleica Ribeiro de Carvalho.

O grupo inicial recebeu os reforços de uma secretária, Lie Déa Lobo Pereira Nunes, para a coordenação, a dona Lygia Miguez de M. Silva para o atendimento ao público, um administrador, Hélio Salles, Amauri Marques da Cunha responsável pelos sistemas administrativos da UFRJ e Jayme Luiz Szwarcfiter, oriundo da Burroughs, responsável pela equipe de desenvolvimento:

Apoio/Produção

A participação do NCE consolidou-se com o processamento dos vestibulares unificados do Rio de Janeiro.

Estatísticas de Vestibular – UFRJ: emissão de um conjunto de estatísticas diversas, relativas a candidatos aos vestibulares da UFRJ

Projetos Administrativos

SIRA – Início da implantação do SIRA – Sistema de Registro Acadêmico (controle e gerência de toda a vida acadêmica dos alunos de graduação e pós-graduação da UFRJ.

Cadastramento COPPERTIDE/UFRJ: elaboração de um cadastro do pessoal da COPPERTIDE, com emissão de relatório discriminativo dos totais por centros, unidades, departamentos e cargos. Emissão de estatísticas

Folha de Pagamento – Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq): elaboração da folha de pagamento de bolsistas do CNPq, com emissão de relações estatísticas adicionais, relativas à distribuição de bolsistas por diferentes categorias.

Automação de Bibliotecas – COPPE/UFRJ: elaboração de um sistema de automação de bibliotecas, visando o fornecimento de dados quer de controle interno quer de informação para os leitores. Controle de aquisição de livros e periódicos, cadastramento de leitores e controle de empréstimo.

Folha de Pagamento – COPPE/UFRJ (reestruturação): Reestruturação do sistema implantado da folha de pagamento da COPPE, visando o atendimento das novas necessidades.

Sistema de Contabilidade do Computador/360 – NCE/UFRJ: elaboração de um sistema automático de contabilização do uso do computador IBM/360, visando à obtenção de informações relativas aos usuários do computador, bem como à própria utilização da máquina.

Vestibular 1972: elaboração de um sistema geral de correção dos vestibulares unificados de 1972, da CESGRANRIO e dos centros da UFRJ, compreendendo inscrição, correção, classificação, alocação e realocação em carreiras e estatísticas.

Projeto de automação de pessoal (PAPE) – UFRJ: elaboração de um sistema de controle de pagamento de pessoal da UFRJ compreendendo cadastramento, emissão da folha de pagamento, recibo de pagamento e estatísticas.

Projeto de automação de finanças (PAFIN) – UFRJ: elaboração de um sistema automático para controle operativo de orçamento, patrimônio, finanças e contabilidade.

Controle de Registro de Estudantes (DRE) – Reestruturação – UFRJ: reestruturação dos sistemas implantados de controle automático de registro de alunos objetivando melhor atendimento e controle.

Sistema de Contabilidade do IBM/360 – Reestruturação NCE/UFRJ: reestruturação do Sistema implantado de contabilidade automática do computador/360, face às necessidades de controle fino.

Rotina de tempo: elaboração de uma rotina que controle e forneça elementos a respeito de tempos globais de programas processados no computador IBM 1130.

Rotinas para Leitura/Perfuração de fita de papel: elaboração de rotinas, no computador IBM 1130, que permitem a utilização da leitura ou perfuração de fita de papel, com a linguagem FORTRAN

Projetos de Pesquisa

COPPEFOR – elaboração de um compilador FORTRAN residente e orientado para a depuração de programas: elaboração de um compilador de linguagem FORTRAN, para o computador IBM 1130, visando a obtenção de um programa que atenda às necessidades específicas do NCE, no sentido de tornar mais eficiente o uso de máquina. Este compilador foi utilizado em diversas Universidades do Brasil e da América Latina.

Editor de Texto: confecção de um programa que edita textos genéricos, na impressora do computador/360. Este programa se prestava à preparação de textos para serem publicados pelo NCE.

Uma Sistematização do Processamento de Dados – Aplicação em Automação de Bibliotecas: o trabalho apresenta uma sistematização, classificação e denominação dos diferentes processos, meios, elementos e técnicas utilizadas na área de aplicação de computadores conhecida como Processamento de Dados. A aplicação desse trabalho é feita num projeto de automação de uma biblioteca dotando-a de um sistema de informação interno e externo

Simulador de Linguagem MIX: elaboração de um programa que simule, no computador 1130, a linguagem MIX, de um computador hipotético, utilizada como referência em livro texto de cursos ministrados por elementos do NCE.

Parque Computacional

Computador IBM/360-40

Computador IBM 1130

Conclusão

Um centro de computação bem administrado, servindo a todas as Unidades, além da administração, era fator imprescindível à modernização da UFRJ. Os encargos daí decorrentes eram grandes, mas necessários. No entanto, esses encargos produziram resultados importantes: a modernização do ensino em todas as disciplinas aonde o computador era usado, o apoio básico indispensável a muitas pesquisas que ora eram realizadas e a maior eficiência e melhor controle das tarefas administrativas centrais.

Ao criar o NCE, a UFRJ aceitou os encargos de manter um centro de computação, e progressivamente foi atendendo a esses encargos. A tarefa estava apenas iniciada e vários problemas importantes estavam ainda para serem resolvidos. Para o futuro imediato duas grandes metas deveriam ser perseguidas: a UFRJ deveria adquirir o seu sistema de computação de grande porte e a situação do pessoal do NCE deveria ser definitivamente resolvida. O NCE trabalhou no sentido de permitir que essas metas fossem atingidas para o maior benefício da UFRJ em geral.

A Direção Geral do NCE era formada por:

  • Coordenador: Denis França Leite
  • Vice-coordenadores: Jayme Luiz Szwarcfiter e Ysmar Vianna e Silva Filho

Diretores:

  1. Guilherme Chagas Rodrigues
  2. Hélio Salles
  3. Luiz Antonio C. da C. Couceiro
  4. Paulo Mário Bianchi França

O Núcleo de Computação Eletrônica era um órgão suplementar do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN), sob a supervisão de um Coordenador nomeado pelo Reitor

Definição de nova estrutura administrativa interna composta de cinco grandes divisões e um departamento de atividades fins, a saber: Operação (DO), Desenvolvimento (DD), Assistência ao Usuário (DAU), Processamento Administrativo (DPA), Administrativa (DA) e Departamento de Ciência da Computação (DCC). Os diretores compunham um Conselho Diretor, sendo o órgão máximo interno

O Conselho Diretor era composto pelo Coordenador, pelo Diretor Executivo e pelos Diretores de Divisão. Cabia ao Diretor Executivo a Coordenação de atividades dentro do Núcleo além de assistência ao Coordenador em assuntos estritamente técnicos.

Existia ainda uma Comissão Coordenadora composta por representante de cada Superintendência e por 2 membros do CCMN, cuja atribuição era promover a coordenação e a integração das atividades do NCE com os demais órgãos da UFRJ.

Atribuições das Divisões

Divisão de Assistência ao Usuário – Encarregada de fornecer informações, em todos os níveis, aos usuários do Núcleo, promover publicações de interesse dos mesmos e difundir o uso do computador pelos usuários que não tenham determinação de prazos, visando principalmente o uso do computador nas diversas áreas de formação da UFRJ. Competia também a essa divisão o planejamento e execução de cursos que contribuíssem para o desenvolvimento de pessoal do NCE e de seus usuários. Era responsável por atender aos professores e alunos da UFRJ e de todos os contatos com possíveis usuários externos para a execução de serviços de processamento de dados.

Divisão de Processamento Administrativo – Encarregada do planejamento e execução de todos os trabalhos, análise dos resultados obtidos e difundir o uso do computador pela administração da UFRJ, bem como qualquer outro usuário que necessitasse de garantia de prazo de processamento e exatidão nos resultados, ou seja, se encarregava de atender à administração da UFRJ e de todos os contatos com possíveis usuários externos para a execução de serviços de processamento de dados.

Divisão de Desenvolvimento – Encarregada do planejamento e execução de todos os projetos de desenvolvimento e pesquisa de responsabilidade do NCE. Não havendo distinção se o interessado era a UFRJ ou entidade externa. Era também responsável pela manutenção, atualização e desenvolvimento dos sistemas existentes.

Divisão de Operação – Encarregada de operar os computadores do Núcleo, manutenção dos arquivos de fitas e discos e preparação de dados.

Divisão Administrativa – Encarregada dos serviços de apoio de infraestrutura do NCE, e para isso mantinha uma estreita articulação com as demais divisões e com a administração meio da UFRJ.

A Divisão Administrativa era composta por quatro seções:

  • Seção de Pessoal – encarregada dos problemas relativos ao pessoal: cadastro, controle de frequência, etc.;
  • Seção de Material – encarregada de problemas de planejamento e controle de gastos e fornecimento do material de consumo;
  • Seção de Contabilidade e Orçamento – era responsável pela programação e controle financeiro bem como da contabilidade analítica e sintética do NCE;
  • Seção de Administração Complementar – cuidava do patrimônio e manutenção de equipamentos, arquivos, transporte e da zeladoria em geral.

Departamento de Ciência da Computação (DCC) – este departamento era responsável pelo ensino curricular de Ciência da Computação em níveis de graduação, pós-graduação e extensão. Nessa época, tais cursos eram dados por pessoal do NCE através da COPPE ou do Instituto de Matemática.

Tal organização foi o resultado da experiência adquirida nos dois anos iniciais do NCE e da visita de observação feita por dois dos diretores (Bianchi e Couceiro) ao Centro de Computação de Stanford, na Califórnia.

Um dos marcos de 1972 foi a conclusão das obras do novo prédio do NCE, no Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza. A mudança já havia sido iniciada com previsão de término em junho de 1973.

Equipe

O NCE contava com 7 analistas, 3 analistas cedidos pela IBM, 12 programadores, 7 estagiários de programação, 16 operadores, 6 recepcionistas, 24 pessoas na área administrativa

Analistas

  1. Amauri Marques da Cunha
  2. Paulo Fernando Mollo Paiva
  3. Miguel Aranha Borges
  4. Pedro Salenbauch
  5. José Manuel G. Blum
  6. Marino José Leite Simões
  7. Pedro Octávio Pessoa Prado

Estagiários de Programação

  1. Alexandre Macedo
  2. Angela Dabdab Calache
  3. Gerson Rangel Taveira
  4. Marco José Antonio
  5. Marcos Roberto Borges
  6. Mário Pannezzi Zimmermann
  7. Vania Cerqueira

Programadores

  1. Antonio Paulo Marques Menezes
  2. Ari Sotero Furuguen
  3. Beatriz Taylor Sobral Soares
  4. Eugênio Rodrigues Alves
  5. Fábio de Mattos Carrilho
  6. Helena Maria G. Dantas
  7. Jacira Silva Dualibe
  8. Jorge Dabdab Calache
  9. José Carlos Vida Cura
  10. José Fábio M. De Araújo
  11. Laerte Garcia Martins
  12. Luciano Puppin
  13. Luciano Maurício R. Vollmer
  14. Manoel Pedro da F. Moreira
  15. Maria Cascão Ferreira
  16. Paulo Cesar de M. Melo
  17. Paulo Roberto Pereira
  18. Pedro Manoel da Silveira
  19. Eliana Praça
  20. Leslie de Araujo L. Cardoso
  21. Lucius Sobel
  22. Milton Albuquerque Bezerra
  23. Rui Cesar Torres
  24. Rui Guimarães Góes

Operadores

  1. Adalberto Torres da Silva
  2. Alberto Miyashiro
  3. Antonio Abilio Coutinho
  4. Arato Ubara
  5. Augusto Antonio Barbosa
  6. Carlos Alberto Costa
  7. Celio O. S. Da Silva
  8. Flávio Costa David
  9. Florinda Harue Shinotsuka
  10. Ligia Moreira Pinheiro
  11. Luiz Roberto B. Tinoco
  12. Maria Augusta da S. Reis
  13. Maria José Vieira Castanha
  14. Maria Lourdes P. De Andrade
  15. Mario Miguez de M. Netto
  16. Marta Maldonado Roland

Funcionários Administrativos

  1. Antonio Araujo;
  2. Cícera Silva dos Santos;
  3. Daniel Gomes Lopes;
  4. Elias Pires de Souza Filho;
  5. Gentil da Cunha Filho;
  6. Jacira dos Santos Pereira;
  7. Jocelina de Araujo;
  8. Jorge Augusto
  9. Jurandir de Freitas
  10. Lie Déa Lobo Pereira Nunes;
  11. Lygia Miguez de Mello e Silva;
  12. Maria do Socorro da Silva;
  13. Maria Irene P. M. Pereira
  14. Marilda Gabriel;
  15. Mario Franco Cavalcanti;
  16. Mary Alicia Bruckner Ojopi
  17. Miyoco Sudo;
  18. Murillo de Jesus Leal
  19. Sandoval dos Santos Rezende
  20. Sonia Maria Ferreira da Silva
  21. Vera Lúcia da Costa;
  22. Walter Jesus da Silva;
  23. Zeno de Oliveira Junior
  24. Zuleica Ribeiro de Carvalho.

Recepcionistas

  1. Adilson José dos Santos
  2. Celia Maria T. Dos Santos
  3. Delia G. Aquino
  4. Isabel Cristina Dias
  5. Isabel Cristina I. Nascimento
  6. Leila da Costa Guedes

Apoio / Produção

Edição do primeiro relatório público de atividades (relatório anual – 1972);

Correção do Vestibular Unificado do CESGRANRIO (Centro de Seleção de Candidatos ao Ensino Superior do Grande Rio). A partir desse ano, o NCE passou a corrigir todos os vestibulares efetuados pelo CESGRANRIO.

No fim de 1972 e começo de 1973, o vestibular unificado do CESGRANRIO foi totalmente processado nos sistemas do NCE, que participou desde a concepção e programação dos sistemas de correção até a sua execução completa. Os resultados puderam ser entregues 24 horas após o último exame, o que foi uma mostra da qualidade dos serviços prestados.

Sistema de Estatística do Vestibular de 1972 para o CESGRANRIO e para Superintendências da UFRJ

Processamento das inscrições dos vestibulares de 1973 das faculdades que fazem parte do CESGRANRIO

Projetos Administrativos

Em março, foi implantado o Sistema de Pagamento de Pessoal (PAPE) que causou impacto positivo por possibilitar o crédito do pagamento por volta do dia 25 em todas as agências e não mais no dia 5 em algumas agências e mais tarde ainda em outras. O sistema passou a controlar todas as informações necessárias ao pagamento de todos os funcionários da Universidade. Além de emitir a folha de pagamento, emitia relatórios como: declaração de desconto para Imposto de Renda, ficha financeira, relações bancárias, demonstrativos de despesas, etc.

Iniciado um projeto para o desenvolvimento de um sistema de cadastro de pessoal para a UFRJ, sob a supervisão de Paulo M. Bianchi França

Implantação do Sistema de Controle de Registro Acadêmico para alunos de graduação e pós-graduação. Novo sistema de Registro de Estudantes, bem mais flexível do que o anterior, possibilitando inserir alterações, tanto na estrutura acadêmica, como no curriculum oferecido pelos Departamentos. Permitiu o cadastramento de parte dos alunos da graduação (9.000 alunos) e de todos os alunos da COPPE (1.500 alunos). No final deste período, este sistema já mantinha sob seu controle, os quatro primeiros períodos da Universidade e já iniciava a inclusão, em caráter experimental, dos alunos dos demais períodos do Instituto de Física

Implantação na COPPE do sistema de Automação de Bibliotecas. Internamente, o professor Jayme L. Szwarcfiter continuou na supervisão do Sistema de Controle de Biblioteca, por ele projetado. Em colaboração com a COPPETEC o sistema foi implantado em parte na Biblioteca da COPPE, que era em 1974 a Biblioteca Central do Centro de Tecnologia, e simultaneamente na Biblioteca das Centrais Elétricas de Furnas

O analista Miguel Aranha Borges dirigiu os trabalhos de elaboração do programa de correção do vestibular, desenvolvido por uma equipe do NCE.

Projetos de Pesquisa

Implantação do Projeto do Compilador COPPEFOR,desenvolvido por Pedro Salenbauch

Início do projeto do Processador de Ponto Flutuante (PPF) por Eber Assis Schmitz, Newton Faller e sua equipe. Tornava o IBM 1130 dez vezes mais rápido para o processamento científico.

Equipe

  1. Projetistas: Mário Martins, Newton Faller, Eduardo Peixoto Paz, Diogo Takano;
  2. Colaboradores: Edson do Prado Granja, Luiz Otávio Lobato dos Santos e Pedro Salenbauch;
  3. Orientadores: Eber Schmitz e Christian Lenz César;

José Carlos Vidacura – implementou um simulador das rotinas armazenadas na memória de micro programa.

MACLAN – Método de Acesso Conversacional para Linguagens de Alto Nível: permitia a utilização dos terminais de teleprocessamento IBM 2741 nas linguagens de alto nível tais como: FORTRAN, PL/1 e COBOL. O analista José Manuel G. Blum, sob orientação do Prof. Jayme L. Szwarcfiter elaborou um trabalho de título “MACLAN” – Método de Acesso Conversacional para Linguagens de Alto Nível e aplicação a um sistema geral de consistência “on-line”, que foi apresentado como tese de mestrado na COPPE

HASP – Houston Automatic Spooling Priority System: estudo de viabilidade de implantação deste sistema, que visava melhorar a performance do sistema operacional O.S., introduzindo novas características no mesmo. Visando melhorar a eficiência do sistema /360 foi implantado o sistema HASP, que propiciou um aumento de 30% no total de serviços processados por dia pelo modelo 40

COPPE-FORTRAN – Compilador FORTRAN residente para o sistema 1130 – término da programação e implantação deste sistema bem como a elaboração de publicação sobre o mesmo. Totalmente desenvolvido no NCE, e que praticamente dobrou o número de trabalhos processados por dia.

Como um projeto de grande envergadura, Pedro Salenbauch completou em 72 o desenvolvimento do compilador FORTRAN, residente na memória do IBM-1130, sistema este que estava sendo distribuído a várias outras universidades no Brasil e no exterior

Os analistas Paulo M. Bianchi França e Amauri M. da Cunha terminaram um trabalho para o traçado de perspectiva de funções matemáticas de 2 variáveis na plotadora do IBM 1130

Programa para Cálculo da Transformada Rápida de Fourier – colaboração do analista Miguel A. Borges com o professor Dirceu Machado da COPPE

Desenvolvimento de um método de acesso a discos usando técnicas de memória virtual pelo analista Miguel A. Borges.

Ensino

Significativo número de matrículas nos cursos intensivos sobre uso dos sistemas do NCE, cursos esses regularmente oferecidos para alunos, professores e funcionários da Universidade e de outras entidades externas. Foram oferecidos cursos de BASIC (34 turmas e 2442 alunos), FORTRAN (21 turmas e 1215 alunos), OS (5 turmas e 133 alunos), ITF – BASIC (4 turmas e 70 alunos), ITF – PL/1 (1 turma e 106 alunos) e Introdução à Programação (1 turma e 13 alunos), totalizando 69 turmas e 4014 alunos

Treinamento interno com cursos de operação de seus equipamentos, e organização também de algumas palestras sobre assuntos considerados de interesse para o pessoal interno

Nas áreas de graduação e pós-graduação, o NCE colaborou ativamente com o Instituto de Matemática e o Programa de Engenharia de Sistemas e Computação da COPPE, colocando seus analistas à disposição destas Unidades, a fim de ministrarem disciplinas de computação e orientarem teses neste campo de pesquisa

Disciplinas de Graduação do Instituto de Matemática:

Disciplina Professor N° Alunos
Computação I – Turma: E – Engenharia Pedro Salenbauch 71
Computação I – Turma: C – Engenharia Paulo Bianchi 81
Computação I – Turma: Física e Geociências Guilherme Rodrigues 180
Cálculo Numérico – Turma: Matemática Miguel Borges 50
Computação I – Turma: Engenharia

Guilherme Rodrigues

120

Disciplinas de Pós-Graduação na COPPE:

Disciplina Professor N° Alunos
Introdução à Computação Guilherme C. Rodrigues 35
José G. Blum 4
Estrutura de Dados Jayme Luiz Szwarcfiter 31
Guilherme C. Rodrigues 22
Organização de Computadores I Ysmar Vianna e Silva Filho 33
Organização de Computadores II

Ysmar Vianna e Silva Filho

8

Parque Computacional

Nesse ano, os sistemas IBM/360 e IBM-1130 funcionaram em regime de saturação, a tal ponto que o tempo médio entre a entrega e a devolução de programas foi de 24 horas. Para minorar esse problema foi feito o aluguel de um sistema IBM/360 modelo 65 à IBM, pelo período de um ano, que deveria ter chegado em setembro. Devido ao atraso a IBM instalou provisoriamente, em novembro, um sistema de menor porte (IBM/370 mod. 145).

Já havia uma preocupação na aquisição de um sistema definitivo e, como era um processo lento e demorado, o NCE já iniciava o estudo para o dimensionamento do mesmo. Concluíram que a UFRJ iria necessitar de um sistema de grande porte devido ao aumento de demanda do uso de computador devido a determinados fatores: a mudança para a Cidade Universitária, o aumento dos serviços do NCE para a administração da UFRJ, a difusão cada vez mais intensa do uso de computador em toda a UFRJ, além de projetos específicos já iniciados em diversas unidades.

Em dezembro, foi instalado pela IBM do Brasil, um sistema IBM/370 modelo 145, mais moderno apesar de configuração pequena. O sistema foi entregue em novembro de 1972 e funcionou para o processamento de serviços administrativos, e foi de grande utilidade no processamento do vestibular.

Foram também instalados terminais de máquina de escrever, na COPPE e nas dependências do NCE, tendo sido usados em caráter experimental. Não foi possível colocá-los definitivamente em uso, o que esperavam conseguir com a instalação do modelo 65.

Aquisição de 12 perfuradoras e 2 conferidoras. Assim, o NCE passou a contar com 4 verificadoras e 24 perfuradoras em funcionamento.

Publicações Técnicas

“Manual do NCE”

“Sistema BASIC-IBM-1130 Manual de Uso” – Pedro Salenbauch e Marcos Olandoski

“Sistema COPPE-FORTRAN Apresentação” – Pedro Salenbauch

“Sistema COPPE-FORTRAN Manual de Implantação e Operação” – Pedro Salenbauch

“Considerações sobre a Transformada Rápida de Fourier” – Dirceu Machado e Miguel Aranha Borges

“Sistema COPPE-FORTRAN Manual do Programador” – Pedro Salenbauch

Neste ano:

A Direção Geral do NCE era formada por:

  • Coordenador: Ysmar Vianna e Silva Filho
  • Diretor Executivo: Luiz Antonio C. da C. Couceiro
  • Diretor Adjunto: Paulo Mário Bianchi França

Diretores de Divisão:

  • Divisão de Desenvolvimento: Amauri Marques da Cunha
  • Divisão de Operação: Arato Ubara
  • Divisão de Processamento Administrativo: Helio da Gama e Silva
  • Divisão Administrativa: Hélio Salles
  • Divisão de Assistência ao Usuário: Miguel Aranha Borges

Consolidação das atividades do NCE. Comprovação da adequabilidade da nova organização administrativa com as cinco divisões internas que permitiu um funcionamento de todo o NCE de maneira harmônica

Processo de reorganização e otimização dos serviços dentro das subdivisões, em especial, no que se refere aos serviços de processamento de dados para a administração da UFRJ, num esforço de otimizar os sistemas existentes, com a implantação de algumas modificações e acréscimos

A decisão de atuar de forma mais agressiva como centro de pesquisa em computação foi tomada com a formação da Divisão de Desenvolvimento

Ivan da Costa Marques estava convencido de que era necessário desenvolver atividade de pesquisa em hardware. Defendia um domínio mais completo da tecnologia buscando a independência

Início de uma linha de pesquisa na área de computação, visando desenvolver uma série de projetos em hardware e software do interesse dos serviços prestados pelo Núcleo. Essa linha de pesquisa já tinha produzido como primeiro resultado a construção de uma unidade de ponto flutuante para o Computador IBM-1130 que multiplicou a performance normal da máquina em 14 vezes

NCE buscava aumentar a cultura da sociedade na era da informação através da formação de pessoal + desenvolvimento de projetos até o nível de protótipos

Procurando incentivar todas as atividades relacionadas com a Computação na Universidade, o NCE colaborou diretamente com o Instituto de Matemática na preparação do currículo do curso de Informática. Pretendia-se colocar à disposição do IM/UFRJ os seus analistas para colaborar no ensino do referido curso, que veio a se concretizar. Estava previsto o ingresso da primeira turma no ano seguinte (1974) diretamente para o quinto semestre do curso. Havia a confiança de que essa interação entre o ensino e a atividade do Centro de Computação propiciaria a formação de bons profissionais

Criação do curso de graduação em Informática com disciplinas específicas deste curso sendo lecionadas por analistas do NCE, em quase sua totalidade

Necessidade de trabalho político além ao da pesquisa. Interesse do governo + mão de obra qualificada + empresários aceitando o desafio

Procurando dar prosseguimento ao processo de consolidação institucional do NCE, foi solicitado ao MEC recursos para a efetiva contratação do pessoal do NCE, que vinha recebendo por serviços prestados. O MEC aprovou tal pedido e para janeiro de 1974, previa-se a contratação de todo o pessoal do NCE em níveis adequados.

Equipe

Além da direção geral, o NCE contava ainda com 8 analistas, 31 programadores, 16 operadores, 29 funcionários administrativos, 2 estagiários de programação, 3 recepcionistas.

Analistas

  1. Eber Schmitz;
  2. Guilherme Chagas Rodrigues;
  3. Ivan da Costa Marques;
  4. Jayme Luiz Szwarcfiter;
  5. José Fábio Marinho de Araujo;
  6. Miguel Jonathan;
  7. Paulo Fernando Molo Paiva;
  8. Pedro Octávio Pessoa Prado.

Programadores

  1. Alberto Miyashiro;
  2. Alexanddre de Almeida Macedo;
  3. Antonio Paulo Marques Menezes;
  4. Ari Sotero Furuguem;
  5. Beatriz Taylor Sobral Soares;
  6. Cezar Jesus Apulchro Correa;
  7. Eliana Barros M. De Oliveira;
  8. Eliana Praça;
  9. Florinda Harue Shinotsuka;
  10. Helena Maria G. Dantas;
  11. Jacira da Silva Duailibe;
  12. Jorge Dabdad Calache;
  13. José Carlos Vida Cura;
  14. Laerte Garcia Martins;
  15. Luciano Mauricio Vollmer;
  16. Luciano Puppin;
  17. Lucius Sobel;
  18. Luiz Roberto Braz Tinoco;
  19. Madalena Martin Salvanés;
  20. Manoel Pedro da Frota Moreira;
  21. Marcos Roberto Borges;
  22. Maria Irene Pinto Moreira Pereira;
  23. Mario Pannezi Zimmermann;
  24. Marta Maldonado Roland;
  25. Milton Albuquerque Bezerra;
  26. Paulo Cesar de Moraes Melo (IV);
  27. Paulo Gonçalves Gomes (III);
  28. Paulo Roberto Pereira (I);
  29. Pedro Manoel da Silveira;
  30. Robert Carlisle Burnett;
  31. Rosa Maria de Oliveira Varella.

Operadores

  1. Adalberto Torres da Silva;
  2. Augusto Antonio Barbosa;
  3. Flávio da Costa David;
  4. Francisco Alves Facó;
  5. José Márcio Luiz Rosembaum;
  6. Márcio dos Santos Cruz;
  7. Maria Augusta da Silva Reis;
  8. Maria de Lourdes Paes Andrade;
  9. Maria José Barata Lima;
  10. Maria José Vieira Castanha;
  11. Mário Miguez de Mello Netto;
  12. Messias Alves Filgueiras;
  13. Paulo Roberto Carvalho dos Santos;
  14. Rubem Menezes de Andrade;
  15. Sérgio de Souza Lessa;
  16. Walmir Maduro da Silva.

Funcionários Administrativos

  1. Antonio Araújo;
  2. Carlos Roberto da Silva;
  3. Daniel Gomes Lopes;
  4. Elias Pires de Souza Filho;
  5. Gentil da Cunha Filho;
  6. Gilberto Rodrigues Torres;
  7. Glenda Marques B. Meyer;
  8. Helena Soares das Neves;
  9. Inock Silveira dos Santos;
  10. Jacira dos Santos Pereira;
  11. Jocelina de Araújo Silva;
  12. Jorge Alves de Freitas;
  13. Lie Déa Lobo Pereira Nunes;
  14. Lygia Miguez de Mello e Silva;
  15. Marilda Gabriel;
  16. Mário Franco Cavalcante;
  17. Mario Freitas de Araújo;
  18. Mary Alícia Bruckner Costa;
  19. Miyoco Sudo;
  20. Nádia de Almeida Coelho;
  21. Oswaldo Trapani;
  22. Paulo Machado;
  23. Paulo Roberto de O. Portugal;
  24. Raymunda Santana;
  25. Rosa Maria F. De Carvalho;
  26. Vera Lúcia da Costa;
  27. Walter Jesus da Silva;
  28. Wilson Torbis;
  29. Zuleica Ribeiro de Carvalho.

Estagiários de Programação

  1. Fátima Maria Santos de Carvalho;
  2. Silvana Scofano.

Recepcionistas

  1. Isabel Cristina Dias;
  2. Isabel Cristina Imenes Nascimento;
  3. Jorge Augusto.

Apoio/Produção

A partir de setembro, o NCE passou a emitir o pagamento de funcionários e professores da UFRJ também em fita magnética, obtendo com isso uma maior eficiência nos procedimentos do pagamento do pessoal

O Sistema de Registro Acadêmico (SIRA), ainda em fase de implantação, atingiu em 1973 seu terceiro ano de funcionamento, já mantendo sob controle os seis primeiros períodos de graduação, correspondendo a:

14.773 alunos, dos quais 12.850 ativos (este número representava aproximadamente 80% do corpo discente da UFRJ);

Registro de 2.355 disciplinas oferecidas por 159 departamentos.

Foram implementados dentro do SIRA, todos os alunos do Instituto de Física matriculados em época anterior ao início de funcionamento deste sistema, já estando com isto o referido Instituto com todos os seus alunos cadastrados

Processadas as carteiras de estudantes válidas para 1973 das Unidades

Para o Projeto de Cadastro de Pessoal, o NCE imprimiu a ficha básica de dados pessoais e funcionais, dados estes a serem utilizados também pela SG-4 no censo que deveria levantar as informações de caráter mais geral dos servidores da UFRJ, e no Plano de Treinamento de Pessoal da Universidade

Elaboração de relatórios correspondentes ao esforço acadêmico desenvolvido por todos os Departamentos da UFRJ, relatórios estes enviados ao Programa MEC/BID/CEPES e solicitados pela Divisão de Coordenação da Superintendência Geral de Desenvolvimento

NCE, a convite do Centro de Ciências Médicas, assessorou, no que concerne à Computação, o Grupo de Trabalho para Implantação do Hospital Universitário, na análise das propostas de diversas firmas de consultoria para organização técnica, operacional e administrativa

Projetos Administrativos

Aprimoramento dos sistemas já implementados de apoio à administração universitária. Vários outros trabalhos foram realizados, sempre a pedido das áreas interessadas.

Novo subsistema implantado, o de Análise de Currículo, em funcionamento para os alunos da Escola de Educação Física e Desportos e o Instituto de Física

Foram implantados os subsistemas de FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e PASEP (Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público) no sistema Projeto de Automação de Pessoal (PAPE)

Mantidos contatos com a Área de Patrimônio e Finanças, para estudo de automação do plano de contas único, destinado aos órgãos de administração indireta, plano este elaborado pela Inspetoria Geral de Finanças do MEC.

Projetos de Pesquisa

Início da pesquisa tecnológica com a implantação de sua área de desenvolvimento. Foram traçados três pilares básicos: integração de projetos envolvendo hardware e software, estreita ligação com o ensino e a pesquisa na UFRJ e desenvolvimento de projetos acima da capacidade tecnológica da indústria nacional, visando a incorporação dessa tecnologia ao processo produtivo brasileiro.

Em junho, o NCE, juntamente com o Programa de Engenharia de Sistemas de Computação da COPPE, definiu e adotou uma linha de pesquisa aplicada na área de computação, a qual implicou na definição de uma série de projetos na área de tecnologia de processamento de dados e Ciência da Computação, cujas características principais deveriam ser:

de complexidade crescente;

  • integrados no sentido de envolver “Software” e “Hardware”;
  • estreita ligação com o ensino através da participação de professores e alunos de pós-graduação e se situassem num nível um pouco acima da capacidade tecnológica da indústria nacional para que, ao final do projeto, o “know how” fosse incorporado aos meios de produção brasileiros. Os trabalhos de tese dos alunos de pós-graduação deveriam ser partes integrantes dos projetos e os professores deveriam expor as dificuldades e descrever os projetos para os alunos dos cursos;
  • definição de prazos de execução, com início e fim prefixados, tanto para o projeto como um todo como para suas diversas etapas. Consequentemente, cada projeto deveria ser precedido de um estudo de viabilidade, que também deveria fixar os prazos de execução;
  • orientados para problemas de computação existentes na universidade, mas que fossem suficientemente gerais para que houvesse grande probabilidade de que outros integrantes da comunidade brasileira de processamento de dados se beneficiasse deles.

O primeiro projeto desenvolvido nessa linha foi o Processador de Ponto Flutuante (PPF) para o sistema IBM-1130

Processador de Ponto Flutuante (PPF) – interligado diretamente à UCP do IBM1130 (financiado pelo antigo BNDE). Repassado à Microlab que o industrializou em 1974. O uso do processador de ponto flutuante não envolvia reprogramação alguma por parte do usuário. Além disso, o processador era um dispositivo “plug in” cuja instalação ou remoção em nada afetava ou modificava o sistema IBM-1130. As características técnicas do processador foram descritas no IV Congresso Nacional de Processamento de Dados da SUCESU, que se realizou no Rio de Janeiro, de 15 a 19 de outubro de 1973 e em setembro de 1994. O processador conseguiu uma performance de 14 vezes maior que a performance normal do 1130

Encontrava-se em fabricação pela firma MICROLAB, um conjunto de 5 cabeças de série do PPF encomendadas pelo BNDE a serem utilizadas em universidades brasileiras (NCE/UFRJ, ITA, IME, Universidade Federal de Campina Grande e empresa Noronha Engenharia, onde foi utilizado inclusive para realizar os cálculos da Ponte Rio-Niterói).

Foi iniciado em novembro um projeto que visava à substituição de máquinas perfuradoras na preparação de programas e dados por parte dos usuários do computador. O objetivo do projeto era montar um sistema de terminais em volta de um minicomputador PDP-11, juntamente com unidades de fita cassete e disco magnético.

Ensino

Manteve-se a colaboração com o Programa de Engenharia de Sistemas de Computação da COPPE e o Departamento de Computação do Instituto de Matemática, auxiliando desta forma no ensino de computação nos níveis de pós-graduação e graduação, além da regularidade nos seus cursos intensivos.

Analistas do NCE pertencentes aos quadros de professores do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação, colaborando através de cursos e orientando teses de mestrado: Eber Assis Schmitz (M. Sc.), Guilherme Chagas Rodrigues (M. Sc.), Ivan da Costa Marques (Ph.D.), Jayme Luiz Swarcfiter (M. Sc.), Miguel Jonathan (M. Sc.) e Ysmar Vianna e Silva Filho (Ph.D).

O NCE contribuiu de forma direta com o Departamento de Computação do IM/UFRJ na pessoa do analista Ivan da Costa Marques, que o chefiava.

Houve um crescimento inferior ao verificado no período de 1971/72 devido à ementa da disciplina Computação I abordar conceitos básicos e introdução em linguagens de programação á semelhança do curso oferecido no NCE, o que fez com que alunos optassem por uma ou outra.

Cursos intensivos e palestras realizadas no NCE:

Neste ano:

A Direção Geral do NCE era formada por:

Coordenador: Ysmar Vianna e Silva Filho

Diretor Executivo: Luiz Antonio C. da C. Couceiro

Diretor Ajunto: Tércio Pacitti

Diretor Ajunto: Miguel Jonathan

Diretores de Divisão:

Divisão de Desenvolvimento: Amauri Marques da Cunha

Divisão de Operação: Arato Ubara

Divisão de Processamento Administrativo: Helio da Gama e Silva

Divisão Administrativa: Hélio Salles

Divisão de Assistência ao Usuário: Manoel Pedro da F. Moreira

Consolidação da expansão do NCE em diversos setores

Foi completada a mudança para o novo prédio situado nas instalações do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza (CCMN). O projeto original foi modificado de acordo com as solicitações do NCE que acabou contando com uma sala de computadores de 500 metros quadrados, um subsolo para máquinas, paredes ocas para passagem de cabos, muitas salas para pessoal, salas para usuários e área de expansão.

Os serviços de atendimento ao usuário puderam apresentar sensível melhora, com o maior espaço destinado à recepção, perfuração, consultoria, biblioteca, fitoteca e outras facilidades.

As leitoras dos computadores passaram a ser operadas diretamente pelos usuários com bastante sucesso, diminuindo a interação com a recepção de programas.

A conclusão do processo de compra de um sistema operacional de grande porte veio satisfazer uma das mais sentidas aspirações do NCE, pois já havia dois anos que era difícil atender à demanda de serviços acadêmicos e administrativos dos usuários de computador da UFRJ.

Escolhido o coordenador: Denis França Leite

Equipe

Além da direção geral, o NCE contava ainda com 15 analistas, 25 programadores, 24 operadores, 5 recepcionistas de computador, 37 funcionários administrativos e 14 estagiários.

Analistas

  1. Alberto Miyashiro
  2. Diogo Fujio Takano
  3. Eber Assis Schmitz
  4. Florinda Harue Shinotsuka
  5. Guilherme Chagas Rodrigues
  6. Ivan da Costa Marques
  7. Jayme Luiz Szwarcfiter
  8. José Fábio Marinho de Araújo
  9. Mauro Soares de Freitas
  10. Miguel Aranha Borges
  11. Newton Faller
  12. Paulo Fernando Molo Paiva
  13. Paulo Mario Bianchi França
  14. Pedro Octávio Pessoa Prado
  15. Robert Carlisle Burnett

Programadores

  1. Alexandre de Almeida Macedo
  2. Ari Sotero Furuguem
  3. Carlos Alberto Guedes Pereira
  4. Cezar de Jesus Apulchro Correa
  5. Eliana Barros Mendes de Oliveira
  6. Eliana Praça
  7. Fátima Maria Santos Carvalho
  8. Gilberto da Silva Pessoa
  9. Jorge Dabdab Calache
  10. José Carlos Vida Cura
  11. Laerte Garcia Martins
  12. uciano Mauricio Rocha
  13. Luiz Roberto Braz Tinoco
  14. Madalena Martin Salvanes
  15. Marcos Roberto da Silva Borges
  16. Maria Irene Pinto Moreira Pereira
  17. Mario Panezi Zimmermann
  18. Milton de Albuquerque Bezerra
  19. Paulo Cesar de Moraes Mello
  20. Paulo Gonçalves Gomes
  21. Paulo Roberto Pereira
  22. Pedro Manoel da Silveira
  23. Rosa Maria de Oliveira Varella
  24. Serafim Brandão Pinto
  25. Silvana Scofano

Operadores

  1. Adalberto Torres da Silva
  2. Antonio Eugênio Ramos Gadelha
  3. Augusto Antonio Barbosa
  4. Édson da Silva
  5. Eduardo Calache Zaccur
  6. Elias Pires de Souza Filho
  7. Flávio Costa David
  8. Francisco Cláudio Alves Facó
  9. Hélio dos Santos Lima Filho
  10. José Márcio Luiz Rozenbaum
  11. Luiz Carlos Montez Monte
  12. Márcio dos Santos Cruz
  13. Márcio Gama de Abreu
  14. Marco Antonio dos S. Teixeira
  15. Maria José Barata Lima
  16. Maria José Vieira Castanha
  17. Maria Lourdes Paes Andrade
  18. Mário Miguez de Mello Netto
  19. Mary Alícia Bruckner Costa
  20. Messias Alves Filgueiras
  21. Nilzo de Souza Filho
  22. Rubem Menezes Andrade
  23. Sérgio de Souza Lessa
  24. Walnir Maduro da Silva

Recepcionistas

  1. Cibele Gaieto Barreto
  2. Isabel Cristina Imenes Nascimento
  3. Iza dos Santos Jaffar
  4. Maria da Penha Leite dos Santos
  5. Maria das Graças Vieira Jordão

Funcionários Administrativos

  1. Ana maria Perne Sabino
  2. Antonio Araújo
  3. Claudomiro Lopes Soares
  4. Daniel Gomes Lopes
  5. Édson Jorge da Rocha
  6. Eulália Helena Reis Batista
  7. Gentil da Cunha Filho
  8. Gilberto Rodrigues Torres
  9. Helena Soares das Neves
  10. Isamar da Silva Souza
  11. Jacira dos Santos Pereira
  12. Jocelina de Araújo Silva
  13. José Alfredo Alexandre Teixeira
  14. José Cosme de Carvalho Lopes
  15. José Luiz de Oliveira
  16. Lenira da Silva Carreiro
  17. Lie Dea Lobo Pereira Nunes
  18. Lygia Miguez de Mello Silva
  19. Manoel Pascoal de Oliveira
  20. Marilda Gabriel
  21. Mário Franco Cavalcante
  22. Mário Freitas de Araújo
  23. Milton Rodrigues Pinto
  24. Miyoco Sudo
  25. Nádia Martins Sodré
  26. Nelcílio da Conceição
  27. Odilon Ignácio Valente
  28. Oswaldo Trapani
  29. Paulo Machado
  30. Raymunda Santana
  31. Romeu Lima da Silva
  32. Rosa Maria F. De Carvalho
  33. Vera Lúcia da Costa
  34. Walter Jesus da Silva
  35. Wilson Torbis
  36. Zuleica Ribeiro de Carvalho

Estagiários

  1. Carlos Eduardo R. de Avillez
  2. Carlos Eduardo M. Paixão
  3. Fernando de Carvalho
  4. Gerson Lachtermacher
  5. Ilson Saul
  6. Jason Figueiredo Passos
  7. José Antonio dos Santos Borges
  8. José Eduardo Cardoso Lopes
  9. Luiz Otávio Lobato dos Santos
  10. Marco Antonio Fontes de Sá
  11. Mário Ferreira Martins
  12. Maurício Sebastião S. De Barros
  13. Pedro Paulo Dias Mosquera

Apoio/Produção

Mais uma vez foram processadas no NCE as correções dos concursos Vestibulares realizados pelo CESGRANRIO (Centro de Seleção de Candidatos ao Ensino Superior do Grande Rio), fato que se repetia desde 1972. Resultados divulgados 48 horas depois do encerramento da última prova, com toda a segurança possível.

Ao longo desse ano, foi muito intensa a utilização dos computadores instalados no NCE, de tal modo que os sistemas IBM-1130 e IBM/360 modelo 40 tiveram que funcionar o ano todo no regime de 24 horas diárias.

Projetos Administrativos

Processamento de um sistema de instrução assistida por computador do Núcleo de Tecnologia Educacional para a Saúde (NUTES). Este sistema ficou disponível através de terminais instalados nas dependências do NUTES, em ligação direta com o sistema IBM/360 modelo 40.

Consolidação efetiva do sistema de Registro Acadêmico (SIRA) no seu quarto ano de funcionamento (20.318 alunos registrados, dentre os quais 16.672 estavam ativos, além do registro de 3.562 disciplinas distribuídas por 159 departamentos).

Foi implantado o projeto de emissão automática pelo computador, das guias para pagamento de taxas escolares e projetadas mudanças para a fase de matrícula de alunos novos na UFRJ, cujos dados passaram a ser cedidos diretamente pelo CESGRANRIO, facilitando as fases de pré-matrícula e matrícula dos candidatos aprovados no Vestibular para a UFRJ. Estudos sendo realizados para aperfeiçoar os procedimentos da fase de inscrição em disciplinas.

Para a Área de Ensino para Graduados, o SIRA mantinha registrados:

  1. 2645 alunos pertencentes à COPPE e ao Instituto de Matemática, dos quais 1101 estiveram ativos
  2. 807 disciplinas distribuídas pelos departamentos da COPPE e Instituto de Matemática

O Sistema de Pagamento de Pessoal (PAPE) sofreu uma completa atualização de procedimentos, formulários e programas, a qual o consolidou como um sistema capacitado a fornecer relatórios estatísticos, demonstrativos de despesas, etc., muito úteis à administração da UFRJ. Nesta área também foi feito todo o levantamento e processamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), relativo ao pessoal de 1967 a 1972.

Neste mesmo ano de 1974, foi ministrado pelo NCE um curso de treinamento, aos funcionários da Seção de Controle de Pagamento, da Superintendência Geral de Pessoal e Serviços Gerais. Foram proferidas palestras sobre o uso de computadores no I Seminário de Administração de Pessoal, promovido pela Superintendência Geral de Pessoal no auditório da Reitoria da UFRJ, dirigido a todos os funcionários ligados à administração de pessoal na Universidade.

O cadastramento de candidatos e correção dos testes de admissão aos Programas de Pós-Graduação da COPPE, nas Áreas de Engenharia de Produção, Administração, Planejamento Urbano e Regional e Engenharia de Sistemas e Computação foram processados no NCE, em setembro de 1974, com vistas à admissão de novos alunos em 1975.

O NCE prosseguiu na assessoria junto ao Centro de Ciências da Saúde (CCS), no que concerne à computação eletrônica, ao Grupo de Trabalho para Implantação do Hospital Universitário, durante a fase de análise de propostas de diversas firmas de consultoria para organização técnica operacional e administrativa do Hospital. O NCE ficou encarregado ainda de acompanhar o processamento de dados do Hospital Universitário, de modo semelhante ao que já havia feito com outras áreas da UFRJ.

Conversão dos sistemas IBM para o BURROUGHS.

Projetos de Pesquisa

A linha de pesquisa e desenvolvimento adotada pelo NCE teve seu primeiro sucesso com a utilização operacional no NCE, do protótipo do Processador de Ponto Flutuante (PPF) construído para o Sistema IBM-1130. O PPF (financiado pelo BNDE) foi concluído e funcionava como uma extensão natural do processador central, acelerando em cerca de 2 a 3 vezes o processamento de programas FORTRAN no IBM-1130, através da realização por hardware das operações em aritmética real.

Processador de Ponto Flutuante (PPF) representou importante desfecho do projeto, que contou com 5 cabeças de série fabricadas até meados de 1975. O projeto do PPF foi extremamente importante, pois mostrou a toda a sociedade brasileira que uma equipe competente e com recursos adequados era o requisito necessário para o desenvolvimento de equipamentos computacionais de alta tecnologia no país. O projeto do PPF foi repassado à Microlab, que o industrializou em 1974.

Como segundo projeto desta linha foi iniciado ainda em fins de 1973, a definição do projeto de um sistema visando à substituição das máquinas perfuradoras na preparação de programas e dados dos usuários do computador. O sistema compreendia um minicomputador PDP-11 modelo 10, provido de até 32 terminais de vídeo, uma unidade de disco, unidades de fita cassete, a ser ligada diretamente ao computador central B-6700 do NCE. O usuário utilizaria fita cassete para armazenar os seus programas e dados e usaria os terminais para a preparação e alteração dos mesmos, ajudado pelo Editor de Textos e pelo Analisador Sintático do sistema e ainda poderia submeter seu programa ao computador central através dele. Já havia sido desenvolvido parte do hardware (eletrônica digital dos terminais de vídeo, cassete e ligação com o sistema central). O software se encontrava em fase adiantada de execução, constituído de um Sistema Operacional específico dotado de um Editor de Textos e Analisador Sintático para a linguagem FORTRAN.

O NCE iniciou atividades de pesquisa ligadas ao desenvolvimento de terminais e de equipamentos com base em microprocessadores.

Um terceiro projeto foi definido e iniciado ainda em 1974, envolvendo a construção de um Terminal Inteligente (terminal programável) – experiência pioneira em projetos utilizando microprocessadores. Utilizou o microprocessador INTEL 8008 entre os anos 1974 e 1976. Foi o primeiro microcomputador de 8 bits totalmente desenvolvido no país. Em setembro de 1975, seu protótipo ficou pronto. Terminal inteligente é aquele capacitado a executar certos processamentos e tarefas independentemente do computador a que estiver ligado, objetivando economizar recursos do sistema central. O fato de ser programável permitia que ele fosse utilizado em aplicações específicas, desligado de qualquer sistema central.

O projeto do NCE para um terminal inteligente partiu do princípio que ele deveria ser bastante flexível e para tanto previu o desenvolvimento do sistema constituído de um microprocessador cercado de um teclado, chaves, vídeo (tubo de raios catódicos), leitora, impressora, unidade de fita cassete e possibilidade de adição de outros tipos de periféricos. No final de 1974, foi testada com sucesso a parte do terminal constituída do microprocessador, chaves, teclado e impressora.

Paralelamente ao projeto do hardware, foi previsto também o projeto de software do terminal inteligente, que foi desenvolvido em três etapas:

  1. Elaboração do software de desenvolvimento (cross-software) com a finalidade de permitir a programação do software básico e dos programas de aplicações para o Terminal em um outro computador com mais recursos
  2. Elaboração do software básico (sistema operacional do terminal inteligente)
  3. Desenvolvimento de programas e packages de aplicações

Mais da metade do trabalho previsto para a primeira etapa foi concluído em 1974 utilizando o sistema B-6700 do NCE. O sistema cross-software estava sendo programado em uma linguagem de alto nível (FORTRAN) e era constituído de um montador de linguagem simbólica (ASSEMBLER), um simulador do terminal, um sistema para depuração de programas, um conjunto de programas utilitários e outras facilidades necessárias. A descrição técnica do projeto estava contida em artigos apresentados no VII Congresso Nacional de Processamento de Dados da SUCESU, de setembro de 1974.

Testador de Circuitos Integrados da família TTL – periférico do Terminal Inteligente com o objetivo de melhorar a infraestrutura de trabalho no Laboratório de Desenvolvimento do NCE

COPPEFOR funcionava em 13 universidades brasileiras e em 3 no exterior

Ensino

O curso de Informática do Instituto de Matemática teve seu primeiro ano de ciclo profissional contando com alguns analistas do NCE para lecionar disciplinas.

O NCE, como nos anos anteriores, manteve a colaboração com o Programa de Engenharia de Sistemas da COPPE e o Departamento de Ciência da Computação do Instituto de Matemática, auxiliando desta forma o ensino de Computação nos níveis de pós-graduação e graduação além de oferecer regularmente seus cursos intensivos.

Junto ao quadro de professores do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação, sete analistas do NCE lecionavam disciplinas e orientavam teses de mestrado: Eber Assis Schmitz (M.Sc.), Guilherme Chagas Rodrigues (M.Sc.), Ivan da Costa Marques (Ph.D.), Jayme Luiz Szwarcfiter (M.Sc.), Miguel Jonathan (M.Sc.), Newton Faller (M.Sc.) e Ysmar Vianna e Silva Filho (Ph.D.).

Com o Departamento de Ciência da Computação do Instituto de Matemática/UFRJ, o NCE contribuiu de forma direta na pessoa do analista Ivan da Costa Marques, que chefiou este Departamento em 1974, e também através de 3 disciplinas do curso de Graduação em Informática ministradas por analistas do NCE. Esta participação aumentaria nos próximos anos devido ao crescimento do curso de Informática, o qual foi iniciado em março de 1974 e formou sua primeira turma em dezembro de 1975.

Ingresso da primeira turma do curso de Informática diretamente para o quinto semestre do curso com analistas do NCE atuando como professores.

Os analistas Guilherme Chagas Rodrigues, Ivan da Costa Marques e Miguel Jonathan lecionaram curso de Introdução à Computação e Linguagens de Programação na Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica (ECEMAR).

No total de cursos introdutórios intensivos oferecidos regularmente pelo NCE, houve uma sensível diminuição em relação aos anos anteriores devido a dois motivos principais: primeiro, a supressão do curso de BASIC do sistema IBM-1130, que era pré-requisito para o curso de FORTRAN, e, segundo, porque um grande número de alunos da Universidade (cerca de 1800, em 1974) cursava anualmente a disciplina Computação I, regularmente oferecida pelo Departamento de Ciência da Computação do IM/UFRJ e cuja ementa continha conceitos básicos e introdução a linguagens de programação. Devido a isso, existia a tendência do NCE em diminuir estes cursos introdutórios e aumentar as palestras sobre problemas e técnicas especiais em programação e uso dos computadores instalados, conforme se verifica pela tabela abaixo.

Curso Nº de Turmas Nº Total de Alunos
71 72 73 74 71 72 73 74
BASIC 23 34 38 1150 2442 2527
FORTRAN 19 21 24 27 969 1215 1628 1277
O.S. 8 5 7 2 68 133 237 64
COBOL 2 2 84 116
PALESTRAS 5 7

Produção Acadêmica

FRANÇA, Paulo Bianchi – “Sistema Preparador de Programas”, Tese de Mestrado, COPPE/UFRJ, 1974

FRANÇA, Paulo Bianchi e PAIVA, Paulo Fernando – “Sistema Preparador de Programas”, VII CNPD da SUCESU, 1974

Parque Computacional

Ampliação da capacidade de processamento do sistema IBM-1130 através da utilização do protótipo do Processador de Ponto Flutuante (PPF), desenvolvido no NCE em conjunto com a COPPE, a partir de maio de 1974

O sistema IBM/370 modelo 145 (instalado em dezembro de 1972), dotado de pequena configuração de memória central e periféricos, permaneceu instalado nas dependências do NCE até dezembro

Com a finalidade de resolver o problema do NCE (demanda por maiores recursos computacionais) e o de muitas outras universidades, a Comissão de Coordenação das Atividades de Processamento Eletrônico (CAPRE), órgão da Secretaria de Planejamento do Governo Federal, estruturou em 1973, o 1° PNCI (Plano Nacional de Centros de Informática), que estabeleceu um remanejamento e aquisição de novos sistemas computacionais, racionalizando e permitindo maior economia global na distribuição de recursos computacionais a um grande número de universidades brasileiras

O 1° PNCI previu para a UFRJ, a aquisição do sistema B-6700, fabricado pela BURROUGHS, dotado de 2 processadores centrais e uma periferia equilibrada que incluía capacidade de teleprocessamento. Parte deste sistema foi instalada pela BURROUGHS em regime de comodato. A chegada do sistema BURROUGHS B- 6700 (começou a operar em setembro) proporcionou maiores recursos computacionais

A partir de setembro, o novo sistema B-6700 passou a ser utilizado por usuários acadêmicos. Por ser o B-6700 um sistema computacional mais poderoso que os já instalados, ofereceu de imediato vantagens quanto ao tempo de resposta e maior quantidade de memória disponível, as quais foram compensando cada vez mais o trabalho de conversão dos sistemas IBM, para o BURROUGHS, e também atendendo em parte à demanda reprimida que havia na UFRJ quanto ao uso de maiores recursos computacionais. Desta maneira, chegou-se ao final do ano com uma boa utilização do B-6700 pelos usuários acadêmicos, que foram se transferindo do IBM/360 modelo 40. Este fato possibilitou a passagem do processamento administrativo da UFRJ para o IBM/360 quando o sistema IBM/370 modelo 145 foi retirado do NCE, sem prejudicar em nenhum momento o nível de atendimento do NCE aos seus 2 tipos de usuários: acadêmicos e administrativos

Outra expansão pretendida era a instalação de um minicomputador dotado de terminais de vídeo, constituindo o Sistema Preparador de Textos e Programas, que viria a proporcionar a substituição das máquinas perfuradoras de cartões no ambiente universitário, trocando os cartões perfurados por fitas minicassete como meio de entrada de programas

Os sistemas IBM/360 e IBM-1130 foram utilizados quase que exclusivamente na realização de trabalhos acadêmicos e de pesquisa por parte de professores e alunos da Universidade. Procurando melhorar o atendimento, a utilização do sistema COPPE-FORTRAN (conhecido como COPPEFOR) em regime de autosserviço, foi estendida para cobrir todo o horário diurno do sistema IBM-1130. Com o uso do compilador COPPEFOR funcionando nesse sistema, o NCE conseguiu atender inteiramente às necessidades da grande quantidade de alunos das disciplinas de Computação I e Cálculo Numérico (cerca de 1400 por semestre)

Operação do computador IBM/370 modelo 145 até dezembro. Este sistema teve sua utilização dedicada ao processamento de trabalhos administrativos para a UFRJ e, em menor escala, ao processamento de programas especiais de usuários acadêmicos que necessitavam de uma velocidade de processamento superior a do 40. Esta restrição ocorreu porque a configuração instalada era pequena em termos de memória e periféricos, limitando, portanto, o uso que poderia ser feito do sistema

Conclusão

O ano de 1974 foi marcado pela consolidação institucional do NCE, pelo planejamento da expansão de suas atividades. Neste ano já contavam com o primeiro módulo do novo equipamento de computação de grande porte que viria suprir uma necessidade há muito sentida. O NCE se preparava para esta expansão há dois anos e o momento dessa instalação era propício. A expansão, entretanto, iria requerer que se definisse de maneira mais estável as fontes de financiamento da operação do NCE, que não contava com recursos orçamentários para a totalidade dos gastos operacionais. Não seria possível, no entanto, que a manutenção dos serviços ficasse dependendo da existência de recursos extraorçamentários, de certo modo instáveis. Deveriam, portanto, procurar uma solução institucional que permitisse ao NCE continuar servindo ao ensino, pesquisa e administração da UFRJ tendo ao mesmo tempo garantidos os recursos operacionais para esse fim. Soluções para este problema deveriam ser equacionadas em 1975.

O entrosamento entre o NCE e o ensino de graduação e pós-graduação e a Informática era uma constante dentre as atividades do NCE desde a sua criação. Pretendiam formar em torno do NCE um grupo de professores, pesquisadores e analistas que numa só equipe oferecessem à UFRJ toda a cobertura na área de Computação. Para tal, sentiram que se aproximava a hora de ser criado um órgão único que pudesse oferecer o ensino, desenvolver pesquisas e prestar serviços em computação de maneira integrada.

Neste ano:

A Direção Geral do NCE era formada por:

Coordenador: Tércio Pacitti (Ph. D., Berkeley)

Diretor Executivo: Ivan da Costa Marques (Ph. D., Berkeley)

Diretores de Divisão:

Divisão de Operação: Arato Ubara (Eng., UFRJ)

Divisão de Desenvolvimento: Ysmar Vianna e Silva Filho (Ph. D., Berkeley)

Divisão Administrativa: Hélio Salles (M. Adm., UFRJ)

Divisão de Assistência ao Usuário: Manoel Pedro da F. Moreira (Eng., UFRJ)

O ano de 1975 destacou-se pela realização de projetos que consolidaram a linha de pesquisa e desenvolvimento iniciada no ano anterior e que demonstraram que a filosofia básica de funcionamento do Centro era a adequada para a conjuntura brasileira do momento.

Ainda nesse ano, foi completada a configuração do sistema computacional de grande porte, BURRGOUGHS-6700, que propiciou aumentar a capacidade de processamento de serviços acadêmicos, o início das atividades de teleprocessamento e os testes iniciais dos sistemas administrativos da UFRJ que estavam sendo convertidos para este sistema.

Equipe

O NCE contava com uma equipe composta de 33 analistas, 25 programadores, 16 operadores, 5 recepcionistas dos computadores, 44 funcionários administrativos e 7 estagiários, além da direção geral.

Analistas:

  1. Adriano Joaquim de O. Cruz (Eng., UFRJ);
  2. Alberto Miyashiro (Eng., UFRJ);
  3. Amauri Marques da Cunha (Eng., UFRJ);
  4. Ari Sotero Furuguem (Eng., UFRJ);
  5. Diogo Fujio Takano (M. Sc., UFRJ);
  6. Eber Assis Schmitz (M. Sc., UFRJ);
  7. Eliana Praça (Bac. Mat., UFRJ);
  8. Eduardo Peixoto Paz (M. Sc., UFRJ);
  9. Florinda Harue Shinotsuka (Bac, Mat., UFRJ);
  10. Guilherme Chagas Rodrigues (M. Sc., UFRJ);
  11. Hélio da Gama e Silva (Adm., EBAP);
  12. Jayme Luiz Szwarcfiter (Ph. D., Newcastle);
  13. José Fábio Marinho de Araújo ( M. Sc., Berkeley);
  14. Jorge Dabdab Calache (Eng., UFRJ);
  15. José Carlos Vida Cura (Bac. Mat., UFRJ);
  16. Júlio Salek Aude (Eng., UFRJ);
  17. Laerte Garcia Martins (Eng., UFRJ);
  18. Luiz Antonio C. da Cunha Couceiro ((Eng., UFRJ);
  19. Marcos Roberto Borges (Eng., UFRJ);
  20. Mário Ferreira Martins (Eng., UFRJ);
  21. Maria Irene
  22. Mauro Soares de Freitas (Eng., UFRJ);
  23. Miguel Aranha Borges (Eng., UFRJ);
  24. Miguel Jonathan (M. Sc., PUC);
  25. Milton de Albuquerque Bezerra (Bac. Fís., UFRJ);
  26. Newton Faller (M. Sc., UFRJ);
  27. Paulo Cesar de Moraes Neto (Eng., UFRJ);
  28. Paulo Fernando Molo Paiva (Eng., FEI);
  29. Paulo Henrique de A. Rodrigues (Eng. ITA);
  30. Paulo Mário Bianchi França (M. Sc., UFRJ);
  31. Paulo Roberto Pereira (Eng., UFRJ);
  32. Pedro Manoel da Silveira (Eng., UFRJ);
  33. Serafim Brandão Pinto (Eng., UFRJ);

Programadores

  1. Adalberto Torres da Silva;
  2. Álvaro Teixeira da Silva;
  3. Antonio Eugênio Ramos Gadelha;
  4. Carlos Alberto Guedes Pereira;
  5. Carlos Eduardo R. Avillez;
  6. Carlos Roberto Meirinho Paixão;
  7. César de Jesus A. Correa;
  8. Fátima Maria Santos Carvalho;
  9. Francisco de Paula Dutra Filho;
  10. Filberto da Silva Pessoa;
  11. Humberto dos Santos Melin;
  12. José Antônio dos Santos Borges;
  13. José de Mendonça Furtado Neto;
  14. José Márcio Luiz Rozenbaum;
  15. Luciano Maurício da R. Vollmer;
  16. Luiz Roberto Tinoco;
  17. Manuel Lois Anido;
  18. Marco Antonio dos S. Teixeira;
  19. Mário Panezzi Zimmermann;
  20. Messias Alves Filgueiras;
  21. Nilzo de Souza Filho;
  22. Rosa Maria O. Varella;
  23. Rubens Menezes Andrade;
  24. Silvana Scofano
  25. Sérgio Lessa.

Operadores:

  1. Álvaro Pereira Leite Neto;
  2. Antônio César do Nascimento;
  3. Antônio José Ribeiro de Souza;
  4. Antônio Marko Kuazmenda Oliveiras;
  5. Édson da Silva;
  6. Elias Pires de Souza Filho;
  7. Fernando das Neves C. de Souza;
  8. Fernando Silveira Frias Júnior;
  9. Flávio Costa David;
  10. Luiz Antonio Gonçalves da Costa;
  11. Maria José Barata;
  12. Maria de Lourdes Paes Reis;
  13. Márcio dos Santos Cruz;
  14. Mauro Barbosa Carrasco;
  15. Moacyr Henrique C. de Azevedo;
  16. Sérgio Narcizo.

Recepcionistas

  1. Angela G. de Abreu;
  2. Cibele Gaieto Barreto;
  3. Isabel Cristina I. Nascimento;
  4. Isa dos Santos Jaffar;
  5. Maria da Penha Leite dos Santos.

Funcionários administrativos:

  1. Ana Maria Perne Sabino;
  2. Antônio Araújo;
  3. Antônio Rosemberg Santos Coelho;
  4. Augusto Antônio Barbosa;
  5. Carlos Alberto Floripes;
  6. Claudomiro Lopes Soares;
  7. Daniel Gomes Lopes;
  8. Diana Pacheco Marinho;
  9. Edson Jorge da Rocha;
  10. Eulália Helena Reis Batista;
  11. Gabriel Pereira Fernandes;
  12. Gentil da Cunha Filho;
  13. Gilberto Rodrigues Torres;
  14. Helena Soares das Neves;
  15. Isamar da Silva Souza;
  16. Jacira dos Santos Pereira;
  17. Jocelina de Araújo Silva;
  18. José Alfredo de Carvalho Lopes;
  19. José Luiz de Oliveira;
  20. José Luzia da Silva;
  21. Lenira da Silva Carneiro;
  22. José Cosme de Carvalho Lopes;
  23. Lúcia Regina Dieguez;
  24. Lygia miguez de Mello Silva;
  25. Manoel Pascoal de Oliveira;
  26. Maria das Graças Vieira Jordão;
  27. Maria Paula Freire Cunha;
  28. Mário Franco Cavalcanti;
  29. Mário Freitas de Araújo;
  30. Milton Rodrigues Pinto;
  31. Miyoco Sudo;
  32. Nádia Martins Sodré;
  33. Nelcílio da Conceição;
  34. Noélcio Braga;
  35. Odilon Ignácio Valente;
  36. Oswaldo Trapani;
  37. Paulo Machado;
  38. Raymunda Santana;
  39. Romeu Lima da Silva;
  40. Rosa Maria Ferreira de Carvalho;
  41. Vera Lúcia da Costa;
  42. Wálter Jesus da Silva;
  43. Wilson Torbis;
  44. Zuleica de Carvalho Teixeira.

Estagiários

  1. Adalberto Afonso Barbosa;
  2. Ageu C. Pacheco Júnior;
  3. Armando Drummond;
  4. Fernando José A. de Azevedo;
  5. Maria Virgínia F. Raposo;
  6. Paulo César da Silva;
  7. Rogério A. Sampaio Vianna.

Apoio/Produção

O sistema de Registro Acadêmico (SIRA), após o seu 5º ano de funcionamento, já abrangia todos os alunos matriculados na UFRJ. No período, o sistema controlou e processou um total de 29.880 alunos dos quais 23.658 estavam efetivamente ativos.

Foram registradas 3.915 disciplinas, distribuídas por 159 Departamentos.

No que diz respeito ao processamento, foi utilizado um sistema de DATA ENTRY que possibilitou maior confiabilidade, alto grau de eficiência e segurança. A utilização dessa tecnologia resultou numa economia de tempo que permitiu processar os resultados antes da data marcada pelo Cronograma de Execução de Serviços. Dentro dessa política de otimizar o processamento foi estudada e implantada a otimização de formulários de saída do computador, com a consequente economia em termos de custo do sistema. Para a Área de Ensino para Graduados, o sistema processou e registrou os dados referentes a 4.118 alunos pertencentes à COPPE e ao Instituto de Matemática dos quais 2010 estiveram ativos; 891 disciplinas distribuídas pelos Departamentos dessas unidades.

A manutenção do sistema SIRA foi diferenciada por receber tratamento especial, não só com relação à conversão do sistema para ser processado no B-6700, como também para atender à demanda de homogeneidade das informações

Foi realizado o processamento das provas seletivas para os candidatos (total de 645 alunos) aos cursos da COPPE, nas áreas de Engenharia de Produção, Administração, Planejamento Urbano e Regional, Engenharia de Sistemas e Computação em setembro de 1975

A Divisão de Operação (DO) organizou e ministrou cinco cursos (três sobre o BURROUGHS B-6700 e dois sobre o IBM/360 e IBM-1130, num total de 48 aulas e 101 inscritos) e quatro palestras (com total de 55 participantes) para treinamento de seus operadores, que contou com a participação de outros técnicos do NCE

O NCE realizou quatro trabalhos de processamento para a Área de Pessoal e Serviços Gerais além do processamento mensal da folha de pagamento da UFRJ.

Os dois primeiros trabalhos foram realizados para atender o interesse da Equipe Técnica de Alto Nível (ETAN) cuja finalidade foi auxiliar a implantação do Plano de Classificação de Cargos do Grupo Magistério da UFRJ, tendo sido realizados levantamentos com dados pessoais e qualificação acadêmica além de pretensões de carga horária no novo plano. A partir desse trabalho foram emitidas estatísticas do interesse da ETAN

Outros relatórios baseados no cadastro do Sistema de Pagamento de Pessoal (PAPE) e no Sistema SIRA sobre os professores foram as bases para a justificação do Plano de Classificação de Cargos do Magistério aprovado pelo DASP e MEC.

Outro trabalho de realce foi a otimização e atualização do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) dos funcionários da UFRJ. O NCE destacou um analista para acompanhar de perto o processamento das informações bem como interagir com o banco depositário do Fund

Acompanhamento dos sistemas computacionais para o Hospital Universitário, junto à firma responsável pela elaboração com o objetivo de serem otimizados os projetos elaborados, testados os programas e verificadas as aplicações. Internamente, o NCE iniciou os preparos para receber o encargo de processamento dos sistemas elaborados, tendo a preocupação de planejar turnos de operação, horário de uso de máquina, sistema de comunicações com o Hospital Universitário, etc.

Processamento do Vestibular do CESGRANRIO de 1975 no início do ano, bem como a de vários relatórios de interesse do MEC e da CESGRANRIO

HU passou a receber colaboração direta do NCE

Projetos Administrativos

Uma observação necessária com respeito ao sistema SIRA para a Graduação é que a partir do 2º semestre de 1975, todas as alterações e mesmo os próprios sistemas foram reanalisados, tendo em vista a sua conversão para o sistema BURROUGHS-6700. Essas modificações implicaram na elaboração dos Manuais de Análise, Sistema Externo (usuário) e Perfuração. O sistema de Registro Acadêmico (SIRA) foi convertido para ser processado no B-6700 e para atender a demanda de homogeneidade das informações, através da introdução de conceitos de INSCRIÇÃO CONDICIONADA e INSCRIÇÃO REJEITADA. Para isso, foram alterados todos os programas do subsistema INSCRIÇÃO e outros que se utilizavam do cadastro. Isso implicou ainda na elaboração dos Manuais de Análise, Sistema Externo (usuário) e Perfuração

Ao longo do ano, o NCE participou de um grupo de estudos composto pelos responsáveis pelo registro acadêmico dos diversos Centros. Nestas reuniões foram levantados e equacionados vários problemas de ordem burocrática, de forma a dinamizar o fluxo de informações para o bom desempenho do Sistema de Registro Acadêmico

Projeto de Cadastro de Pessoal (PCP) levado a efeito durante todo o segundo semestre de 1975. Foram realizados levantamentos de todas as rotinas administrativas da Área de Pessoal e elaborado um anteprojeto, contendo as especificações do PCP

Participação do NCE em grupo de estudos composto por responsáveis pelo registro acadêmico dos diversos Centros com o intuito de identificar e equacionar vários problemas de ordem burocrática, e dinamizar o fluxo de informações para o bom desempenho do Sistema

Início do projeto do Vestibular 1976 com a alocação de um analista em contato permanente com o CESGRANRIO para definições preliminares do vestibular, intensificando os trabalhos com as inscrições dos candidatos (agosto/75), prosseguindo com o cadastramento e emissão de carteiras de identificação dos candidatos; modificações em todos os programas existentes para atender o edital do concurso, processamento das informações necessárias como suporte à realização do exame, tais como cadastramento dos locais de provas, controle e pagamento de fiscais, emissão de listas de chamada e etc.; culminando com a correção das provas e emissão dos resultados, feitas em regime intensivo de trabalho do NCE já em 1976

Vale destacar alguns acontecimentos ocorridos durante a execução deste projeto:

  1. Pela primeira vez foi utilizada, com resultados excelentes, a digitação dos formulários de inscrição dos candidatos, em equipamento de Entrada de Dados capaz de fazer crítica e entregar o arquivo movimento, já em fita magnética e com uma insignificante percentagem de erro, evitando o enorme trabalho de perfuração de cartões e conferência visual de todos os formulários, realizado em todos os anos anteriores;
  2. Foi efetivamente utilizado em um sistema administrativo, pela primeira vez no Núcleo, o processamento “ON LINE”, para consulta e utilização dos arquivos. O processo interativo de acerto do cadastro de candidatos (principalmente na parte de opções e subopções), a conferência visual efetuada durante a fase de correção e a consulta de resultados obtidos no concurso, foram os trabalhos mais significativos realizados com esta técnica;
  3. Este foi o projeto de Vestibular no qual foi possível realizar um trabalho de planejamento com bastante antecedência, o que causou reflexos positivos na sua execução;
  4. Houve um ligeiro aumento na demanda da CESGRANRIO por relatórios estatísticos, principalmente na parte de situação socioeconômica dos candidatos não só do Vestibular de 1976, como também dos cadastrados nos exames anteriores. Devido a fatores externos, foi possível prever que esta demanda deveria continuar apresentando a mesma tendência, inclusive na consulta a cadastros de anos anteriores, consulta esta que sempre exigia mais esforço de processamento do NCE.

NCE participou da criação do Departamento de Computação do Instituto de Matemática, e da implantação do Curso de Graduação em Informática

Projetos de Pesquisa

PRETEXTO – composto de alguns subprojetos envolvendo “software” e “hardware”, sistema de acesso remoto a um computador de grande porte, constituído de um minicomputador (PDP-11) com uma unidade de disco (2,4 Mbytes de capacidade), unidade(s) de cassete, terminais de vídeo e um sistema operacional específico (o Sistema Preparador de Textos e Programas) controlando completamente o minicomputador e todos os seus recursos.

O projeto facilitou e otimizou os serviços de computação destinado à área acadêmica ao expandir os sistemas existentes e que consistia na instalação de um minicomputador dotado de terminais de vídeo, prevendo ainda a sua ligação ao sistema central B-6700. Proporcionou ainda a substituição das máquinas perfuradoras de cartões por fitas minicassete que serviram para a entrada de programas. O minicomputador (PDP-11/10) se encarregava de fazer um pré-processamento sintático dos programas que eram submetidos ao computador central através dele.

Para o usuário foi mais fácil transportar seus programas em pequenos estojos de fitas minicassete, não sendo necessário o transporte das incômodas caixas de cartões.

O sistema começou a ser usado por um número pequeno de usuários, uma vez que o NCE não possuía ainda terminais de vídeo em número suficiente para atender a uma clientela maior. A difusão do uso do PRETEXTO foi efetivada no decorrer do ano de 1976.

Uma segunda expansão dos sistemas foi iniciada com a aquisição de um sistema PDP-11/70, que foi preparado para suporte dos trabalhos de pesquisa em andamento quer no NCE, quer no Programa de Sistemas da COPPE. Esse sistema foi utilizado como sistema remoto de entrada de dados e/ou programas, o que dinamizou as atividades de ensino e pesquisa.

SISTEMA PREPARADOR DE TEXTOS E PROGRAMAS – software projetado especialmente para uma estação de preparação de dados (textos ou programas) com a vantagem de oferecer pré compilações e edições locais, sem a interferência do computador de maior porte ao qual estava acoplado, sendo capaz também de inserir ou retirar instruções e outras facilidades usuais de edição de textos, em programas que estivessem sendo criados ou modificados

TERMINAL DE VÍDEO – unidade compacta para Entrada / Saída de dados em computadores, apresentando uma tela de vídeo para acompanhamento visual, desenvolvida a partir de componentes que eram ainda importados em sua maioria. Substituiu, com vantagens econômicas e operacionais, as tradicionais máquinas perfuradoras/conferidoras de cartões

Esse terminal de vídeo, desenvolvido pelo NCE nos anos de 1975 e 1976, foi transformado em produto pela Empresa Brasileira de Computadores (EBC), sendo vendidas cerca de 300 unidades deste terminal, que foi batizado com o nome de TB-110

Primeiro produto industrializado pela EBC em que o número 110 foi extraído do EMB-110, a sigla do avião Bandeirante. O primeiro terminal TB-110 foi instalado na Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica (ECEMAR), em deferência a esta instituição, e mais tarde, um outro foi instalado na Escola Superior de Guerra

UNIDADE CASSETE – unidade de memória de massa, que podia ser acoplada tanto a um minicomputador, quanto a um microcomputador, sendo as informações gravadas magneticamente em fita cassete. Era utilizado para armazenar textos (dados ou programas) proporcionando, a custo reduzido, boa flexibilidade para a depuração, correção e reutilização dos mesmos

ANALISADOR SINTÁTICO PARA A LINGUAGEM FORTRAN – projeto relacionado ao projeto PRETEXTO. Tratava-se do desenvolvimento de um analisador sintático, linha a linha, para a linguagem FORTRAN. Os dados a serem analisados pelo programa seriam digitados através do teclado do terminal de vídeo. Após a análise sintática, a linha em questão era aceita ou rejeitada pelo sistema. No caso de aceitação, seguiam posteriormente a rotina normal dos dados digitados no PRETEXTO

LIGAÇÕES ENTRE COMPUTADORES – este não foi simplesmente um projeto, mas sim, uma linha de desenvolvimento de projetos na área de teleprocessamento, voltada para as necessidades e particularidades brasileiras. A experiência acumulada até aquele momento com ligações realizadas (em hardware e software) entre TI, o PDP/11/10 e O BURROUGHS-6700, instalados no Núcleo, permitiu projetar, naquele momento, algo um pouco mais sofisticado, tal como uma pequena rede onde microcomputadores e minicomputadores fossem usados para submeter programas remotamente, a um Sistema Central de grande porte, que se encarregava de processá-los e devolvê-los à estação de origem

TERMINAL INTELIGENTE – Foi também um projeto integrado de software e hardware, sendo o terminal constituído de um microcomputador MOS, teclado, unidade de vídeo (tubo de raios catódicos), memória programável (de 4 a 16 Kbytes) e unidade de memória de massa (cassete). Suas características permitiam que fosse usado também desligado de um computador central, pois a capacidade de ser programável possibilitava a sua utilização em um grande número de aplicações, como por exemplo:

  1. proporcionava maior velocidade de trabalho e maior confiabilidade na comunicação homem/máquina;
  2. possibilitava um tratamento local de dados, verificando sua consistência e fazendo críticas;
  3. servia ao controle de processos de característica lenta, com predominância de trabalhos de Entrada e Saída de dados;
  4. prestava-se à criação e atualização de arquivos em fita cassete para manipulação posterior, substituindo fita de papel e cartões perfurados.

Também fazia parte deste projeto, a construção de um sistema de programação cruzado (cross-software), desenvolvido no computador BURRGOUGHS-6700, que oferecia a grande facilidade de permitir o desenvolvimento de programas de aplicação para o terminal, num computador de grande porte e através de um sistema composto de montador ASSEMBLER, editor de referências externas, carregador e um simulador completo das operações do terminal. Este sistema contava ainda com muitas ferramentas de auxílio à depuração de programas.

Devido às suas características auxiliou na expansão pretendida com a colocação em uso do terminal programável, cujo protótipo foi terminado em setembro de 1975

PERIFÉRICOS PARA O TERMINAL INTELIGENTE

DISKETTE – unidade de memória secundária de acesso aleatório e de baixo custo, tanto no que se refere à unidade propriamente dita, como ao meio (disco flexível). Recentemente introduzido no mercado americano, na época, estava se tornando cada vez mais popular como um meio versátil, barato e compacto de armazenar informações. Era particularmente bem sucedido no mercado de entrada de dados. Capacidade de armazenamento na ordem de 200 Kbytes;

DISCO – unidade de memória secundária de acesso aleatório, custo médio, alta velocidade de acesso e capacidade de armazenamento de 2,4 a 10 Mbytes. Muito importante em certas aplicações de entrada remota e sistemas de informação, e, especialmente cômodo para abrigar sistemas de programação, dando potencialmente ao terminal uma generalidade comparável à de um minicomputador;

FITA MAGNÉTICA – unidade de memória de massa de acesso sequencial. Especialmente importante como meio comum ao terminal e ao computador de porte médio e grande. Também imprescindível como o meio mais cômodo e barato de processar grandes arquivos sequenciais;

LEITORA DE CARTÕES – leitora de baixo custo. Tratava-se de periférico convencional dos mais difundidos e de inúmeras aplicações em um sistema;

IMPRESSORA – Impressora de baixo custo. Mais ainda do que a leitora de cartões, a máquina impressora encontrava-se presente em quase todas as aplicações de um sistema de processamento de informação.

Projetos de Softwares para o Terminal Inteligente:

SISTEMA DE DEPURAÇÃO DE “SOFTWARE” – era um conjunto de sub-rotinas destinado a facilitar a depuração de programas no próprio Terminal Inteligente. Estava dividido em duas (2) partes: um subsistema de formatação e um subsistema de “dump”. O usuário podia definir a estrutura dos seus dados e mediante um comando externo ter um “dump” dos mesmos, formatados segundo um padrão qualquer;

ROTINAS BÁSICAS PARA O TERMINAL INTELIGENTE – eram um conjunto de rotinas visando facilitar o uso do Terminal Inteligente para diversas aplicações. Era composto de um conjunto de rotinas para manipulação de cadeias e um conjunto de rotinas aritméticas para precisão dupla;

SISTEMA DE ENTRADA DE DADOS ORIENTADO PARA DISKETTE – era uma aplicação para o Terminal Inteligente. Consistia no “software” necessário para um sistema de entrada de dados usando disquete como meio de armazenamento. A entrada seria controlada por um programa de crítica definido pelo analista, e os erros eram detectados e apontados na hora. Somente os registros corretos eram gravados. Podia-se também editar programas de crítica, verificar um trabalho já batido, totalizar certos campos para controle de lotes, etc.

Projetos de Hardware para o Terminal Inteligente

PROGRAMADOR DE PROM – dispositivo para gravar programas em “programmable read only memory” – PROM. Aceitava a maioria dos circuitos PROM’s comerciais, e permitiu que se gravasse um programa na memória;

ADAPTADOR PARA TELEPROCESSAMENTO – era um dispositivo eletrônico necessário para se ligar linhas de teleprocessamento ao computador BURROUGHS B-6700. Inicialmente foi desenvolvido o adaptador para “loop de corrente” e posteriormente o adaptador para ligação com modems;

MODEM – é um equipamento para teleprocessamento. Consiste em uma unidade moduladora e demoduladora que é necessária sempre que se deseja transmitir a distância maiores que 300 m. Este equipamento era capaz de transmitir a uma velocidade de até 1200 bauds;

Projetos de Software e Hardware para o Terminal Inteligente:

SISTEMA DE TESTES DE PASTILHAS DE INTEGRADOS – composto de duas partes: um dispositivo eletrônico para teste de integrados e um conjunto de programas para testar os integrados mais usuais. O dispositivo eletrônico consistia em uma interface para o Terminal Inteligente a qual permitia emitir pulsos e detectá-los de volta de uma maneira preestabelecida controlada por programa.

Havia uma biblioteca de testes armazenada em fita cassete e o usuário podia selecionar um deles para testar um determinado integrado. Para isto havia um programa que controlava este processo interativamente com o usuário;

SISTEMA DEPURADOR DE CIRCUITOS – era também composto de uma parte eletrônica e outra de programação. A parte eletrônica era semelhante ao projeto anterior, variando apenas as funções que neste caso eram mais poderosas. A parte de software era composta por um controlador interativo que permitia ao usuário definir uma série de testes através de uma linguagem paramétrica. Este sistema era útil na depuração de circuitos digitais.

SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE JOB´S – O objetivo deste projeto era criar um sistema que informasse ao usuário do BURROUGHS B-6700 quais os programas nas filas do sistema e quais os que estavam sendo processados. Havia uma parte de software que consistia em um programa que coletava e editava as informações do B-6700. Para mostrá-los de maneira visível, foi feita uma interface ligando uma televisão comum de 23 polegadas a um terminal de vídeo que, por sua vez, estava ligado ao BURROUGHS- 6700.

Vale destacar que os periféricos especiais desenvolvidos para o Terminal Inteligente entre os anos de 1975 e 1976, Testador de Circuitos Integrados da família TTL e de um Programador de PROMs, tornaram-se independentes graças ao desenvolvimento de novos projetos. Embora não industrializados, ambos os equipamentos foram utilizados largamente por universidades e centros de pesquisa no país.

Ensino

A equipe do NCE era, desde os tempos do DCC da COPPE, o elemento gerador e aglutinador das atividades de ensino em computação na UFRJ. Ela foi a responsável pela introdução das primeiras disciplinas na pós-graduação em 1969, e na graduação em 1971. Mais tarde, com a criação do Departamento de Ciência da Computação, junto ao Instituto de Matemática e do Curso de Graduação em Informática, as disciplinas especializadas passaram, em sua grande maioria, a ser lecionadas por analistas do NCE, bem como a chefia do Departamento de Ciência da Computação era exercida por um pesquisador da mesma origem.

Mesmo após o nascimento do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação da COPPE, grande parte dos professores de computação deste Programa continuou se constituindo dos pesquisadores do NCE, situação motivada não só pela integração que historicamente liga as duas instituições, como também pela necessidade prática do entrosamento das disciplinas de pós-graduação com os trabalhos de pesquisa e desenvolvimento em andamento, dentro dos quais muitos dos alunos realizavam trabalhos de teses e projetos com a orientação do pessoal do NCE.

Colocado em termos de que a razão mais importante da existência do NCE na Universidade era de oferecer um laboratório de computação, com todo o suporte possível, a fim de facilitar a utilização dos computadores pelos professores, pesquisadores e alunos, o NCE definiu que os equipamentos instalados (IBM-1130, IBM-360 MODEL 40 e o BURROUGHS B-6700) deveriam funcionar 24 horas por dia. A recepção e devolução de programas estava à disposição dos usuários no período de 08 às 00h , normalmente.

Essa providência visava antes de tudo colocar os computadores do NCE a serviço de trabalhos acadêmicos, como já se verificava ao longo de sua história onde este tipo de utilização ocupava em média 80% do tempo disponível nos computadores.

Na área de graduação, o NCE colaborou com o Departamento de Ciência da Computação do Instituto de Matemática da UFRJ (IM/UFRJ), alocando pessoal para ministrar os cursos e administrar o Departamento. O analista Miguel Jonathan era o chefe do Departamento de Ciência da Computação sendo, portanto, o responsável pelo Curso de Matemática – Modalidade Informática.

Foram oferecidos os seguintes cursos para os alunos de Informática:

Semestre Disciplina Professor(es)
1/1975 Computadores e programação Miguel Jonathan
Matemática Combinatória Ysmar Vianna S. Filho
Sistemas de Computadores Ivan da Costa Marques
Compiladores Guilherme C. Rodrigues
Sistemas Organizacionais e seus Requerimentos de Informação Ricardo Schneider
2/1975 Linguagens de Programação Ysmar Vianna S. Filho
Sistemas Operacionais Paulo Cesar M. Melo
Manoel P. F. Moreira
Estrutura de Dados Guilherme C. Rodrigues
Simulação de Sistemas Discretos Ricardo Schneider
Análise e Projeto de Sistemas de Informação Antonio C. C. M. Silva

Na área de pós graduação, o NCE colaborou com o Programa de Engenharia de Sistemas da COPPE tendo organizado e ministrado os seguintes cursos para os alunos que se especializaram em computação.

Período Disciplina Professor(es)
1/1975 Introdução aos Sistemas de Computação Éber Assis Schmitz
Newton Faller
2/1975 Sistemas Operacionais Paulo M. B. França
Organização de Computadores I Éber Assis Schmitz
Newton Faller
Autômata e Computabilidade Ivan da Costa Marques
3/1975 Tópicos Especiais em Engenharia de Sistemas Guilherme C. Rodrigues
Organização de Computadores II Éber Assis Schmitz

Cursos Intensivos – além dos cursos citados, o NCE organizou e ministrou cursos intensivos introdutórios e oferecidos a uma clientela de alunos geralmente de outras Unidades que ainda não ofereciam, em seus currículos, disciplinas na área de computação. Em paralelo, também foram oferecidos cursos de informação a alunos interessados.

Para orientação dos usuários, na parte de linguagem e utilização dos sistemas operacionais, era oferecido um plantão de consultoria diária de 4 horas, a ser expandido para 6 horas diárias. A orientação se realizava também através de cursos intensivos, lecionados e periodicamente segundo as necessidades.

Foram oferecidos 12 cursos de FORTRAN, 2 cursos de B-6700, 1 curso de Programação Avançada e 2 palestras sobre utilitários.

Para suporte a esses cursos, o NCE contava com uma biblioteca especializada em computação cujo acervo era de aproximadamente 700 livros, 3.000 manuais técnicos, assinaturas de 50 títulos de periódicos e 1.000 relatórios técnicos avulsos. Essas publicações eram adquiridas através de recursos financiados quer pelo então BNDE ou pela FINEP e contavam também com doações feitas pelos fabricantes de computadores ou mesmo particulares.

Na área de treinamento, a Divisão de Operação (DO) organizou e ministrou cinco cursos e quatro palestras para treinamento de seus operadores, que contou com a participação de outros técnicos do NCE. As palestras, em número de quatro, totalizaram 55 participantes.

Cursos Período Nº de aulas Inscritos
Burroughs B-6700

Janeiro

10

8

IBM/360 e IBM-1130

Abril

8

12

Burroughs B-6700

Junho/julho

10

11

IBM/360 e IBM-1130

Junho/julho

10

28

Burroughs B-6700

Outubro

10

42

Durante o 2º semestre de 1975, o NCE organizou e ministrou um curso de Introdução ao Processamento de Dados a técnicos do Hospital Universitário (CCS) com vistas a familiarizar aqueles funcionários com o conhecimento do computador que será uma ferramenta para o trabalho administrativo do Hospital.

Produção Acadêmica

FRANÇA, Paulo Bianchi e SILVEIRA, Pedro Manoel – “Desenvolvimento de um Sistema Operacional Específico”, VIII CNPD da SUCESU, 1975

PAIVA, Paulo Fernando e MELO, Paulo César – “Ligação de Minicomputador a Sistema de Grande Porte”, Experiência de Implementação, VIII CNPD da SUCESU, 197

Parque Computacional

Desde a sua criação, o NCE veio apoiando a utilização dos computadores para finalidade acadêmica. Os sistemas IBM-1130 e IBM-360 MODEL 40, mantendo o regime de 24 horas diárias, processaram em média 5.760 job’s mensalmente.

Instalação de um segundo módulo do sistema BURROUGHS B-6700, em novembro de 1975, com aumento expressivo do poder computacional do NCE. Esse segundo módulo também foi adquirido através do 1° PNCI (Plano Nacional de Centros de Informática), coordenado pela CAPRE (Coordenação das Atividades de Processamento Eletrônico) com recursos administrados pelo então BNDE

Os sistemas IBM-1130 (utilizado em trabalhos acadêmicos) e IBM-360 modelo 40 (uso mais voltado ao processamento de trabalhos administrativos para a UFRJ e pouco voltado para a área acadêmica, que necessitava de maior capacidade de memória), mantiveram o regime de 24 horas diárias

O sistema IBM-1130 foi utilizado na realização de trabalhos acadêmicos. Utilizando o compilador COPPE-FORTRAN (COPPEFOR), em regime de autosserviço, que cobre todo o horário diurno, foram processados cerca de 51.013 job’s. O horário noturno foi reservado para processamento de programas especiais de longa duração e/ou que necessitavam usar o PLOTTER. Os alunos das disciplinas COMPUTAÇÃO I e CÁLCULO NUMÉRICO foram atendidos inteiramente nas suas necessidades de uso de máquina, por esse computador

O sistema BURROUGHS B-6700, sendo um sistema que oferecia maior capacidade computacional, recebeu grande parte dos usuários que utilizavam os sistemas anteriores e que aos poucos foram fazendo a conversão de seus programas para serem processados no B-6700. A passagem desses usuários de um sistema para outro abriu caminho para o atendimento em nível de iniciação a grande massa de usuários. O sistema no ano de 1975 processou em média 111.000 jobs, absorvendo 90% do tempo de uso do equipamento

Conclusão

O ano de 1975 foi marcado pela consolidação das atividades de pesquisa e desenvolvimento. Neste ano, pôde-se contar com a configuração completa do sistema de grande porte, BURROUGHS B-6700, que veio suprir a necessidade de processamento crescente que existia e estava reprimida, face à saturação dos sistemas existentes. A familiarização com a nova máquina foi feita rapidamente, uma vez ter havido preparação prévia de quase dois anos. Entretanto, os resultados não puderam ser expressivos, posto que como acontece toda vez, assim que um equipamento novo era lançado no mercado, alguns problemas técnicos apareciam e se tornava necessário algum tempo para saná-los.

Neste Ano:

O NCE contava com uma equipe composta de 41 analistas, 30 programadores, 30 operadores, 10 recepcionistas dos computadores, 41 funcionários administrativos e 10 estagiários, além da direção geral.

Equipe

Analistas

  1. Adalberto Afonso Barbosa (Eng., UFRJ);
  2. Adriano Joaquim de O. Cruz (Eng., UFRJ);
  3. Ageu Cavalcanti Pacheco Júnior (Eng., UFRJ);
  4. Alberto Miyashiro (Eng., UFRJ);
  5. Aldacir Dias Lopes (Adm. M. Júnior);
  6. Amauri Marques da Cunha (Eng., UFRJ);
  7. Ângela Monnerat Haberfeld;
  8. Ari Sotero Furuguem (Eng., UFRJ);
  9. Armando Drummond (Eng. ITA);
  10. Diogo Fujio Takano (M. Sc., UFRJ);
  11. Eber Assis Schmitz (M. Sc., UFRJ);
  12. Eduardo Peixoto Paz (M. Sc., UFRJ);
  13. Eliana Barros Mendes de Oliveira (Bac. Mat. UFRJ);
  14. Eliana Praça (Bac. Fís. UFRJ);
  15. Flávio Assemany (Adm. Moraes Junior);
  16. Flávio Costa David (Adm. UGF);
  17. Florinda Harue Shinotsuka (Bac, Mat., UFRJ);
  18. Hélio da Gama e Silva (Adm., EBAP);
  19. Ivan da Costa Marques (Ph. D.. Berkeley);
  20. Jorge Dabbad Calache (Eng., UFRJ);
  21. José Carlos Vida Cura (Bac. Mat., UFRJ);
  22. Júlio Salek Aude (Eng., UFRJ);
  23. Laerte Garcia Martins (Eng., UFRJ);
  24. Luciano Maurício Rocha Vollmer (Bac. Mat. UFRJ);
  25. Luiz Antonio C. da Cunha Couceiro ((Eng., UFRJ);
  26. Maria Irene Moreira Pereira Melo (Bac. Mat., UFRJ);
  27. Mário Ferreira Martins (M. Sc. UFRJ);
  28. Mauro Soares de Freitas (Eng., UFRJ);
  29. Miguel Aranha Borges (Eng., UFRJ);
  30. Miguel Jonathan (M. Sc., PUC);
  31. Milton de Albuquerque Bezerra (Bac. Fís., UFRJ);
  32. Newton Faller (M. Sc., UFRJ);
  33. Paulo Cesar de Moraes Melo (Eng., UFRJ);
  34. Paulo Fernando Molo Paiva (Eng., UFRJ);
  35. Paulo Henrique de A. Rodrigues (Eng. ITA);
  36. Paulo Mário Bianchi França (M. Sc., UFRJ);
  37. Paulo Roberto Pereira (Eng., UFRJ);
  38. Pedro Manoel da Silveira (Eng., UFRJ);
  39. Rogério Antônio Sampaio Parente Vianna (Eng., UFRJ);
  40. Serafim Brandão Pinto (Eng., UFRJ);
  41. Wálter Jesus da Silva (Adm. SUAM);

Programadores

  1. Adalberto Torres da Silva;
  2. Álvaro Pereira Leite Neto;
  3. Álvaro Teixeira da Silva;
  4. Antônio César do Nascimento;
  5. Antônio Eugênio Ramos Gadelha;
  6. Antônio José Ribeiro de Souza;
  7. Carlos Alberto Guedes Pereira;
  8. Carlos Eduardo Ribeiro de Avillez;
  9. Carlos Roberto Meirinho Paixão;
  10. Elias Pires de Souza Filho;
  11. Fernando das Neves Cerveira de Souza;
  12. Fernando Silveira Frias Júnior;
  13. Francisco de Paula Dutra Filho;
  14. Hélio dos Santos Lima Filho;
  15. Humberto dos Santos Melin;
  16. José Antônio dos Santos Borges;
  17. José de Mendonça Furtado Neto;
  18. José Márcio Luiz Rozenbaum;
  19. Luiz Antônio Gonçalves da Costa;
  20. Luiz Roberto Braz Tinoco;
  21. Manuel Lois Anido;
  22. Márcio dos Santos Cruz;
  23. Marco Antonio dos Santos Teixeira;
  24. Mário Panezzi Zimmermann;
  25. Mauro Barbosa Carrasco;
  26. Messias Alves Filgueiras;
  27. Moacyr Henrique Cruz de Azevedo;
  28. Nilzo de Souza Filho;
  29. Sérgio de Souza Lessa;
  30. Sérgio Narcizo.

Operadores

  1. Antônio Marko Kuczmenda Oliveiras;
  2. Édson da Silva;
  3. Everton Soares da Silveira;
  4. Fábio Fessel;
  5. Jorge Antônio Pereira;
  6. José Alexandre de Seixas;
  7. Léo de Souza Vilares;
  8. Luiz Alberto Paim Vieira;
  9. Luiza de Macedo Mourelle;
  10. Luiz Fernando Corrêa;
  11. Marcelo Miguel Frender;
  12. Marcos Barros Leite;
  13. Marcos Pirmez;
  14. Maria José Barata Lima;
  15. Maria de Lourdes Paes Reis;
  16. Mário Calvano Filho;
  17. Mário José Soares Esteves Filho;
  18. Máximo Ferreira da Silveira;
  19. Milton Ruy Berger Júnior;
  20. Neuza Mansour;
  21. Octávio Capella Filho;
  22. Paulo de Avellar Goes e Vasconcelos;
  23. Paulo Roberto Silva de Carvalho;
  24. Ricardo Abram Goldbach;
  25. Rômulo Pedro Nogueira;
  26. Rubens Rafael Câmara de Melo;
  27. Sérgio Alberto Figueiredo da Rocha;
  28. Sérgio Augusto Bocayuva Senna;
  29. Sérgio Duarte da Silva;
  30. Vilmar Valle.

Recepcionistas

  1. Angela Guimarães de Abreu;
  2. Ângela Teixeira Pinhão;
  3. Célia Fátima de Melo Ventura;
  4. Isabel Cristina Imenes Nascimento;
  5. Iza dos Santos Jaffar;
  6. Maria da Penha Leite dos Santos
  7. Mary Couto Gomes;
  8. Olga Marília de Freitas Bastos;
  9. Rosilana Veronesi Marinho;
  10. Teresa Cristina Lopes Machado.

Funcionários administrativos

  1. Antônio Araújo;
  2. Antônio Rosemberg Santos Coelho;
  3. Augusto Antônio Barbosa;
  4. Carlos Alberto Floripes;
  5. Célia Cristina Ribeiro;
  6. Claudomiro Lopes Soares;
  7. Diana Pacheco Marinho;
  8. Dila Maria Bahiense Maciel (Letras UERJ);
  9. Dilza Parente Gomes;
  10. Edson Cravo do Nascimento;
  11. Edson Jorge da Rocha;
  12. Gabriel Pereira Fernandes;
  13. Gentil da Cunha Filho;
  14. Gilda Kieffer de Menezes;
  15. Helena Soares das Neves;
  16. Jacira dos Santos Pereira;
  17. Jocelina de Araújo Silva;
  18. José Alfredo Alexandre Teixeira;
  19. José Cosme de Carvalho Lopes;
  20. José Luiz de Oliveira;
  21. José Luzia da Silva;
  22. Lúcia Regina Dieguez;
  23. Lygia Miguez de Mello Silva;
  24. Manoel Pascoal de Oliveira;
  25. Maria das Graças Vieira Jordão;
  26. Maria José Almeida;
  27. Maria Paula Freire Cunha (Bibliot. Sta. Úrsula);
  28. Marilda Gabriel;
  29. Mário Franco Cavalcante;
  30. Mauro Mendes da Silva;
  31. Milton Rodrigues Pinto;
  32. Nelcílio da Conceição;
  33. Noélcio Braga;
  34. Oswaldo Trapani (Adm. M. Júnior);
  35. Paulo Machado;
  36. Raymunda Santana (Bac. C. Jur. Sociais UFRJ);
  37. Romeu Lima da Silva;
  38. Rosa Maria Ferreira de Carvalho;
  39. Valdea Silva de Faria;
  40. Vera Lúcia da Costa;
  41. Wilson Torbis.

Estagiários

  1. Alexandre Lutenburg de Garcia;
  2. Alexandre Velloso;
  3. Antônio Aníbal de Souza Telles;
  4. Arnaldo Rotenberg;
  5. Carlos Alberto Alves Pereira;
  6. Carlos Alberto da Silva;
  7. Carlos Alberto Pereira Leite;
  8. Carlos Eduardo Vogas Valença
  9. Ernst Willy Küffer;
  10. Eugênio de Souza Dantas.

Apoio/Produção

O NCE mais uma vez, apoiou a utilização dos computadores para fins acadêmicos. Cerca de 3.000 usuários ativos utilizaram os sistemas, processaram trabalhos de ordem acadêmica e administrativa da UFRJ. Com isso, tornou-se muito mais intensa a utilização dos computadores instalados nesse Núcleo, de tal sorte que os sistemas IBM-1130 e B-6700 funcionaram o ano todo em regime de 24 horas diárias e o sistema IBM/360 manteve um regime de uso muito intenso.

Nesse ano, foram processados dois sistemas de interesse dos usuários acadêmicos, a saber:

  1. sistema de inscrição e correção de provas de cursos ministrados pela Divisão de Assistência ao Usuário, provas de disciplinas do Centro de Ciências da Saúde da UFRJ e provas da Escola de Comando e Estado Maior da Aeronáutica (ECEMAR)
  2. sistema de controle de acervo de bibliotecas. Este sistema atendeu à Biblioteca Didática da DAU com cerca de 3.500 volumes e ao Projeto Xisto-química do Instituto de Química da UFRJ, com cerca de 80.000 periódicos

Além dos processamentos comumente realizados, foram também processados os vestibulares dos Programas de Administração (COPPEAD) e Produção da COPPE

O NCE foi, mais uma vez, responsável pelo processamento da correção dos exames vestibulares da Fundação CESGRANRIO. O resultado do concurso realizado por 102.000.000 candidatos foi divulgado 48 horas após a realização da última prova.

Projetos Administrativos

Durante o ano de 1976, o NCE iniciou um projeto de vulto na área de administração de pessoal. O PCP – Projeto de Cadastro de Pessoal, já estava inteiramente definido e deveria entrar em operação no segundo semestre de 1977. Pretendia-se, com esse sistema, fornecer informações atualizadas e confiáveis sobre pessoal à Sub-reitoria de Pessoal

Nesse mesmo ano, o NCE prosseguiu na conversão e aprimoramento dos sistemas que eram processados no IBM/360 e passaram a ser processados no B-6700. Especificamente, os sistemas SIRA – Sistema de Registro Acadêmico, que controlava a vida acadêmica de mais de 30.000 alunos, e o sistema PAPE, de pagamento de pessoal

Um terceiro sistema de controle de bibliotecas, utilizado pela biblioteca do Centro de Tecnologia da UFRJ, seria substituído por um outro, passível de utilização por qualquer biblioteca e adotando as normas estabelecidas pelo Instituto Brasileiro de Informação Científica e Tecnológica. Esse sistema foi iniciado em 1976 com previsão de término de uma primeira parte constando dos subsistemas de aquisição de livros, catalogação de livros e cadastros de leitores para julho de 1977

Com a criação, nesse ano, da DHU – Divisão de Processamento do Hospital Universitário, o NCE deu início ao planejamento e aos preparativos para a operação do processamento de dados no Hospital Universitário, que seria implantado. Ao longo desse ano, a DHU foi responsável pelas seguintes atividades:

Planejamento do Funcionamento da Divisão

Para tal, foi concluído junto com o Consórcio Consultor (ADL-WOPAP), responsável pelo planejamento do HU, um manual do CPD do Hospital que detalha o organograma do mesmo, as atribuições dos diversos setores, a lotação de pessoal, etc.

Planejamento de Execução das Instalações

Para a instalação física, o CPD do Hospital contava com uma área de 300 metros quadrados no andar da administração, onde ficaria o pessoal técnico e um sistema de preparação de dados. Para esse sistema, a UFRJ contratou o sistema STV 1600 fabricado pelo SERPRO.

Preparação dos Sistemas Computadorizados

Os sistemas desenvolvidos pelos consultores estavam ainda em testes. Em 1977, pretendia-se concluir os testes de validação dos sistemas CENSO e ESTOQUE.

Estava sendo desenvolvido um novo sistema para a contabilidade geral e programas adicionais para o sistema de custos.

Contratação de Pessoal

Com o objetivo de montar uma equipe de processamento para o Hospital, o NCE contratou uma analista, com experiência prévia na área hospitalar e admitiu dois estagiários de organização e métodos.

Projetos de Pesquisa

Dando continuidade à linha de pesquisa adotada pelo NCE, cuja filosofia básica era a de integrar, através de projetos, grupos de software e hardware e desenvolver projetos que fossem realmente capazes de serem absorvidos pela indústria local, tornando deste modo efetiva a absorção de tecnologia gerada na Universidade, deu-se continuidade ao desenvolvimento de duas grandes linhas de projeto, a saber:

  • Terminal inteligente
  • Sistema PRETEXTO

TERMINAL INTELIGENTE: o Projeto Terminal Inteligente constava do desenvolvimento do software e hardware de um terminal programável. O ano de 1976 foi de consolidação deste projeto, iniciado em 1974.

Para melhor entendimento, este projeto foi subdividido em outros subprojetos:

Projeto TIPAX

Este projeto possibilitava desenvolver uma aplicação na qual o TI controlava uma estação telefônica, tipo PAX, podendo ser ligado até 96 telefones com 8 troncos de comunicação. Várias facilidades não convencionais, a destacar: transferência de número temporário; transferência automática em “não atende” ou “ocupado”; discagem abreviada; conferência e outros. Outra facilidade desta central era a sua capacidade de emitir relatórios sobre o desempenho e utilização de suas facilidades;

Testador Digital

No teste de uma placa contendo parte de um sistema digital, a grande dificuldade encontrada era na simulação dos sinais que se integravam com outras placas. Normalmente, esta simulação era feita através de chaves, lâmpadas, geradores e outros instrumentos. Quando o nº de sinais a ser testado era elevado, 50 sinais por exemplo, esta simulação se tornava bastante difícil. Para resolver este problema, foi construído uma interface para o TI, onde foi conectada à placa em teste no próprio terminal. O meio de comunicação entre o operador e a máquina era um terminal de vídeo ou similar (TTY). Aplicando sinais e obtendo respostas no terminal, ou gerando programas em LOOP, para ser observado, em um osciloscópio o comportamento da placa, o testador facilitava a depuração e principalmente um procedimento de teste que uma vez determinado, servia para a manutenção desta placa, quando esta ficava defeituosa.

Unidade de Disco Flexível

Com a evolução dos meios de armazenamento magnético de baixa densidade, o disco flexível tendia a substituir o tradicional cassete. As maiores vantagens em relação ao cassete eram: maior capacidade de armazenamento; acesso aleatório; velocidade e custo. Para a utilização deste meio de armazenamento versátil, foi desenvolvido um controlador de até duas unidades de disco flexível para o TI. A função do Controlador era determinar o modo de gravação, leitura, além do controle de posicionamento, detecção de falhas e outros controles. Utilizando um controle microprogramado, o modo de formatação do disco era determinado por comandos de “software”, possibilitando desta maneira a compatibilidade com sistemas comercializados. O projeto do controlador foi concluído, e atestada sua lógica com a realização de um protótipo onde foram realizados exaustivos testes comprovando seu perfeito funcionamento.

Sistema Operacional de Simulação – SOS

Este era um sistema operacional cruzado, que rodava no computador Burroughs 6700. Em funcionamento, desde o início de 1975. Em 1976, o trabalho realizado sobre este sistema, foi basicamente o de manutenção e término da documentação. Duas universidades demonstraram interesse em usá-lo: a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e a Universidade de São Paulo.

Sistema Operacional para Disquete/Disco – Soquete/Soco

Este sistema operacional possibilitou dar independência ao Terminal Inteligente para o desenvolvimento de aplicações, numa máquina de grande porte (B-6700), através do SOS. Composto dos seguintes módulos:

  • compilador PLT;
  • editor de referência externa;
  • carregador de programas;
  • rotinas de entrada e saída;
  • conjunto de utilitários;
  • compilador de linguagem comercial;
  • editor de textos;
  • macro Assembler;

O Sistema foi desenvolvido em uma linguagem de alto nível, especialmente desenvolvida para o mesmo, o PLTI, e para construí-lo, algumas modificações de “hardware” foram feitas no TI. Foi necessária a construção de uma pilha para a transferência de parâmetros entre as diversas partes do Sistema. Esta pilha foi implementada em “hardware”.

Em sua primeira fase (os cinco primeiros módulos), o projeto estava previsto para funcionar até meados de 1977. Nesta época, seriam desenvolvidas algumas aplicações para o TI usando o SOQUETE/SOCO. Os outros módulos estavam sendo desenvolvidos por alunos de pós-graduação como projetos de tese.

Sistema de Entrada de Dados

Esta era uma aplicação para o TI, a fim de torná-lo uma estação independente de entrada de dados. Em sua configuração básica, este sistema seria composto de:

  • Unidade de Vídeo
  • Teclado
  • Unidade Central com 16 k de memória
  • Unidade de disquete dual

O usuário poderia, através de uma linguagem própria, descrever que consistências seriam feitas nos dados digitados, bem como quais os campos que deveriam ser totalizados para controle de lote. Vários programas de consistência podiam ser definidos ficando armazenados em uma biblioteca no disquete. Na fase de digitação, um destes programas era escolhido e controlava a consistência. Os dados digitados eram armazenados no próprio disquete.

Um conjunto de dados podia, posteriormente, passar por um processo de verificação total ou parcial de seus campos. Depois de digitado, consistido e conferido, um conjunto de dados podia ser descarregado em uma fita magnética ou lido diretamente de disquete por equipamento IBM para esta finalidade.

A parte de consistência estava prevista para terminar em meados de 1977, e o sistema completo em fins do mesmo ano.

A Entrada Remota de Jobs (Remote Job Entry – RJE)

Este sistema utilizava um terminal inteligente para submissão remota de programas no computador B-6700. Sua configuração básica era:

  • Unidade central com 8k bytes de memória
  • 2 unidades de cassete
  • leitora de cartões
  • impressora
  • Unidade de Vídeo e teclado

Este sistema podia funcionar de dois modos: ON LINE, quando ligado ao computador B-6700 e OFF LINE, como estação independente na preparação do trabalho a ser submetido.

No modo ON LINE, o sistema transmitia um trabalho para o computador e recebia uma saída previamente processada, simultaneamente. Além disto, podia-se ativar e desativar os periféricos de entrada e saída, bem como mandar mensagens ao sistema operacional do B-6700 através do terminal de vídeo. A entrada podia ser feita por uma das unidades cassetes ou diretamente na leitora.

No modo OFF LINE, era possível utilizar o Terminal Inteligente para emitir listagens previamente obtidas em fitas cassete, podia-se preparar uma fita cassete com um ou vários programas em cartões, ou podia-se gerar uma fita cassete, através de um editor de textos.

PRETEXTO – Sistema Preparador de Textos

Este projeto visava ao desenvolvimento do software e algum hardware correlato, para transformar um minicomputador PDP 11/10 em um sistema de entrada de programas, orientado para uso acadêmico.

A ideia básica era trocar perfuradoras de cartões por terminais de vídeo, desenvolvidos no NCE, e os próprios cartões por fitas cassete. O sistema comportaria até 32 terminais de vídeo e permitiria que o usuário entrasse com seu programa, realizando uma análise sintática local, linha a linha.

Os programas que iam sendo coletados em disco, posteriormente poderiam ser descarregados para fita cassete, para uso; transmitidos para um computador de maior porte, no caso o B-6700, e reservados por um tempo limitado, para uso no futuro próximo.

Todo o software foi desenvolvido no NCE. Além disso, foram também desenvolvidos um terminal de vídeo e uma unidade de fita cassete.

Projeto Industrial do Terminal de Vídeo

O Terminal de Vídeo era um terminal de características à TTY, com a vantagem de não possuir partes mecânicas móveis. O projeto deste terminal sofreu duas modificações básicas em relação ao protótipo existente. A primeira foi o uso de uma TV de fabricação nacional adaptada como vídeo do terminal. A segunda foi a reformulação de seus circuitos substituindo componentes não mais encontrados no comércio. Estas modificações tornaram o projeto reprodutível.

Passada a fase experimental de protótipo deu-se início à sua confecção industrial. O primeiro passo: passagem para placas de circuito impresso e paralelamente confecção das partes mecânicas, tais como: caixa; suporte de placas; suporte de teclado; etc. Com estas partes prontas estavam aptos a dotar o sistema PRETEXTO com o número de terminais necessários ao seu bom desempenho.

Ensino

Desde a sua criação, o NCE mantinha estreita colaboração com vários departamentos de outras unidades da UFRJ. Esta colaboração era realizada através de cursos, prestados por membros do NCE e através de orientação de teses. Desta forma, o NCE auxiliou o ensino de computação nos níveis de graduação e pós-graduação.

Cursos para a área de graduação:

Na área de graduação, o NCE colaborou com o Departamento de Ciência da Computação, do Instituto de Matemática e com o Departamento de Engenharia Eletrônica da Escola de Engenharia da UFRJ, oferecendo os seguintes cursos:

PERÍODO DISCIPLINA PROFESSOR(ES) DEPTº/UNIDADE

Transmissão de Dados

Diogo Fujio Takano

Eng. Eletrônica / Esc. Engenharia

Organização de Computadores

Júlio Salek Aude

Eng. Eletrônica / Esc. Engenharia

Sistema de Computadores

Mário F. Martins e Paulo H. Aguiar

Computação / Inst. Matemática

Organização e Métodos

Ricardo Schneider

Computação / Inst. Matemática

Organização de Computadores

Júlio Salek Aude

Eng. Eletrônica / Esc. Engenharia

Simulação de Sistemas Discretos

Ricardo Schneider

Computação / Inst.

Computadores e Sociedade

Miguel Jonathan

Computação / Inst. Matemática

Computação II

Milton A. Bezerra

Computação / Inst. Matemática

Sistemas Operacionais

José Fábio M. Araújo

Computação / Inst. Matemática

Nesta área, o NCE colaborou com o Programa de Engenharia de Sistemas e Engenharia Elétrica da COPPE, tendo organizado e ministrado os seguintes cursos para os alunos que se especializaram em computação:

PERÍODO DISCIPLINA PROFESSOR(ES) DEPTº/UNIDADE

Organização de Computadores I

Eber A. Schmitz e Newton Faller

Programa Eng. Sistemas/COPPE

Teoria Comutacional de Grafos

Jayme L. Szwarcfiter

Programa Eng. Sistemas/COPPE

Linguagem de Programação

Ysmar Vianna e Silva Filho

Programa Eng. Sistemas/COPPE

Circuitos Lógicos

Eduardo P. Paz

Programa de Eng. Elétrica/COPPE

Organização de Computadores II

Eber A. Schmitz

Programa Eng. Sistemas/COPPE

Sistemas Operacionais

Guilherme C. Rodrigues

Programa Eng. Sistemas/COPPE

Autômata e Computabilidade II

Ivan da Costa Marques

Programa Eng. Sistemas/COPPE

Tópicos Especiais em Engenharia de Sistemas

Guilherme C. Rodrigues

Programa Eng. Sistemas/COPPE

Cursos Intensivos

Além dos cursos mencionados, o NCE organizou cursos intensivos:

CURSOS

Nº DE CURSOS

Nº DE ALUNOS

Fortran Básico

12

923

Algol

4

198

Programação Avançada

4

136

Palestras sobre o B-6700

5

400

Cobol

1

70

Foram também ministrados os seguintes cursos especiais:

  • Fortran Básico para os alunos do Colégio de Aplicação com aulas práticas e teóricas;
  • Programação avançada, destinado especialmente aos alunos do curso de Informática;
  • Curso intensivo para os funcionários da empresa IBRASA – S/A., incluindo os tópicos:
  •  Introdução ao B-6700
  •  Fortran do B-6700
  •  Work Flow Language
  •  CANDE
  • Fortran experimental para os alunos do Curso de Geociências, introduzindo não só técnicas novas quanto à maneira didática apresentada, bem como modificações no programa dos cursos de Fortran anteriores.

A Divisão de Operação, durante o ano de 1976, treinou 53 candidatos a operadores através de estágio prático, cursos e palestras que abordaram os seguintes tópicos:

  • Operação de computador IBM/360, funcionando com o Sistema Operacional OS/HASP
  • Operação do computador Burroughs B-6700 com o Sistema Operacional MCP release 11.7
  • Familiarização com os programas utilitários de ambos os sistemas, tais como Library Maintenance, System Loganalyzer, etc.

Produção Acadêmica

O NCE teve participação ativa em congressos e seminários, através da apresentação de trabalhos e exposição de equipamentos projetados e construídos no NCE. São eles:

III Seminário sobre Desenvolvimento Integrado de Software e Hardware UFRGS, Porto Alegre, Julho, 1976.

Os trabalhos apresentados nesse congresso foram:

  • FALLER, Newton; SCHIMITZ, Eber Assis e TAKANO, Diogo Fujio – Terminal Inteligente – Implementação e Desempenho
  • BEZERRA, Milton Albuquerque – Implementação e Otimização de um Cross-Software
  • RODRIGUES, Guilherme Chagas – Sistema Operacional para Terminal Inteligente

IX Congresso Nacional de Processamento de Dados SUCESU – Rio, Outubro, 1976

O NCE participou deste Congresso através da Exposição de dois protótipos do Terminal Inteligente e da apresentação das seguintes palestras:

  • BARBOSA, Adalberto Afonso e MELLIN, Humberto dos Santos – Projeto de um Microcomputador
  • CURA, José Carlos Vida – Sistema de Entrada e Saída no Terminal Inteligente
  • RODRIGUES, Guilherme Chagas – Sistema Operacional para Terminal Inteligente
  • COUCEIRO, Luiz Antonio Carneiro da Cunha – Um Sistema de Entrada Remota de JOBS com Uso de um Terinal Inteligente
  • MELO, Paulo César de Moraes – Uma Linguagem de Alto Nível para Microcomputadores “PLTI”
  • PINTO, Serafim Brandão; DRUMOND, Armando; BEZERRA, Miltom Albuquerque e GUEDES, Carlos Alberto – “TIPAX – Um PAX Controlado por Microprocessador”
  • KUFFER, Ernst William e MARTINS, Mário Ferreira – Programador de Memórias de Leitura Exclusivamente
  • PINTO, Serafim Brandão e GUEDES, Carlos Alberto – Testador de Circuitos Digitais

Teses de mestrado

  • Sistemas Digitais – Unidade Central de Processamento de Um Terminal Inteligente – EDUARDO PEIXOTO PAZ – 1976
  • Desenvolvimento de um Sistema de Entrada Remota de Programas com Uso de um Terminal Inteligente – LUIZ ANTÔNIO CARNEIRO DA CUNHA COUCEIRO

Parque Computacional

  • BURROUGHS – 6700
  • BURROUGHS – B -700 – RJE
  • IBM/360 – 40
  • PDP 11/10
  • PDP 11/70
  • PLOTTER OFFLINE

Criado um grupo de teleprocessamento com a finalidade de instalar e supervisionar o funcionamento de terminais ligados ao B-6700:

  • instalados 3 terminais IBM 2741, no bloco B do Centro de Tecnologia, permitindo o acesso remoto ao B-6700 por parte dos alunos do programa de Administração da COPPE
  • Instalado um terminal IBM 2741 na IBRASA – Investimentos Brasileiros S/A (empresa subsidiária do BNDE) no Centro da Cidade, e conectado um aparelho de TV ao B-6700. Este aparelho tinha por finalidade informar aos usuários a situação das filas de entrada e saída, e os programas em execução nesse sistema. A equipe técnica do NCE realizou todo o trabalho de hardware e software
  • Adquirido um computador PDP 11/70, a ser instalado em 1977

Em abril, chegaram os seguintes periféricos no NCE, destinados ao acoplamento no Terminal Inteligente:

  •  Unidade de fita magnética (DIGITAL)
  • – Unidade de disco magnético (DIGITAL)
  • Terminal teleimpressor LA-36 (DIGITAL)
  • Unidade diskette (CALCOMP)
  • Leitora de cartões (HEWLETT PACKARD)

Estes periféricos formaram o conjunto de ligações a serem acrescentadas ao protótipo do Terminal Inteligente desenvolvido no NCE

Conclusão

Como se pode observar, o NCE vinha paulatinamente aperfeiçoando os serviços que prestava à comunidade acadêmica. A instalação de terminais remotos foi o marco inicial desse aperfeiçoamento.

Outros melhoramentos começaram a ser implementados e viriam consolidar a política estabelecida. Entre eles pode-se citar: Instalação do Sistema PDP11/70 para apoio às atividades de pesquisa e desenvolvimento; a ampliação do sistema PRETEXTO, a implantação de um sistema de controle do acervo de bibliotecas, ampliação do processamento de provas de admissão aos cursos de pós-graduação da COPPE, os cursos intensivos e seminários de computação abordaram os melhoramentos aplicados à atividade acadêmica.

No que diz respeito ao apoio à administração da UFRJ ressalte-se os trabalhos de análise e programação do Sistema PCP – Sistema de Cadastro de Pessoal – que forneceria dados atualizados de oito mil funcionários.

Na área de pesquisa e desenvolvimento foram consolidados e iniciados vários projetos de hardware e software visando a UFRJ, havendo sempre o pensamento de se repassar os projetos à indústria nacional.

O NCE, gradativamente, vinha ampliando e otimizando os seus serviços, de forma a atender, com alto grau de eficiência, as metas a que se propunha.

Nasce a EMBRACOMP (Empresa Brasileira de Computadores e Sistemas, mais tarde EBC) – 72 acionistas (COPPE + NCE), sendo um exemplo de idealismo tornado prática.

A EBC foi fruto do entusiasmo de um grupo jovem e empreendedor do NCE. Conforme relata o major Tércio Pacitti em seu livro “Construindo o Futuro Através da Educação – DO FORTRAN À INTERNET”, que certo dia decidiu por enviar em um avião Bandeirante, um pequeno grupo de sete jovens do NCE (Amaury M. da Cunha, Jayme Szwarcfiter, José Fábio M. de Araújo, Paulo Henrique A. Rodrigues, Paulo Emídio Barbosa, Diogo Fujio Takano, Eduardo Peixoto Paz) para visitar a EMBRAER, em São José dos Campos. Nessa época, a EMBRAER se destacava muito, projetando, fabricando, montando o que podia com componentes nacionais e estrangeiros e exportava. O grupo do NCE ficou muito impressionado, de tal forma que após uma semana da visita, pensavam em criar uma empresa que pudesse industrializar os protótipos desenvolvidos pelo NCE. Queriam uma empresa privada, independente do governo, pois acreditavam em seus produtos. E já haviam imaginado em como realizar esse sonho: através do capital inicial de cerca de 70 “acionistas”, todos analistas, programadores e funcionários do NCE, com idade média de 23 anos. Esse capital inicial, hoje algo em torno de R$ 28.000,00, seria integralizado em um ano. Cada “acionista” integraria R$ 400,00 em um ano, em prestações mensais de R$ 33,00 (….). “Foi assim que nasceu a romântica empresa EMBRACOMP …”

O trabalho desenvolvido pelo NCE e em outros centros de pesquisa do país fortaleceu a indústria nacional como um todo, abrindo, inclusive, novas perspectivas em outras áreas.

PRETEXTO (Preparador de Textos e Programas – Sistema de edição de textos e entrada remota de dados) – permitia armazenamento de programas através de fitas cassetes ao invés de cartões, incluiu a interligação de um PDP-11/10 a um B6700 através do enlace de acopladores óticos, além do desenvolvimento de uma interface de fita cassete para o PDP-11/70. Projeto orientado por Paulo Bianchi e desenvolvido por Paulo Molo Paiva, previa que, com a obsolescência das perfuradoras de cartão, o uso dos terminais de vídeo iria aliviar a entrada de dados de um computador central e incrementar o uso hoje generalizado dos editores de texto. Implantado em 1977.

Correção de provas de seleção de diversos concursos

TIPAX, um dos equipamentos oriundos do projeto do Terminal Inteligente, uma central telefônica privada, controlada pelo Terminal Inteligente, com capacidade para 96 linhas e permitindo até oito ligações simultâneas. A central era modular e um módulo para 16 assinantes foi implementado e colocado em operação neste ano.

Neste momento, era bastante claro que o mercado de equipamentos baseados em microcomputadores seria dominado pela competência nacional. Entretanto, a ausência de projetos de envergadura na área de minicomputadores deixava este campo aberto para as investidas das companhias multinacionais. Era necessário enfrentar este desafio, e mais uma vez ali esteve presente o NCE.

O NCE, de 1977 a 1982, com recursos próprios e posteriormente com recursos provenientes da FINEP, CNPq e OEA, projetou e implementou um computador de médio porte compatível com o PDP-11/70 da Digital. Este projeto, todo desenvolvido com tecnologia TTL Schottky foi o maior projeto de arquitetura jamais executado por um único grupo de pesquisa no país. A CPU, como ficou conhecida internamente no NCE, foi apresentada na feira da SUCESU/81, rodando o sistema operacional da Digital. Embora tivesse havido interesse da Edisa na sua industrialização, esta não foi consumada. Entretanto, a experiência adquirida no desenvolvimento de um projeto de tal envergadura veio amenizar os caminhos que norteavam os projetos do NCE.

Neste ano:

A Direção do NCE era formada por:

Coordenador: José Fábio Marinho de Araújo (M. Sc. Berkeley)
Área Administrativa e Financeira: Arato Ubara (Eng. UFRJ)
Área de Apoio Acadêmico: Milton de Albuquerque Bezerra (M. Sc. UFRJ)
Área de Sistemas de Informação: Laerte Garcia Martins (Eng. UFRJ)
Área de Desenvolvimento: Ysmar Vianna e Silva Filho (Ph. D. Berkeley)

Equipe

O NCE contava com uma equipe composta de 49 analistas, 30 programadores, 11 operadores, 8 recepcionistas dos computadores, 64 funcionários administrativos e 16 estagiários, além da direção geral.

Analistas

  1. Adriano Joaquim de O. Cruz (Eng., UFRJ);
  2. Ageu Cavalcanti Pacheco Júnior (Eng., UFRJ);
  3. Alberto Miyashiro (Eng., UFRJ);
  4. Álvaro Teixeira da Silva (Eng. UFRJ);
  5. Amauri Marques da Cunha (Eng., UFRJ);
  6. Ângela Monnerat Haberfeld (Bac. Infomática UFRJ);
  7. Armando Drummond (M. Sc. UFRJ);
  8. Carlos Alberto Guedes Pereira (Eng. UFRJ);
  9. Diogo Fujio Takano (M. Sc., UFRJ);
  10. Eber Assis Schmitz (M. Sc., UFRJ);
  11. Eduardo Peixoto Paz (M. Sc., UFRJ);
  12. Eliana Barros Mendes de Oliveira (Bac. Mat. UFRJ);
  13. Eliana Praça (Bac. Fís. UFRJ);
  14. Ernst Willy Kuffer (Eng. UFRJ);
  15. Fernando da Silva Pereira Manso (M. Sc. UFRJ);
  16. Fernando Yassuo Chiyoshi (Ph. D. Biamincham);
  17. Flávio Assemany (Adm. Moraes Júnior);
  18. Flávio Costa David ( Adm. UGF);
  19. Florinda Harue Shinotsuka (Bac, Mat., UFRJ);
  20. Guilherme Chagas Rodrigues (M. Sc. UFRJ);
  21. Hélio dos Santos Lima Filho (Bac. Mat. UFRJ);
  22. Humberto dos Santos Melim (Eng. IME);
  23. Ivan da Costa Marques (Ph. D.. Berkeley);
  24. Jayme Luiz Szwarcfiter (Ph. D. Newcastle);
  25. José Carlos Vida Cura (Bac. Mat., UFRJ);
  26. Júlio Salek Aude (Eng., UFRJ);
  27. Laerte Garcia Martins (Eng., UFRJ);
  28. Lília de Assunção Hess;
  29. Luiz Antonio C. da Cunha Couceiro ((Eng., UFRJ);
  30. Luiz Roberto Braz Tinoco;
  31. Manoel Lois Anido (Eng. UFRJ);
  32. Manoel Pedro da Frota Moreira (Eng. UFRJ);
  33. Maria Irene Moreira Pereira Melo (Bac. Mat., UFRJ);
  34. Mário Ferreira Martins (M. Sc. UFRJ);
  35. Mário Panezi Zimmermann (Bac. Inf. UFRJ);
  36. Mauro Barbosa Carrasco (Bac. Informática UFRJ);
  37. Mauro Soares de Freitas (Eng., UFRJ);
  38. Miguel Jonathan (M. Sc., PUC);
  39. Newton Faller (M. Sc., UFRJ);
  40. Oswaldo Trapani (Bac. Adm. E Ciências Contábeis M. Júnior);
  41. Paulo Cesar de Moraes Melo (Eng., UFRJ);
  42. Paulo Fernando Molo Paiva (Eng., UFRJ);
  43. Paulo Henrique de A. Rodrigues (M. Sc. UFRJ);
  44. Paulo Mário Bianchi França (M. Sc., UFRJ);
  45. Paulo Roberto Pereira (Eng., UFRJ);
  46. Pedro Manoel da Silveira (Eng., UFRJ);
  47. Raimunda Santana (Bac. Ciências Jurídicas e Sociais UFRJ);
  48. Serafim Brandão Pinto (Eng., UFRJ);
  49. Wálter Jesus da Silva (Adm. SUAM);

Programadores

  1. Adalberto Torres da Silva;
  2. Alexandre Lugtenburg de Garcia;
  3. Antônio Aníbal de Souza Teles;
  4. Antônio César do Nascimento;
  5. Antônio José Ribeiro de Souza;
  6. Carlos Alberto Alves Pereira;
  7. Carlos Alberto Perez Muños;
  8. Carlos Roberto Meirinho Paixão;
  9. Cláudio Esperança;
  10. Edson Sá Raick;
  11. Francisco Carlos Pereira Rodrigues;
  12. Geraldo Martynez Barreto Vianna;
  13. Gonzalo Rolando A. Callao;
  14. José Alexandre de Seixas;
  15. José Antônio dos Santos Borges;
  16. Jorge Antônio Gonçalves da Costa;
  17. Marcelo Miguel Frender;
  18. Marco Antônio dos Santos Borges;
  19. Marco Antonio dos Santos Teixeira;
  20. Marcos Pirmez;
  21. Messias Alves Filgueiras;
  22. Moacyr Henrique Cruz de Azevedo;
  23. Nilzo de Souza Filho;
  24. Octavio Capella Filho;
  25. Ricardo Abram Goldbach;
  26. Roberto Rodrigues;
  27. Sérgio Alberto Figueiredo da Rocha;
  28. Sérgio Augusto Bocayuva Senna;
  29. Sérgio Duarte Silva;
  30. Sérgio Narcizo.

Operadores:

  1. Adenir Alves Ferreira;
  2. Angela Guimarães de Abreu;
  3. Antônio Marko Kuazmenda Oliveiras;
  4. Benício Gonçalves Neto;
  5. Carlos Alberto da Silva;
  6. Cidel Thomé de Abrantes;
  7. Fernando Alfredo da Silveira;
  8. José Dilson Fernandes;
  9. Luiza (OU Luiz) de Macedo Mourelle;
  10. Mauro Nogueira Seraphim;
  11. Tania Regina Valéria Gomes Barbosa;

Recepcionistas

  1. Darcy Ferreira de Souza;
  2. Luciana Bacellar Peixoto;
  3. Márcia Teixeira da Costa;
  4. Maria de Lourdes F. C. da Rocha;
  5. Maricéa de Araújo Leite;
  6. Mary Couto Gomes;
  7. Rosângela Carneiro Leão;
  8. Vera Regina Vieira.

Funcionários administrativos

  1. Antônio Araújo;
  2. Carlos Venício Bello da Silva;
  3. Carmem Lúcia Bezerra Garcia;
  4. Célia Cristina Ribeiro;
  5. Célia Regina Cavalcante;
  6. Dayse Gomes de Oliveira;
  7. Edson da Silva;
  8. Edson Cravo do Nascimento;
  9. Elizeu Gonçalves;
  10. Emmanuel Alexander Baltz;
  11. Enio Pereira Rangel;
  12. Francisco Lovisi;
  13. Gentil da Cunha Filho;
  14. Gilberto de Souza Machado;
  15. Hipólito Silveiras Simas;
  16. Humberto Caeiro Venturini;
  17. Iara Bonifácio Ferreira dos Santos;
  18. Iolanda Lopes Galvão;
  19. Iracy Cerqueira Lima;
  20. Issa Soleman Neto;
  21. Jacira dos Santos Pereira;
  22. Jamil Batista;
  23. Joana D’Arc da Silva;
  24. José Alfredo Alexandre Teixeira;
  25. José Carlos de Oliveira;
  26. José Cosme de Carvalho Lopes;
  27. José Luiz de Oliveira;
  28. José Luzia da Silva;
  29. José Pessoa de Oliveira;
  30. Kátia de Alcântara Ribeiro;
  31. Lindaci Rodrigues da Silva;
  32. Lúcia Regina Dieguez;
  33. Lucília Regina Gomes;
  34. Luiz Carlos Garcia de Carvalho;
  35. Luiz Fernando Correa;
  36. Lygia Miguez de Mello e Silva;
  37. Maria das Graças Vieira Jordão;
  38. Maria José Almeida;
  39. Maria José Barata Lima;
  40. Maria Lourdes Paes Reis;
  41. Maria Paula Freire Cunha (Bibliot. Sta. Úrsula);
  42. Marilda Gabriel;
  43. Marta Silvania Vinhas Caldas;
  44. Milton Rodrigues Pinto;
  45. Milton Siqueira Lima;
  46. Nelcílio da Conceição;
  47. Nilton Godinho Teles;
  48. Olga Marília de Freitas Bastos;
  49. Oswaldo Trapani (Adm. M. Júnior);
  50. Paulo Machado;
  51. Pedro Ramos de Oliveira;
  52. Regina Helena Faustino;
  53. Regina Rimas da Silva;
  54. Reginaldo Rodrigues da Silva;
  55. Romeu Lima da Silva;
  56. Ronaldo Gomes Neves;
  57. Rosa Maria Ferreira de Carvalho;
  58. Rosilana Veronesi Marinho;
  59. Rubem Tavares do Nascimento Filho;
  60. Silval Hygino Brandão Filho;
  61. Valmir Pereira Barbosa;
  62. Vera Lúcia da Costa;
  63. Wagner Paulo Santos;
  64. Wilson Torbis.

Estagiários

  1. Antônio Juarez S. Menezes de Alencar;
  2. Daisy Augusto Queiroz,
  3. Jorge Eduardo Lessa Freire;
  4. Luiz Scultori da Silva Júnior;
  5. Marcia de Castro Pacitti;
  6. Marcos Milstein Mefano;
  7. Maria Tereza Cunha Ramos;
  8. Miguel de Teive e Argollo Júnior;
  9. Pedro Paulo Novelino Rosário;
  10. Regina Luiza de Freotas Vieira;
  11. René Javier Uzeda Leon;
  12. Ricardo Luiz Rossi;
  13. Sandra Maria Ayres de Miranda;
  14. Sergio Roberto Barbosa Mesquita;
  15. Sergio Vieira Barbosa;
  16. Soraya Simão Zamprogno.

Crescimento e qualificação da Equipe

A tabela a seguir mostra a evolução do quadro de pessoal do NCE, de 1º de setembro de 1970 a 31 de dezembro de 1978.

Ano

Graduados

M. Sc.

Ph. D.

TOTAL

Func.

TOTAL GERAL

1970

3

2

5

31

36

1971

9

3

12

70

82

1972

7

6

1

14

69

83

1973

9

5

2

16

78

94

1974

16

8

3

27

102

129

1975

25

9

3

37

132

169

1976

37

11

4

52

117

169

1977

45

14

4

63

99

162

1978

40

15

5

60

137

197

Apoio/Produção

Biblioteca

A biblioteca didática do NCE atende aos alunos dos cursos de graduação e pós-graduação para consulta local.
Durante o ano de 1978, seu acervo contava com, aproximadamente 1.200 livros especializados em computação, 2.600 manuais técnicos, assinaturas de 60 títulos de periódicos e cerca de 1.300 relatórios técnicos avulsos.

Boletim Informativo

O NCE editava mensalmente uma publicação destinada a divulgar aos usuários dados estatísticos sobre os sistemas instalados, programação de cursos e palestras, notícias gerais, além de uma série de artigos técnicos de interesse. O Boletim Informativo não só era enviado a todas as universidades brasileiras, como também a todos os órgãos de pesquisa e desenvolvimento que tinham interesse pela ciência da computação, perfazendo uma tiragem mensal de 800 exemplares.

Publicações Técnicas

Além do Boletim Informativo, o NCE editava uma série de publicações técnicas de interesse de seus usuários, sendo as mais importantes:

  • Apostila de Fortran – 1ª a 4ª edição;
  • Apostila de Algol – 1ª edição;
  • Introdução ao uso do B-6700 – 1ª edição;
  • Introdução ao uso do PLOTTER – 1ª edição;
  • Uso do Sistema Pretexto – 1ª e 2ª edição;
  • Guia do Usuário – 1ª e 2ª edição;
  • Particularidades do Fortran do PDP 11/70 – 1ª edição;
  • Uso do Sistema PDP 11/70 – 1ª edição;
  • Uso da Perfuradora IBM 029 – 1ª e 2ª edição;
  • Uso de Arquivos em Disco no B6700 – 1ª edição;
  • Introdução ao uso do CANDE – 1ª edição;
  • Apostila de SPSS – 1ª e 2ª edição;
  • Apostila de COBOL – 1ª e 2ª edição;

    Audiovisual

    Durante o ano de 1978, o NCE iniciou a montagem de um laboratório para a criação de programas audiovisuais. O laboratório foi desenvolvido com recursos de isolamento acústico, desumidificação e refrigeração, além de toda técnica necessária para a preparação de programas completos de audiovisual, incluindo equipamentos de produção e recepção de imagens, fotografia e som.

    Este grupo de atividades permitiria ao NCE fornecer a seus usuários um suporte de ensino com qualidade superior, incorporando uma técnica didática comprovadamente eficaz, além de permitir o desenvolvimento de programas internos de treinamento de pessoal.

    O apoio do NCE à administração da UFRJ se fez sentir através do desenvolvimento e processamento diários dos vários temas de interesses daquela administração, como descritos a seguir:

    SISTEMA DE REGISTRO ACADÊMICO (SIRA)

    O Sistema de Registro Acadêmico, implantado desde 1971, encontrava-se em regime de processamento, manipulando informações de cerca de 24.940 alunos ativos e 2.200 disciplinas.

    Neste ano, procurou-se aprimorar ainda mais o sistema, para que este pudesse atender, da melhor maneira possível, às necessidades do Setor de Graduação da UFRJ. Assim, foram implementadas as seguintes mudanças:

    • Novo esquema para a obtenção de notas do período, fazendo-se a cobrança às Unidades, por intermédio do próprio Boletim de Graus e Frequências das notas que ficaram faltando. Com isto, conseguiu-se terminar o período 78-1, com o arquivo de notas atualizado em cerca de 80%, minimizando as atualizações do cadastro histórico que era muito onerosa;
    • Para inscrição em disciplinas do período 78-2, aboliu-se a emissão do Histórico Escolar completo, fornecendo-se somente as notas das disciplinas do período anterior e mensagens informando sobre o calendário escolar. Esta mudança trouxe benefícios operacionais, tanto para o NCE, quanto para o DRE, devido à diminuição do volume de papel no curto período de preparação da inscrição;
    • Emissão de Histórico Escolar no meio do período, com informações mais atualizadas, permitindo ao aluno ter conhecimento da sua situação escolar com maior realismo.

    SIRA-COPPE

    A COPPE utilizava-se também do Sistema de Registro Acadêmico para administração de seus alunos, mantendo informações de cerca de 5.338 alunos e 800 disciplinas nesse ano. O sistema era o mesmo usado para a graduação com pequenas adaptações para atender às necessidades específicas da COPPE.

    No 2º semestre, foi iniciada a implantação dos alunos da pós-graduação de todas as unidades da UFRJ no sistema DRE. Realizado o cadastramento destes alunos, foram emitidos relatórios por centro/unidade e alfabético que foram utilizados pelas unidades e pela SR-2.

    Além do cadastro de alunos, foi implantada também a Tabela de Cursos. O sistema passaria a entrar em regime de processamento para manter os dados de registros atualizados.

    PCP – PROJETO DE CADASTRO DE PESSOAL

    Este sistema, cujo objetivo era facilitar as atividades operacionais e gerenciais do Setor de Pessoal da UFRJ, teve a sua implantação iniciada em março de 1978 atuando na elaboração da folha de pagamento; manutenção do cadastro de dados pessoais, funcionais e de pagamento; controle de dependentes e relatórios estatísticos.

    O Sistema possuía um terminal que se encontrava ligado na SR-4, permitindo consultas aos dados cadastrados de todos os funcionários.

    Pretendia-se desenvolver ainda para este terminal, uma consulta mais elaborada que permitiria selecionar grupos de funcionários que possuíssem certas características em comum.

    Desenvolviam ainda o controle de frequência para contagem do tempo de serviço; as rotinas de final de ano para cálculo do 13º salário e declaração de rendimentos, além da elaboração do histórico do funcionário para registrar todas as alterações importantes de dados pessoais, funcionais ou de pagamento.

    Para o Instituto de Física

    O NCE fornecia a este instituto, a cada período, listagens dos alunos matriculados em Física I, II, III e IV, e Física Experimental I, II, III e IV, para facilitar a realização de suas provas unificadas. Estas provas eram aplicadas duas vezes por período.

    Para o Instituto de Matemática

    O NCE desenvolveu um conjunto de programas que permitia alocar alunos de determinadas disciplinas turmas, em salas de aula, com a capacidade pré-definida. Este Instituto utilizava-se deste conjunto de programas para organizar as suas provas unificadas que eram realizadas duas vezes a cada período.

    Para a Escola de Engenharia

    O NCE desenvolveu para a Escola de Engenharia um sistema que permitia alocar os alunos do Ciclo Básico nos diversos cursos do Ciclo Profissional, segundo um critério preestabelecido. Este critério se baseava no número de disciplinas concluídas do ciclo básico, no coeficiente de rendimento, na idade e na escolha dos cursos feitos pelo aluno.

    Anualmente, a Escola de Engenharia enviava ao NCE os formulários com as opções dos alunos. Estes eram processados, gerando-se as relações dos alunos alocados em cada curso do Ciclo Profissional.

    Para a COPERT

    Estava sendo desenvolvido um conjunto de programas de estatísticas, sobre o corpo docente e discente da UFRJ, para a COPERT, a fim de atender a solicitação do MEC a esta Universidade. Estas estatísticas utilizavam dados do Sistema de Registro Acadêmico e dados coletados diretamente dos professores, através de formulário próprio.

    Para o Hospital Universitário

    O Hospital Universitário vinha, mesmo antes de sua inauguração no início de 1978, contando com os serviços do Núcleo de Computação Eletrônica no apoio aos Sistemas de Processamento de Dados. Esse apoio se fez notar mais intensamente em 1978 nos sistemas de apoio administrativo do HU. Todos os sistemas planejados encontravam-se implantados ou disponíveis para implantação.

    As atividades de apoio que o NCE prestava ao Hospital Universitário podiam ser divididas em duas áreas básicas: Apoio de Processamento de Dados e Apoio em Organização e Métodos.

    Por apoio de Processamento de Dados entendia-se o desenvolvimento, a implantação e a manutenção de sistemas de processamento de dados para o suporte às partes administrativas e operacionais do HU. Todos os sistemas até então desenvolvidos estavam sendo processados nos computadores B6700 e PDP 11/70 instalados no NCE.

    O apoio em Organização e Métodos consistia no desenvolvimento de rotinas operacionais e formulários para o estudo de problemas específicos em diversas áreas do Hospital Universitário.

    Apoio em Processamento de Dados

    Os sistemas desenvolvidos e implantados para o HU na área de processamento de dados foram:

    a . Sistema de Pessoal

    O Sistema de Pessoal foi desenvolvido pelo NCE durante o ano de 1977 e implantado no Hospital Universitário em março de 1978. Esse sistema apresentava uma potencialidade bastante grande em termos de cadastramento de pessoal, tendo como principal subproduto o processamento de pagamento do pessoal. Em 1978, o sistema apresentava em seu cadastro, aproximadamente 2.000 funcionários do HU.

    b. Sistema de Senso Hospitalar

    O Sistema de Censo Hospitalar foi inicialmente projetado pela consultora ADL em 1977. Após a implantação desse sistema em abril de 1978, várias alterações foram efetuadas, algumas por necessidades reais, outras para melhor adequá-lo às necessidades externas, tendo inclusive sido desenvolvidos programas suplementares.

    Este sistema foi projetado para 3 processamentos diários, com emissão de 83 vias de formulários para a distribuição para 35 locais diferentes do HU. Diariamente eram processadas em média 50 transações.

    c. Sistema de Material

    Esse sistema, inicialmente projetado pela Consultora ADL, também sofreu algumas pequenas modificações durante o ano de 1978, incluindo alguns programas suplementares. Em setembro de 1977, foi iniciado o cadastramento de itens e, em 1978, já eram mais de 13.000 itens cadastrados. Sua implantação parcial foi efetuada em abril de 1978.

    d. Sistema de Contabilidade

    Esse sistema foi projetado pelo NCE, e implantado em 1977. Devido a mudanças no plano de contas para 1978, o sistema foi reativado em julho de 1978. O volume de processamento desse sistema era de aproximadamente 800 transações mensais.

    e. Sistema de Estatística de Serviços Prestados

    Projetado durante o ano de 1978 para os serviços de Patologia Clínica, Rádio Diagnóstico e Anatomia Patológica, encontrava-se em fase de implantação. Eram previstas 200 transações diárias.

    f. Sistema de Laboratório

    O Sistema de Laboratório teria por finalidade a automação das rotinas operacionais do Serviço de Patologia Clínica, no que se refere à parte de manipulação de informações. O Sistema se propunha a colecionar e processar todos os dados envolvidos nas rotinas de realização de exames, para atingir o principal objetivo do Serviço, a emissão de laudos.

    O Sistema também deveria oferecer mecanismos que permitissem manter um controle efetivo sobre o processo de realização de exames, minimizando os erros gerados por falha na determinação e/ou transcrição dos resultados, permitindo ainda a obtenção de estatísticas de produção e a recuperação de dados históricos para fins de pesquisa. Se propunha também à ligação de aparelhagem de automação do Laboratório, para entrada de resultados sem interferência manual, que seria desenvolvida após a implementação do sistema conversacional de controle. Esse sistema estava em fase final de programação sendo prevista sua implantação para 1979. Já tinham sido adquiridos pelo HU 4 dos 8 terminais planejados e respectivos modens para a ligação com o Sistema PDP 11/40 instalado no NCE.

    Serviços prestados à comunidade

    CESGRANRIO

    Durante o ano de 1978, o NCE foi, mais uma vez, o órgão responsável pelo processamento da correção dos exames vestibulares da Fundação CESGRANRIO. O resultado do concurso, realizado por cerca de 125.000 candidatos, foi divulgado 28 horas após a realização da última prova.

    Fundação José Bonifácio

    Estava em fase de desenvolvimento para a Fundação José Bonifácio o projeto do Sistema de Pessoal que forneceria, além de outros relatórios, a folha de pagamento daquela entidade, com aproximadamente 1.000 funcionários cadastrados.

    Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI)

    Durante o ano de 1978 o NCE e o INPI firmaram quatro Termos de Ajuste, através dos quais o NCE desenvolveu sistemas para a Diretoria de Marcas, envolvendo cerca de 30.000 registros.

    SENASA/EBAM

    O NCE prestou serviços de desenvolvimento e implantação de Sistemas Contábeis, Administrativos e de Controle de Cadastro de Associados, envolvendo cerca de 50.000 associados, além de prestar toda assistência de O&M aquela instituição, visando à racionalização e dinamização dos trabalhos ligados à administração da empresa.

    CONCURSOS DIVERSOS

    O NCE processou a correção de provas de seleção de diversos concursos, através do Sistema SCAP, desenvolvido em 1977. Dentre eles, podemos citar:

    • Concurso do Magistério, 1º grau, Niterói com 5.000 candidatos
    • Concurso de seleção para a COPPEAD/78, 500 candidatos
    • Concurso de enfermagem, para o HU/UFRJ/DASP, 2.000 candidatos
    • Concurso para Residência Médica, HU, 600 candidatos

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    Biblioteca do CCMN e CT

    Estava sendo desenvolvido um Sistema de Automação de Bibliotecas Universitárias para atender, principalmente, as Bibliotecas do CCMN e do CT, que já utilizavam outro sistema semelhante, desenvolvido e processado pelo NCE. O novo sistema estava sendo implantado, primeiramente, no CCMN, que já estava operando os subsistemas Tabelas, Aquisições e Catalogação de Livros, este último em fase de coleta de dados.

    O novo sistema possuía algumas vantagens em relação ao antigo, principalmente no que se referia:

    a . às normas de catalogação mais atualizadas, em conformidade com os padrões nacionais (CALCO) e internacionais (MARC), permitindo assim, o intercâmbio de informações entre bibliotecas

    b . a operacionalidade do novo sistema tornar-se-ia mais econômica, face às otimizações implementadas nas rotinas operacionais e no tratamento das informações

    Biblioteca do Museu Nacional

    Foi iniciada neste ano a elaboração de um sistema para a Biblioteca do Museu Nacional, com o objetivo de criar um catálogo de livros e folhetos, num volume total de 40.000 obras, que compunham seu acervo. Este projeto tinha a duração prevista de dois anos, pois a coleta de dados seria muito trabalhosa.

    Além do catálogo, a Biblioteca do Museu Nacional ficaria de posse do cadastro de seu acervo, que poderia ser utilizado para futuras versões deste catálogo.

    Sistema Convênios

    Este sistema, uma iniciativa do Decano do CCMN e do Reitor da UFRJ, tinha como objetivo o cadastramento de todos os convênios assinados pela UFRJ. Sua implantação iniciou-se em outubro de 1978 e permitiria que se obtivesse, quando desejado, relatórios que informariam dados sobre os convênios assinados em determinado período, classificados por centro e unidade e ainda relatórios que facilitariam o controle dos períodos de validade destes convênios. O sistema tinha, também, capacidade para dar informações sobre recursos envolvidos com totalizações por centro e unidade.

    Patrimônio e Finanças

    Em meados de 1978, o NCE começou a fazer um levantamento de informações para implementação do sistema de contabilidade que deveria estar implantado até novembro de 1978, para funcionar definitivamente no ano de 1979. Entretanto, surgiram necessidades maiores na área, ficando este sistema interrompido para que fosse desenvolvido um sistema para auxiliar na elaboração do orçamento da UFRJ. O orçamento de 1978 foi implantado no sistema e outros foram elaborados com o auxílio do sistema que era utilizado através de terminal ligado à SR-5.

    Projetos de Pesquisa

    SDE-40 – O SDE-40, depois nominado Poti, era um microcomputador descendente imediato do TI que possuía memória de até 56 kbytes, disco removível do tipo cartucho e interface para até oito terminais. Teve como orientador o francês Geraldo Baliou e contou com equipe formada por Eduardo Peixoto Paz, Paulo Bianchi, Diogo Fujio Takano, Mário Martins, Edson Granja, Márcio R. de Lima Paiva, Luiz Otávio Lobato dos Santos, Serafim B. Pinto e Hélio Santos. Sob o financiamento da Secretaria de Tecnologia Industrial do Ministério da Indústria e Comércio (STI/MIC), cinco unidades do Poti foram produzidas pelo NCE. Algumas destas unidades foram colocadas em operação na UFRJ, rodando sistemas desenvolvidos no NCE para o controle da farmácia do Hospital Universitário, do orçamento da UFRJ e do estoque de componentes do Laboratório de Desenvolvimento do NCE. Rodava um sistema de entrada de dados compatível com o sistema IBM3740. O SDE-40 foi um dos primeiros computadores de 8 bits projetado e produzido em escala comercial no país.

    Neste ano, o NCE, dando continuidade à sua linha de desenvolvimento de software e hardware de forma integrada, dedicou-se a seis projetos principais, tendo cada um suas próprias subdivisões. Estes projetos foram: TERMINETE, CPU, TB-200, CONCENTRADOR, LIGAÇÃO DE LEITORA IBM-2501 no DEC 11/70 e SOCO.

    As atividades se concentraram na reformulação e reavaliação dos projetos existentes, adaptando-se para técnicas mais confiáveis, com o objetivo de estar cada vez mais próximos de se gerar projetos que pudessem ser construídos, seja na UFRJ ou na indústria.

    Projeto TERMINETE

    A maior concentração de recursos neste período foi dedicada a este projeto. Houve a redefinição do software do sistema, baseado em visitas feitas a alguns usuários de sistemas de entrada de dados. Porém procurou-se manter a característica básica do sistema, que era ser compatível com o IBM-3740.

    Com a experiência anteriormente adquirida na programação do sistema com o micro 8008, foi possível a redefinição do hardware, objetivando minimizar os problemas detectados como críticos, no desenvolvimento do software. Basicamente, foi aproveitado do sistema anterior apenas alguns algoritmos. A superestrutura do sistema foi totalmente alterada de modo a permitir que a programação pudesse ser feita nos moldes atuais de estruturação.

    Da definição inicial do sistema, onde seria feita uma adaptação do código 8008 para 8080, houve na prática uma total reprogramação. Na parte de documentação de software, o padrão das rotinas foi trocado, adotando-se uma descrição de algoritmos em uma linguagem tipo ALGOL, que possibilitou criar algoritmos de forma estruturada.

    Ainda referente à parte de programação, alguns utilitários foram desenvolvidos (cópia de disquete, inicialização, formatação), além do manual de apresentação.

    Paralelamente à definição e programação do sistema, houve o desenvolvimento do hardware baseado no microprocessador 8080, pois o mesmo, além de possuir um desempenho suficiente para o sistema, era o mais difundido comercialmente.

    O projeto foi definido de modo a construir rapidamente um protótipo, onde fosse possível o uso pelo grupo de programação. Baseado neste protótipo se passaria à etapa final de protótipo industrial, com desenho industrial, placas em circuitos impressos com furos metalizados, fontes próprias, etc.

    O hardware estava dividido em 7 placas principais: 1 de unidade central de processamento juntamente com a parte de memória residente (ROM); 1 placa de memória de programa com capacidade de 16 Kbytes; 1 placa de controle de vídeo de 16 linhas de 64 caracteres; 1 placa de interface serial para teclado; 1 placa de leitora de cartões e 2 placas de controlador de até dois drives de disquete, incluindo o canal de acesso direto à memória.

    Para que se pudesse obter rapidamente um protótipo em funcionamento, foi definido que não haveria nenhum desenvolvimento de suporte de hardware, somente o estritamente necessário para o projeto. O vídeo, propriamente dito, composto de um tubo, uma placa de deflexão e uma placa de buffer, recebeu um empacotamento de ABS, a fim de torná-lo viável. Como não dispúnhamos de fornecedores nacionais de teclados, nosso teclado foi desenvolvido com sucata de outros teclados, como tentativa de adquirir tecnologia e conhecimento, e também para que a partir somente de teclas houvesse condições de nacionalizá-lo facilmente. Esse teclado foi implementado com técnica de Wire Wrap, e usada a filosofia de transmissão serial.

    Em maio um hardware que possuía uma arquitetura definida juntamente com a estrutura de todos os componentes necessários para o projeto industrial, já estava pronto.Em paralelo com esse desenvolvimento, foi gerado o desenho industrial do projeto e confecção em fibra da parte de vídeo, teclado e de um gabinete de ferro onde a parte eletrônica ficou acondicionada.

    Projeto CPU

    Este era o projeto de uma unidade central de médio porte, compatível em software com o computador de fabricação da DIGITAL, o PDP 11/70. O projeto estava dividido em 5 partes e contava apenas com 5 analistas de hardware no seu desenvolvimento. Podia-se comparar cada uma com um projeto de porte para 5 analistas pelo grande volume de componentes manipulados e, consequentemente, a geração de documentação bastante volumosa. Em média cada parte possuía 400 circuitos integrados que eram representados numa média de 50 folhas.

    Com relação à unidade aritmética, foi terminado o projeto lógico e estavam sendo realizadas cerca de 70 folhas de esquema. Também foi completada a parte de micro programação da CPU, onde foram geradas cerca de 300 microinstruções.

    Da unidade de controle foi terminado o projeto lógico com a conclusão de instruções, circuito de “Timing” e circuito de endereçamento.

    Foi adotada como filosofia do projeto o uso de memória do tipo RAM na fase de depuração dos microprogramas. Juntamente com o término do projeto lógico foi analisado o programa de carga dos microprogramas através do Terminal Inteligente, permitindo a manipulação mais eficiente e confiável dos dados da memória de controle. Com os esquemas prontos, cerca de 48 folhas, foram geradas 21 folhas no fluxograma de microprograma.

    O sistema de memória, dividido em três blocos, CACHE, CONTROLE GERAL e BACKING, teve maior dedicação na parte de implementação do Backing, enquanto o projeto do Cache e Controle Geral estavam em fase de revisão geral do projeto. Para implementação do Backing, foram percorridos todos os passos referentes a esta fase, desde desenhos, participação de placas, posicionamento de componentes nas placas e programa de fiação. Além das preocupações eletrônicas do projeto, existiam cuidados mecânicos de montagem, pois para o funcionamento da CPU com o sistema operacional era requerido um mínimo de 8 placas com um total de aproximadamente 600 circuitos.

    A unidade de entrada e saída, organizada com 7 placas, encontrava-se em fase mais adiantada, pois no fim de 1977 todas as placas do sistema já se encontravam no estágio de montagem.

    Para elaboração das rotinas de teste, foi preciso definir um equipamento que fosse confiável, na geração dos sinais e vetores de dados necessários na definição de testes.

    Com a experiência adquirida do primeiro depurador, deu-se início ao desenvolvimento de um segundo, mais elaborado para o teste de placas. Para facilitar o teste de conjunto projetou-se um simulador de periféricos.

    A última fase do projeto era a de suporte, que consistia no projeto das fontes de alimentação que, face ao consumo elevado do sistema, tinha que ser do tipo Switching. Sempre se encontrou dificuldades quando da tentativa de se projetar este tipo de fonte, pois tratando-se de um projeto fora da área de maior domínio do NCE, área linear, fazia com se encontrasse sérias dificuldades no fornecimento adequado dos componentes pelo mercado nacional.Nesse ano conseguiu-se resultados satisfatórios pelo fato de serem usados componentes mais adequados permitindo à reavaliação do projeto e seleção de novos métodos e componentes.

    Além da fonte, foi dada continuidade ao projeto do painel de controle da CPU.

    Devemos lembrar que três dessas partes estavam sendo desenvolvidas como tese de mestrado na COPPE e que parte significativa do tempo foi consumida na redação de cada parte no formato desejado.

    Projeto TB-2000

    Este é um projeto de terminal de vídeo, programado em um microprocessador que possui funções poderosas de edição e flexibilidade de ligação com computadores de diferentes protocolos. Inicialmente foi programado no Terminal Inteligente, que devido a limitações de velocidade do processador usado, teve suas funções reduzidas as de um TD 800.

    O objetivo era o desenvolvimento de 3 destes terminais, que seriam usados na Reitoria da UFRJ, principalmente pela economia de linhas de comunicação, dado que sendo terminais endereçáveis, seria necessário somente uma linha. No entanto, pelo grande número de placas usadas, considerando que todas as partes fossem elaboradas, o sistema, como um todo, teria um baixo grau de confiabilidade. Após uma análise dos problemas encontrados, optou-se pelo uso de um hardware mais adequado para o projeto. Considerando que na mesma época estava sendo desenvolvido um processador mais eficiente, resolveu-se adotá-lo como base do terminal e iniciou-se o trabalho de desenvolvimento das interfaces adequadas, tais como vídeo de 80 x 24 linhas, link assíncrono, teclado e impressora. Paralelamente foi possível o uso do hardware do Terminete para os testes das funções locais que não dependiam de transmissão. Um protótipo foi então confeccionado com a cópia de uma CPU, memória e montagem dentro de uma caixa de terminal de vídeo. Posteriormente, com o término da depuração das interfaces de link e teclado, foi possível o início dos testes de comunicação, usando protocolo compatível com o B-6700.

    Além da parte de desenvolvimento foi iniciada a elaboração do circuito impresso do vídeo.

    Concentrador

    O principal objetivo deste projeto era o de permitir a ligação de 8 terminais não endereçáveis em apenas uma linha do B6700 economizando entradas no cluster. Foi baseado no Terminal Inteligente e foi desenvolvida uma interface para comunicação serial assíncrona com 8 terminais ou linhas.

    O desenvolvimento do software foi iniciado no começo deste ano e demorou 6 meses para atingir o máximo de testes possíveis com o uso do Terminal Inteligente, na versão do Sistema Operacional SOCO. Após esta fase, aguardou-se a confecção do hardware próprio, que permitiu a detecção dos principais problemas de comunicação e desempenho.

    Na parte de hardware, foi montada integralmente toda eletrônica, composta de 4 placas sendo 1 de CPU, 1 de memória de RAM, ROM e SEQUENCIAL, 1 de comunicação com o B-6700 e 1 de comunicação com os 8 terminais. Além desta parte também foram projetadas a fonte de alimentação e a estrutura mecânica de suporte da eletrônica.

    Projeto Leitora IBM 2501 no DEC 11/70

    O objetivo deste projeto foi o de dotar o computador PDP 11/70, existente no NCE, com uma leitora que os alunos pudessem manipular, sem que isso implicasse em quebras constantes da unidade. A leitora disponível era a IBM-2501.

    Desenvolveu-se uma interface que tornou possível ligar a leitora no UNIBUS do PDP. Inicialmente, todos os testes foram feitos usando o PDP 11/10 e após a comprovação de seu funcionamento, passou-se à instalação física no PDP 11/70.

    Projeto SOCO

    O projeto SOCO era composto de duas partes: uma de software e outra de hardware.

    Da parte de hardware, verificou-se que, para tornar o projeto viável economicamente, não se poderia usar o controlador de disco fornecido pela DEC, pois seu preço era superior ao do próprio drive. Após esta decisão, foi feita uma análise de alternativa entre o hardware existente com a versão 8008 e a versão 8080 e chegou-se à conclusão que o esforço no uso com a 8080 era menor do que com a 8008, além do mais, visando uma possível industrialização. Da parte do 8080 , usou-se todo o desenvolvimento feito para os projetos TERMINETE e TB-2000 e, no caso do disco, o esforço era idêntico para qualquer solução que fosse adotada. O projeto do disco estava concluído juntamente com os testes iniciais.

    Da parte do software adiantou-se a necessidade de conversão das partes do SOCO escritas em ASSEMBLER 8008 para, não mais em ASSEMBLER, e sim em PLTI diretamente, ficando deste modo cada vez mais independente do processador usado.

    Tivemos ainda a colocação do SOCO mínimo em funcionamento, com o término do REFEX e CPROG; transporte das rotinas de E/S para uso através do CPROG, programação do módulo de listagem do REFEX e depuração do compilador PLTI no próprio Terminal Inteligente.

    Foram desenvolvidos ainda uma série de programas auxiliares visando ainda uma fase inicial de desenvolvimento do sistema. Estes programas foram: manuseio de diretório (UTILDK); manuseio de periférico (TICOP); criação de arquivos a partir de decks gerados no B-6700 (SGERA); rotina de carregamento de Overlay (LOAD); rotina de formatação de entrada (DECOD); depuração do reorganizador de disco (REORG) e desmembramento do REORG para reorganização de diretório.

    Com o objetivo de permitir o uso do SOCO por outros usuários, foi feita uma versão preliminar do manual de operação, juntamente com os folhetos de descrição da linguagem.

    Três dos equipamentos originários do Terminal Inteligente se tornaram produtos industrializados pela EBC no período de 1978/1980: o Concentrador MIKO para até oito terminais, o SDE-40 e o terminal de vídeo TS. O SDE-40 era um sistema autônomo de entrada de dados, orientado para o uso de unidades de disco flexível e inteiramente compatível com o sistema IBM-3740. A CPU do SDE-40 era baseada no microprocessador Z-80 de 8 bits. O TS era um terminal que, através da incorporação de recursos especiais de hardware e software, tinha capacidade de desempenhar tarefas razoavelmente complexas como tratamento de protocolo, controle de vídeo e formatação de campos.

    Ensino

    Desde a sua criação, o NCE mantinha estreita colaboração com vários departamentos de outras unidades da UFRJ. Esta colaboração era realizada através de cursos, prestados por membros do NCE, e através da orientação de testes de Mestrado e Doutorado.

    Cursos para a Área de Pós Graduação

    Nesta área o NCE ministrou os seguintes cursos para o Programa de Engenharia de Sistemas da COPPE:

    Disciplina

    Professor

    Organização de Computadores I Miguel Aranha Borges
    Sistemas Operacionais Miguel Aranha Borges
    Análise de Algoritmos Jayme Luiz Szwarcfiter
    Tópicos Especiais

    Teoria dos Grafos

    Jayme Luiz Szwarcfiter

    Cursos para a Área de Graduação

    Na área de Graduação, o NCE colaborou com o Departamento da Ciência da Computação do Instituto de Matemática e com o Departamento de Engenharia Eletrônica, da Escola de Engenharia, oferecendo os seguintes cursos:

    Disciplina Professor Curso Depto. / Unidade
    Sistemas de Arquivo e Comunicação José Fábio M. de Araújo

    Miguel Aranha Borges

    Computação Inst. Matemática
    Sistemas de Computadores José Fábio M. de Araújo Computação Inst. Matemática
    Estrutura de Dados Milton A. Bezerra Computação Inst. Matemática
    Análise e Projeto de Sistemas de Informação I e II Marcos Roberto S. Borges Computação Inst. Matemática
    Computação I Mário Zimmermann Computação Inst. Matemática
    Computação I Eliana Praça Computação Inst. Matemática
    Simulação de Sistemas Ricardo Schneider Computação Inst. Matemática
    Computação II Computação Inst. Matemática
    Organização e Métodos Fernando Manso Computação Inst. Matemática
    Computadores e Programação Luciano M. R. Vollmer Computação Inst. Matemática
    Transmissão de Dados Manoel Lois Engenharia El. Escola de Engenharia
    Telefonia II Armando Drumond Engenharia El. Escola de Engenharia
    Telefonia III Armando Drumond Engenharia El. Escola de Engenharia
    Organização de Computadores I Júlio Salek Aude Engenharia El. Escola de Engenharia
    Organização de Computadores II Júlio Salek Aude Engenharia El. Escola de Engenharia

    Cursos Intensivos Internos

    Cursos Nº de Cursos Nº de Alunos
    Fortran Básico 12 1007
    ALGOL 4 230
    COBOL 2 162
    SPSS 2 80
    USO DO B-6700 5 33
    USO DO SISTEMA CANDE 5 33
    USO DO PLOTTER 5 26
    USO DO SISTEMA PRETEXTO 21 36
    PROGRAMAÇÃO AVANÇADA 1 72

    Além destes cursos, foram aplicados ainda cursos especiais para as turmas da Informática do Instituto de Matemática da UFRJ e para turmas da COPPEAD da UFRJ.

    Produção Acadêmica

    V Seminário Integrado de Software e Hardware Nacionais

    Tratava-se do maior encontro da comunidade científica de computação do país, sendo que o 5º Seminário foi realizado na UFRJ, sob o patrocínio do Núcleo de Computação Eletrônica, da CAPRE e da FINEP, no período de 24 a 29 de julho de 1978. Nesta ocasião foram apresentados 52 trabalhos de grupos de pesquisa em computação vinculados a diversas instituições nacionais. Ainda durante a realização desse seminário, houve a criação da “Sociedade Brasileira de Computação”, que sem dúvida alguma foi um dos pontos significativos para que esse seminário fosse um dos eventos marcantes da comunidade de computação no país.

    Os trabalhos que representaram o NCE nesse Seminário foram os seguintes:

    • SZWARCFITER, J. L. – “Sobre o problema da automação do Projeto de Placas de Circuito Impresso”
    • VIDA CURA, J. C. – “Um terminal de vídeo endereçável com Verificação e Crítica de Dados”
    • RODRIGUES, G. C. – “O Projeto – Terminal Inteligente do NCE”
    • PACHECO JUNIOR, A. C. – “Projeto de um Sistema de Memória do tipo “Cache-Backing” para computador de Médio Porte”
    • AUDE, J. S. – “Projeto de uma UCP de Médio Porte”

    Parque Computacional

    Durante o ano de 1978, o NCE ampliou a utilização de seus serviços à comunidade de usuários. Cerca de 4.000 usuários ativos utilizaram os diversos sistemas, processando trabalhos de ordem acadêmica, pesquisa, defesas de tese e apoio à administração da Universidade, além de todos os serviços prestados à comunidade do Hospital Universitário.

    Computador de grande porte BURROUHS B-6700 com a seguinte configuração:

    • 2 CPU’s de 10 MHZ;
    • 4 módulos de memória de 393 Kb;
    • 2 unidades de disco fixo com capacidade de 40 Mb;
    • 2 disk-pack dual drive com capacidade de 240Mb;
    • 2 MPX com seis canais flutuantes;
    • 1 Data Communications Processor (DCP) com 24 Kb de memória;
    • 4 unidades de fita magnética de 400 Kb (1600 bpi);
    • 3 leitoras de 600 com e 1 de 1400 com;
    • 5 leitoras de furos e marcas HP de 300 com;
    • 2 impressoras de 750 lpm e 1 de 1800 lpm;
    • 1 perfuradora de cartões de 300 com;
    • 2 vídeos-console TD800.

    Processador B700 com a seguinte configuração:

    • memória de 32 Kb;
    • 1 impressora console;
    • 1 impressora de 400 lpm;

    Computador PDP 11/70 com a seguinte configuração:

    • memória de 128 K palavras;
    • 1 processador;
    • 3 unidades de disco tipo cartucho de 2.4 Mb;
    • 1 processador de ponto flutuante de dupla precisão;
    • 1 terminal impressor com teclado;
    • 1 impressora de 1200 lpm;
    • 1 leitora de 1000 com;
    • 1 unidade de disco de 88 Mb;
    • 2 unidades de fita magnética (800 ou 1600 bpi);

    Computador PDP 11/10 com a seguinte configuração:

    • memória de 24 K palavras;
    • 1 processador;
    • 1 unidade de disco tipo cartucho;
    • 1 unidade de fita cassete;
    • 1 console tipo processador;
    • 1 leitora de cartões;
    • 1 impressora.

    Obs.: usado pelo PRETEXTO.

    Plotadora offline composta de controller CALCOMP modelo 905 e do plotter model 936;

    Perfuradora de Marcas MARK-SENSE IBM 514;

    Ainda à disposição dos seus usuários, o NCE possuía um sistema de transcrição por terminais de vídeo (STV-1600) com 16 terminais, várias perfuradoras IBM 029. uma classificadora de cartões IBM, uma descarbonadora de formulários MOORE 248B e, ainda verificadoras e perfuradoras/interpretadoras IBM.

    Teleprocessamento – o NCE mantinha em operação uma rede de teleprocessamento, que constava de vários terminais de vídeo TD800 ligados ao B6700 bem como um sistema RJE (Remote Job Entry) com o processador B700 descrito anteriormente, o qual se encontrava instalado no bloco H do Centro de Tecnologia para a entrada/saída remota de programas;

    Disponibilizaram ainda o PRETEXTO (Sistema Preparador de Textos e Programas), desenvolvido totalmente no NCE, que funcionava com 12 terminais de vídeo ligados ao PDP 11/10, que por sua vez, estava ligado ao B6700. Este sistema foi fruto de pesquisas de hardware e software que visou prover uma alternativa eficiente às perfuradoras de cartões para entrada de programas, bem como minimizar o uso de computador central através de seu Analisador Sintático FORTRAN.

    Conclusão

    O NCE procurou manter os seus objetivos principais que eram difundir o uso de computadores na universidade, incentivar e ampliar o ensino da ciência da computação, bem como apoiar maciçamente a pesquisa e desenvolvimento de sistemas integrados à Administração da UFRJ.

    Essa filosofia de ação integrada permitiu, desde sua criação em 1967, que o NCE se capacitasse para realizar complexos sistemas de informação, projetos de computadores, apoio real aos cursos de graduação e pós-graduação, orientação de teses e projetos, ampliando, inclusive, sua rede de teleprocessamento, interligando diversos órgãos da Universidade.

SOCO (Sistema Operacional em Disco) – Sistema operacional rodava no micro POTI (versão industrial do microcomputador de 8 bits), suportando o disco removível RK-05 da DIGITAL, como meio de armazenamento secundário.

O SOCO era composto de três módulos principais: compilador para linguagem de alto nível, editor de referências externas e carregador de programas.

O NCE, de 1979 a 1980, estreitou ainda mais os seus laços de cooperação com a indústria nacional de Informática, realizando, sob encomenda da Globus Digital S.A., o projeto de um Formatador e Controlador de Fitas Magnéticas. Este projeto foi desenvolvido com o uso da tecnologia bit-slice. Dentre as funções executadas pelo equipamento, cabe ressaltar as seguintes: capacidade de formatar fitas com velocidade desde 4.75 até 75 IPS, formatos de gravação PE e NRZI e possibilidade de autodiagnóstico.

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