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O Núcleo auxilia a Faculdade de Letras no Projeto NURC. O NCE implantou um amplo sistema computacional que proporcionou o máximo de automatização no levantamento abrangente dos dados.

Ensino

Como suporte ao ensino, o NCE continua a manter uma biblioteca especializada em Informática acessível a qualquer usuário para consulta. Para empréstimo, a biblioteca era utilizada pelos pesquisadores do Núcleo, alunos e docentes do Programa de Engenharia de Sistemas da COPPE, alunos e docentes do Curso de Informática, atendendo, ainda, a pedidos específicos de todas as bibliotecas da UFRJ e de instituições públicas. O acervo era composto por 3.108 monografias (livros, proceedings e teses, 3.860 relatórios técnicos, 86 normas técnicas, 700 manuais e 158 títulos de periódicos assinados.

Do ponto de vista da formação de recursos humanos, o NCE propiciava ao aluno um contato direto com atividades de pesquisa avançada, contribuindo para a capacitação profissional e para a formulação da Política Nacional de Informática.

Parque Computacional

O NCE, apoiando as atividades de ensino e pesquisa, mantinha oito laboratórios públicos de informática nos diferentes Centros da Universidade, além dos recursos disponíveis nas salas públicas do próprio Núcleo, conforme o quadro a seguir:

Laboratório Público Micros 8 bits Micros 16 bits Supermicro 32 bits Impressora Terminais
CCMN 12 4 14
CCS 2 10 3
CLA 2 10 4
CT1 8 2 6
CT2 10 3 4
CT3 10 2 2
CT4 7 2
CCJE 2 10 4 9
NCE 4 12 1 (5 term.) 6 61
TOTAL 10 89 1 30 96

O objetivo desses laboratórios era permitir a professores, alunos e funcionários de todos os centros de ensino o acesso aos equipamentos e aos cursos básicos de linguagem de programação ministrados pelo NCE. O resultado foi uma descentralização no ensino e no uso do computador e a promoção do aprendizado da computação aplicado às necessidades específicas de cada ramo do conhecimento.

O NCE viabilizou ainda a implantação de laboratórios de uso específico em algumas áreas do conhecimento. Foram instalados ao todo quatro Laboratórios Específicos: no Instituto de Matemática (Departamento de Ciência da Computação), na Faculdade de Letras, na Escola de Belas Artes e no Museu Nacional.

Em termos de recursos computacionais, a comunidade da UFRJ contava, através do NCE, com dois sistemas Unisys A9P, sendo um de uso administrativo e o outro acadêmico, com um sistema Unisys A9Br, com uma CPU 4381, da IBM, e com os sistemas VAX 11/780 e 8810, da Digital. Também foi instalada no NCE toda a infraestrutura da primeira rede local universitária brasileira, a rede Ethernet. A rede começou a operar em 1989, interconectando sistemas da Digital, Unisys e outros equipamentos.

MAINFRAMES TERMINAIS INSTALAÇÃO (ano) IMPRESSORAS REMOTAS
UNISYS
Unisys A9P 187 administrativos 1987 29
141 acadêmicos 1987 15
Unisys A9Br 32 1987 1
IBM
IBM 4381 130 1988 6
DIGITAL
VAX 11/780 31 1987
VAX 8810 49 em rede 1989

Projetos de Pesquisa

ALGORITMOS E COMBINATÓRIA – este projeto estava relacionado com a área de projeto e Análise de Algoritmos. Nesta área estavam sendo desenvolvidos trabalhos de pesquisa em algoritmos paralelos e estudo de técnicas que permitiam conhecer a eficiência de algoritmos, tanto no aspecto de tempo como no de quantidade de memória dispendida.

O estudo de grafos também se encontrava incluído neste projeto, se concentrando este estudo nas classes de grafos clique, localmente transitivos, saturados, perfeitos, etc. O estudo de alguns problemas sobre conjuntos parcialmente ordenados combinavam de maneira direta a área de grafos e algoritmos. Um trabalho na área de hipergrafos também vinha sendo realizado.

ANÁLISE DE DESEMPENHO – O projeto pesquisava novas técnicas de análise de desempenho e confiabilidade de sistemas distribuídos em geral e redes de comunicação de dados de alta velocidade. Vinha sendo desenvolvido em conjunto com a UCLA – Computer Science Department – e com pesquisadores do Centro de Pesquisas T. J. Watson, da IBM, em Nova York.

ANIMAL – Pacote gráfico destinado à visualização e animação de imagens realísticas em três dimensões. O sistema permitia “rendering” com estilo “Phong Shading”, transparência, linguagem de modelagem e animação, controle de visualização e definição de cena e interface amigável com o usuário.

ARCO (permanecia em desenvolvimento) – O ARCO era um sistema de geração de layout de placas de circuito impresso com um acelerador em hardware para a implementação da etapa de roteamento das interconexões entre os componentes. Sua arquitetura era baseada em duas sequências de circuitos pipeline de três estágios e numa organização especial da memória, que armazena a descrição da placa a ser roteada. Resultados experimentais demonstram que o acelerador apresentava um ganho de velocidade de cerca de 100 vezes em relação a um PC-386 trabalhando a 20 MHz. O sistema ARCO incluía uma interface com os programas de captura de esquemático da ORCAD, um programa ordenador dos sinais a serem roteados e uma sofisticada interface gráfica com o usuário. O projeto teve em sua fase inicial financiamento do CNPq. O sistema ARCO foi desenvolvido em Pascal e rodado em microcomputadores da linha IBM-PC.

BACO – permanecia em desenvolvimento.

CARTOGEO – Em consonância com a política do NCE de instalar laboratórios especializados de informática e reconhecendo a necessidade de prover a comunidade acadêmica de ferramentas e facilidades propícias para manipular e analisar dados ambientais, como também dados de outros fenômenos cuja localização geográfica é uma característica importante, decidiu-se estabelecer, com o apoio da Decania do CCMN, o Laboratório de Cartografia Automatizada e Geoinformação da Universidade Federal do Rio de Janeiro – CARTOGEO/UFRJ. Esse Laboratório permitiria a aplicação e o desenvolvimento das ciências e tecnologias de mapeamento e de obtenção de geoinformações em estudos e projetos dentro do âmbito da UFRJ, e também a nível estadual e nacional.

O objetivo geral do CARTOGEO/UFRJ era o de apoiar e promover o desenvolvimento da pesquisa, a difusão de conhecimentos, a formação e o treinamento de pessoal especializado e a prestação de serviços na área de Cartografia Automatizada e Ciências e Tecnologias afins como Sistemas de Informação Geográfica, Sensoreamento Remoto, Processamento de Imagem, Sistemas de Posicionamento no Terreno e Geomatemática, aplicadas à caracterização, diagnósticos e planejamento do uso dos recursos naturais e culturais do meio ambiente.

COMPU3D – Pacote gráfico destinado à visualização tridimensional e criação de animações em microcomputadores. Implementa “Wireframe” e “Gouraund Shading com Z-Buffer”, posicionamento de observador, e hierarquia de movimentos

CONTROLAB (permanecia em desenvolvimento) – Os trabalhos de pesquisa do NCE, na área de controle de processos, eram baseados no desenvolvimento de ferramentas que possibilitassem o projeto de sistemas de controle para diferentes aplicações. Este conjunto de ferramentas, escrito em C, estava integrado como um laboratório de controle, o CONTROLAB, e rodava em microcomputadores do tipo IBM-PC.

O CONTROLAB possuía facilidades para identificação de sistemas, projeto de controladores ótimos self-tuning ou convencionais e simulação do desempenho dos controladores projetados.

O controle de um braço mecânico do tipo SCARA comandado por quatro motores DC foi escolhido como aplicação inicial das facilidades providas pelo CONTROLAB. No desenvolvimento deste sistema de controle, estavam sendo utilizadas técnicas de redes neuronais para a solução do problema de cinemática inversa e um acelerador em hardware baseado no uso de DSPs para a implementação do algoritmo de controle self-tuning multivariável, capaz de operar na velocidade que o sistema requer e de superar as não-linearidades apresentadas pelo sistema. O CONTROLAB possuía ainda facilidades de captura e processamento de imagens que permitiam a inclusão de recursos de visão por computador no controle do braço mecânico.

Também estavam sendo desenvolvidos, para incorporação no CONTROLAB, ferramentas para reconhecimento de fala que também deveriam ser empregados no controle do braço mecânico.

Como uma segunda aplicação do CONTROLAB, estava sendo desenvolvido pelo NCE/UFRJ um sistema de controle de temperatura para um forno de tratamento de ligas metálicas, construído no Programa de Engenharia Metalúrgica da COPPE.

O projeto CONTROLAB recebeu financiamento para seu desenvolvimento do CNPq/PADCT e da FAPERJ.

ESTAÇÃO DE TRABALHO (permanecia em desenvolvimento) – O NCE vinha desenvolvendo o projeto de uma estação gráfica, que visava demonstrar que, no país, havia capacitação e domínio de tecnologia necessários para a construção de low-end workstation capazes de competir com as que eram encontradas no mercado internacional.

A estação de trabalho do NCE possuía microprocessador MC68030 (33 MHz) acoplado ao coprocessador aritmético MC68882; três níveis hierárquicos de memória – memória cache, memória primária e memória secundária; resolução gráfica de 1280 x 1024 pixels; e conectividade a redes locais Ethernet.

A estação possuía ainda um barramento proprietário de 32 bits para comunicação com a memória cache e a memória primária; quatro canais DMA de 16 bits; um circuito responsável pelo controle de utilização do barramento de 32 bits; sistema operacional Plurix; interfaces e bibliotecas gráficas como o XWindow; e suporte para a utilização dos protocolos TCP/IP.

HIPERBASE – O sistema HIPERBASE emulava em um mesmo ambiente as funções de um banco de dados com a de um hipertexto, permitindo assim a estruturação de hiperdocumentos e a navegação pelos objetos da base de dados. Incluía além da funcionalidade básica de um sistema hipertexto, funções como excursões, mapas, comentários e botões globais. O modelo conceitual da base de dados era o relacional, estendido com mecanismos de herança. A interface SQL para consultas estava em fase de implementação.

O sistema era composto de três módulos: definição, autoria e navegação. Além de textos, o sistema tratava nós de conteúdo gráfico no formato PCX, TIFF e GIF, e nós de conteúdo executável, isto é, códigos de programa. O projeto tem financiamento do CNPq.

INTER-X – O projeto INTER-X visava gerar um Sistema de Manipulação de Mensagens (MHS) avançado e distribuído, acoplado a um Sistema de Diretório padronizado que facilitasse a identificação e endereçamento dos usuários do sistema. O sistema deveria também gerenciar outras funções internas, tais como roteamento de mensagens e armazenamento da lista de distribuição.

Neste sistema estariam envolvidos microcomputadores do tipo PC, estações de trabalho e computadores de grande porte. Este projeto permitiria que usuários em PC, nas estações SUN e no VAX8810 pudessem trocar mensagens entre si.

A implementação dos serviços a serem oferecidos pelo INTER-X seriam baseados no modelo de referência OSI da ISO ou CCITT. Uma outra tendência observada era a convivência do TCP/IP com modelo OSI ou CCITT. Neste projeto, o RFC 1006 seria utilizado para possibilitar o acoplamento do transporte OSI com o transporte TCP da família TCP/IP, permitindo que as aplicações de correio eletrônico e diretório rodassem sobre uma rede TCP/IP.

A rede TCP/IP seria utilizada como meio de interconexão entre usuários localizados em diferentes sistemas abertos. O hardware e o software necessários para permitir a interconexão seriam adquiridos diretamente do fabricante. Para a camada de transporte e sessão da ISO seriam utilizados os softwares desenvolvidos e validados pelo Grupo de Redes do NCE no ambiente VAX/VMS, que seriam portados para o ambiente SUN.

KINEGRAPH – O objetivo principal do projeto KINEGRAPH era a construção de um ambiente de trabalho para apoio ao desenvolvimento e implementação de algoritmos em grafos. A complexidade desta estrutura e a forte relação entre sua conceituação matemática e sua representação gráfica tornavam o tratamento visual, aspecto fundamental ressaltado pelo projeto, indispensável.

Com este objetivo, pretendia-se elaborar os seguintes módulos:

Tipo Abstrato de Dados Grafo Estendido – Prover operações para implementação de algoritmos, evitando que o usuário se ocupesse das estruturas de dados necessárias para armazenar o grafo, das rotinas que manipulavam estas estruturas e do armazenamento do grafo em memória secundária;

Construtor Gráfico Manual – Possibilitar ao usuário a edição gráfica e impressão dos grafos;

Animador – Permitir o acompanhamento visual da execução de um programa, estabelecendo alterações gráficas no desenho originalmente traçado;

Gerador – Produzir traçado automático de grafos, segundo algoritmos já conhecidos e outros algoritmos pesquisados pela equipe do projeto.

A principal característica do sistema era possibilitar o intercâmbio dos tratamentos gráfico e algorítmico dos grafos sendo estudados.

LANCE – O LANCE era um gerador que produzia uma aplicação completa a partir da descrição de sua rede de arquivos interligados, tornando dispensável a programação. Sua concisão e simplicidade de uso, aliadas à velocidade de geração e execução, potencializavam a prototipagem rápida de sistemas, com aumento de produtividade. Gerava automaticamente manutenção de arquivos, formulários, consultas, atualizações, relatórios, etiquetas, menus e documentação. A aplicação gerada podia ser estendida, quando necessário, por rotinas escritas em Pascal, auxiliadas por uma biblioteca de objetos. O suporte à utilização do LANCE era provido por telas de auxílio sensíveis ao contexto.

LATIM – O projeto LATIM tinha por objetivo desenvolver técnicas na área de processamento de imagens. No âmbito deste projeto, estava sendo desenvolvido o sistema LATIM, que se propunha a analisar e extrair informações de imagens reais.

Aplicações como tomografia, microscopia, sensoreamento remoto, meteorologia, robótica e inspeção industrial utilizam imagens que necessitam de processamento para evidenciar um conjunto de características desejado. Eliminação de ruídos e distorções, realce de características, contraste, coloração, filtragem, medição, descrição são alguns dos recursos disponíveis para melhorar uma imagem. O LATIM preenchia uma lacuna de mercado, permitindo que as técnicas de processamento de imagens fossem executadas em computadores pessoais de configuração padrão. Não obstante, configurações mais poderosas eram aproveitadas, quando presentes, em benefício do usuário. Este programa prestava-se a apoiar atividades de pesquisa básica e desenvolvimento de aplicações. Englobava facilidades de operação e programação envolvendo imagens, tomando a seu cargo inúmeras tarefas de apoio exaustivamente testadas, o que servia de patamar para quaisquer das atividades a que se propunha apoiar.

MULTIPLUS (permanecia em desenvolvimento) – O MULTIPLUS era um multiprocessador de alto desempenho em desenvolvimento no NCE/UFRJ com apoio da Finep e do CNPq. Possuía arquitetura modular capaz de suportar até 256 clusters com até 8 nós de processamento. Cada nó de processamento usava um microprocessador RISC, seguindo a arquitetura SPARC com 128 Kbytes de memória cache e até 32 Mbytes de memória principal compartilhada, perfazendo até 32 Gbytes de memória global. O microprocessador comercial, que seria utilizado na primeira fase do projeto, seria substituído por um microprocessador RISC, que estava sendo projetado no NCE com tecnologia CMOS. O sistema operacional do MULTIPLUS, o MULPLIX, seria uma extensão do PLURIX, um sistema operacional do tipo UNIX, também desenvolvido no NCE. O MULPLIX resultaria de extensões no PLURIX que visavam a adequá-lo à arquitetura do MULTIPLUS e a prover um suporte eficiente à exploração de paralelismo de granularidade média.

NCE3D – Era um conjunto de sub-rotinas para Turbo Pascal, destinado à visualização tridimensional e criação de animações em microcomputadores. Implementav “Wireframing” e”Gouraud Shading com Z-Buffer”, posicionamento de observador, e hierarquia de movimentos.

PRIMATA – A ideia central do projeto PRIMATA era construir um computador paralelo de alto desempenho, usando arquitetura do tipo SIMD (Single Instruction Stream Multiple Data Stream). Este computador deveria ser usado para resolver eficientemente problemas que envolvessem grande quantidade de dados estruturados essencialmente na forma de matrizes ou vetores. Devido a sua arquitetura ele poderia ser facilmente implementado em circuitos integrados (CIs) VLSI. Esta facilidade decorria do fato de que o processador derivava seu paralelismo da matriz de processadores, que era construída replicando-se um elemento processador simples tantas vezes quanto fosse necessário e possível. Deste modo, o projeto dos Cis era enormemente facilitado.

Um segundo objetivo do projeto era propor extensões em uma linguagem sequencial de uso geral para permitir que o programador explorasse o paralelismo. Estas extensões deveriam esconder ao máximo as características da arquitetura para que o programador pudesse se concentrar na solução do problema.

A escolha da arquitetura SIMD podia ser justificada pela aplicação em consideração e por razões de custo de desenvolvimento. Máquinas SIMD eram apropriadas para aplicações que exibissem estruturas de dados regulares tais como matrizes. Uma outra vantagem era que máquinas SIMD, por terem um único fluxo de instruções, pudessem ser programadas usando-se técnicas similares às usadas em adição de construções paralelas às linguagens sequenciais convencionais, tais como Pascal, C, Fortran, nas quais os usuários estavam acostumados a programar. Sob o ponto de vista da implementação, máquinas SIMD eram mais simples permitindo que fossem implementadas matrizes com um grande número de processadores.

PROLOG (permanecia em desenvolvimento) – O projeto realizava pesquisa e desenvolvimento na área de programação em lógica, com ênfase na implementação da linguagem Prolog. Foi concluída em 1990 a versão 1.0 do interpretador PRONUS PROLOG. Este interpretador era voltado para equipamentos de médio porte e era portável entre ambiente Unix e VMS.

A implementação do interpretador PRONUS PROLOG era baseada na simulação de uma arquitetura virtual Prolog (WAM-II Estendida) e tem o funcionamento de seus predicados predefinidos compatível com os predefinidos apresentados no livro de Clocksin e Mellish, acrescidos dos predefinidos do interpretador Arity/Prolog 4.0.

O interpretador encontrava-se disponível nos sistemas VAX-8810/VMS e SparcStation/SunOS, sendo utilizado experimentalmente dentro da UFRJ. Assim que fossem corrigidos alguns problemas, o Pronus Prolog seria liberado para as demais instituições interessadas.

A equipe do projeto se dedicava a complementar a implementação do interpretador e dotá-lo de novos recursos, melhorando sua performance e facilitando sua utilização. Encontrava-se em desenvolvimento um algoritmo de coleta de lixo para o interpretador e a modificação do interpretador para que gerasse código executável independente.

QUICK-DB – Em 1986, o NCE iniciou um projeto que visava à implantação de métodos e programas que permitissem a utilização dos vários bancos de dados da UFRJ de uma forma integrada e eficiente. O Projeto UniversiData, assim denominado então, englobaria uma série de atividades, que iriam desde da normalização de nosso modo de trabalhar com banco de dados até a construção de ferramentas de software para apoio às novas atividades.

Nesse contexto, iniciou-se a construção do QUICK-DB que pretendia ser um software que servisse como ferramenta de apoio às atividades de projeto, manutenção e manipulação de bases de dados, de utilização simples e didática. QUICK-DB estava baseado na ideia de um ambiente uniforme e unificado, gráfico, onde todos os componentes referiam-se a um modelo de dados originado do Modelo Entidade-Relacionamento.

SIG VERDE – O projeto SIG VERDE consistia na implantação do Sistema de Informações Geográficas (SIG) para o Monitoramento da Cobertura Vegetal e Expansão dos Núcleos Urbanos do Estado do Rio de Janeiro.

Em sua primeira etapa, o projeto tinha como objetivo principal mapear na escala 1:5000 as florestas do Estado, em especial os remanescentes da Mata Atlântica. Esse mapeamento seria baseado no uso de imagens dos satélites LANDSAT e SPOT, completadas por dados obtidos em trabalho de campo, mapas anteriores e consultas bibliográficas.

Através do mapeamento, seria possível traçar um quadro atualizado e detalhado das seguintes feições: Mata Atlântica, reflorestamento, culturas agrícolas, campos rupestres, capoeiras, várzeas, manguezais, restingas, áreas urbanas, estrutura viária e limites regionais e municipais.

A segunda etapa do projeto consistiria no monitoramento periódico para atualizar e detalhar os dados obtidos no mapeamento inicial.

SISTEMA DE COMUNICAÇÃO DO PLURIX :

  1. Continuação do desenvolvimento do sistema de comunicação do PLURIX, baseado nos protocolos INTERNET (TCP/IP), que foi iniciado em 1992:
  2. desenvolvimento dos protocolos de alto nível, tais como TELNET, SMTP, FINGER, etc;
  3. suporte dos protocolos de baixo nível, em função das necessidades e falhas encontradas durante o desenvolvimento dos protocolos de alto nível de a
  4. Desenvolvimento de um compilador otimizante para a linguagem “C” para o PLURIX:
  5. obtenção de um formato interno apropriado para possibilitar diversas otimizações;
  6. Definição e implementação dos diversos algoritmos de otimização.

SISTEMAS OPERACIONAIS DE TEMPO-REAL – As novas aplicações de multimídia que começavam a ser desenvolvidas também para serem executadas remotamente através de redes de velocidade muito alta vinham gerar novos desafios para o projeto de sistemas operacionais. Sistemas operacionais que fossem capazes de atender aplicações em tempo real e se utilizar eficientemente do paralelismo que se prenunciava comum a todos os novos processadores de alto desempenho eram o objeto desta área de pesquisa.

SOFTLAB – O SOFTLAB era um pacote de software de CAD/CAE para projeto de sistemas digitais em ambiente acadêmico. Este projeto tinha por objetivo a disseminação do ensino de eletrônica através do uso de uma estação de trabalho de baixo custo, baseadas em um microcomputador compatível com o IBM-PC. O sistema de software tinha as seguintes partes principais: editor gráfico de circuitos, extrator de circuitos, módulo gerador de formas de onda, módulo de apresentação de resultados e simulador de circuitos contendo análise no domínio de tempo, frequência, cálculo de ruído e sensibilidade. O SOFTLAB foi desenvolvido em Linguagem Pascal e estava sendo distribuído pelo NCE.

TEDMOS (permanecia em desenvolvimento) – Na sua quarta versão, o TEDMOS incluía um editor hierárquico de layout e um simulador elétrico ONDAS, compatível com o SPICE. O TEDMOS era distribuído pelo NCE/UFRJ e vinha sendo largamente utilizado no ensino de projeto de circuitos integrados em universidades no Brasil e no exterior.

TREVO – Uma nova área de pesquisa estava sendo iniciada no NCE com o objetivo de desenvolver ferramentas visando suportar um novo modelo de treinamento:

TREVO – TREinamento cooperatiVO via rede.

Este esquema de treinamento pressupunha a integração de fontes de conhecimento, tais como cursos por computador, bibliotecas on-line e acesso a consultores, através de sistema de rede.

No contexto do projeto estavam sendo desenvolvidas duas aplicações de hipertexto: HiperBib e HiperCursos.

HiperBib era uma biblioteca de objetos para construção de cursos.

Os HiperCursos eram gerados usando sistemas de hipertextos. Com eles, o aprendiz selecionava a informação a ser lida segundo seu interesse, fazia consultas e tirava suas dúvidas via rede, enquanto dava prosseguimento ao curso.

UNVERSIDATA (permanecia em desenvolvimento) – O Projeto UNIVERSIDATA tinha por objetivo a criação de um novo ambiente para o desenvolvimento, manutenção e uso de Sistemas de Informação na Universidade Federal do Rio de Janeiro, baseado na integração de dados.

O ambiente devia prover uma única base de dados operacionais que integrasse os modelos e os dados, hoje tratados separadamente por aplicação. O ambiente devia também prover dois subambientes diferenciados para tratamento das informações operacionais e gerenciais, respectivamente.

A peça central do cenário objetivo do projeto era a Memória Operacional Corporativa, cujo modelo devia representar as entidades, seus inter-relacionamentos, e suas propriedades que compunham a realidade operacional da Universidade. Acoplados à Memória Operacional e responsáveis pela sua manutenção e integridade estavam os sistemas aplicativos que executavam o trânsito das informações operacionais entre a realidade e a memória operacionais. Estes sistemas aplicativos deviam operar em tempo real, capturando as informações operacionais o mais próximo possível de suas origens e fornecendo-as o mais próximo possível de seus destinos.

Pelo lado gerencial, o cenário incluía uma Memória Gerencial Corporativa, que sintetizava e agregava dados da memória operacional; um sistema agregador que produzia e atualizava a memória gerencial a partir da operacional; um extrator de dados de ambas as memórias, operacional e gerencial; e facilidades de visualização.

A primeira fase do projeto tinha por objetivo a criação da Memória Operacional Corporativa a partir da conversão semiautomática dos sistemas aplicativos atuais e de suas respectivas bases de dados ao cenário objetivo

UTILIZAÇÃO DE LINGUAGENS ORIENTADAS PARA OBJETOS NA CONSTRUÇÃO DE PROTÓTIPOS RÁPIDOS DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO – O objetivo do projeto era investigar metodologias de análise, projeto e implementação de sistemas de informação orientados a objetos; desenvolver e implementar classes especializadas para as necessidades de sistemas de informação; e desenvolver e implementar protótipos rápidos de sistemas de informação para fins didáticos, utilizando ambientes e linguagens orientadas para objetos, como Smalltalk e Turbo Pascal 6.0.

Como resultados concretos, o projeto deu origem a uma disciplina do curso de informática da UFRJ e um subprojeto de iniciação científica, que resultou no desenvolvimento de um protótipo de um sistema de inscrição em disciplinas, escrito em linguagem Smalltalk/V, da Digitalk.

VISUALIDATA – Era um pacote destinado à criação de diversos tipos de gráficos com um mínimo de esforço em estações de trabalho e mainframes. Entre os diversos tipos de gráficos disponíveis, existiam gráficos de linhas, histogramas e tortas, com saída em PostScript e HPGL, e acentuação da língua portuguesa

Através da RedeRio, o NCE se conecta pela Internet com diversas universidades em todo o mundo;

O NCE organiza sua primeira feira de tecnologia que divulga seus projetos de cunho científico e tecnológico além de serviços para a comunidade da UFRJ.

1ª EXPOTEC (Exposição Tecnológica do NCE – de 17 a 19/11 de 1992)

O NCE desenvolve o Sistema de Gerenciamento de Coleções (SGC) para o Museu Nacional do Rio de Janeiro

É criado o DOSVOX, software que provê a deficientes visuais a capacidade de interação com o computador através de síntese de voz.

O NCE organiza o SBMicro94. Esse congresso reúne profissionais e pesquisadores da área de Microeletrônica.

O NCE adquire equipamentos oriundos do projeto Redes de Alto Desempenho da UFRJ, que previa a instalação de laboratórios e equipamentos em diversas unidades.

O NCE desenvolve o projeto SAPRE com o objetivo de desenvolver ferramentas computacionais gráficas de análise e planejamento de redes elétricas de potência para uso pelas subsidiárias do sistema Eletrobrás.

Inauguração da Rede de Alto Desempenho da UFRJ projetada e definida pelo NCE.